segunda-feira, 30 de setembro de 2013

SOCIEDADE GUARANY ERA FORTE NO FUTEBOL DE MESA


Resolvi escrever sobre os amigos botonistas do Guarany, clube social de Brusque (SC), logo após assistir nos “Loucos por Futebol” uma entrevista feita com Jorge Bianchini, um colecionador muito louco por tudo aquilo que envolve o futebol. Confesso que assisti embevecido a tudo aquilo que aquele amigo conseguiu juntar em sua vida, organizando um completo museu em sua casa. E dentre tudo isso, lá estava uma mesa para a prática do nosso futebol de botões, vários times e uma baita saudade de um tempo maravilhoso que vivi naquela cidade.
A sociedade ficava quase ao lado da sede da Associação Brusquense de Futebol de Mesa no Bairro Guarany, onde o Jorge reunia grandes botonistas, formando um clube similar ao vizinho. Ademir Deichmann, Luiz Carlos de Souza, Silézio Silveira, Valdir Habiztreuter, Ari Hoffmann, Sérgio Pessoa, Luiz Carlos Souza, Clóvis Martinenghi, Feliz Valle Junior e Aires Deichmann disputavam campeonatos ferrenhos.
Guarany - Brusque - Dep. Futebol de Mesa
Na programação de aniversário da cidade, na primeira semana de agosto, o Departamento Esportivo da Prefeitura Municipal organizou no Ginásio da FIDEB um Torneio Cidade de Brusque, reunindo os botonistas das duas agremiações e houve lotação no ginásio, coisa que só era conseguida por ocasião dos campeonatos de futsal ou quando grandes equipes vinham fazer apresentações contra os campeões brusquenses.
A Associação Brusquense, de praxe organizava torneios comemorativos, como o tradicional Torneio de Verão e o Torneio dos Campeões. Copiando, o Guarany organizou também o seu Torneio de Verão, que foi disputado de dezembro de 1979 a fevereiro de 1980. Convidaram o presidente da Associação, Décio Belli e eu para participarmos do referido torneio.
Os jogos foram interessantes e motivaram muito os botonistas guaranis. Sobressaía-se entre eles um rapaz, o menor e mais novo de todos, chamado Feliz Valle Junior, até hoje conhecido como Félinha.
A grande final desse torneio foi entre o Félinha e esse colunista. Jogo amarrado e difícil, pois o Félinha jogava também conosco na Associação e, por isso, estava muito bem treinado. Vitória do Internacional por 1 x 0. Um lindo troféu e a medalha de melhor defesa do Torneio estão depositados na minha galeria de troféus. O Torneio teve sua final no dia 26 de fevereiro de 1980 e foi prestigiado pela família Valle inteira, torcendo pelo seu representante. Todos eram meus amigos e vibravam com as jogadas realizadas.
O Jorge, como presidente da sociedade sempre me convidava para a entrega de troféus ao final dos campeonatos. E, com alguma surpresa, há algum tempo atrás recebi de um amigo a foto que ilustra essa coluna, pois seu sogro Aires Deichmann, além de ecônomo do clube era o representante do Botafogo F. R., do Rio de Janeiro. Pelas camisas, pois todos jogavam uniformizados, sempre, podem ver a variedade de clubes que eram representados pelos bravos disputantes dos campeonatos guaranis.
Com o tempo, tendo o movimento da Associação diminuído de forma avassaladora, também os guaranis foram arrefecendo a sua vontade e, hoje em dia, só há recordações em fotografias de um tempo que foi grandioso, em que o futebol de mesa era a paixão da cidade de Brusque. Pelo menos, na reportagem dos “Loucos por Futebol”, o meu amigo Jorge Bianchini trouxe um pouco daquele passado para os dias atuais. Ver aquela mesa e os times enfileirados me deu uma saudade imensa. Mas, não acredito que alguém tenha a coragem de reiniciar a prática do futebol de mesa na Regra Brasileira, modalidade LISO naquela cidade. O tempo passou e o entusiasmo acabou. Mas, milagres acontecem...
Jorge Bianchini com a equipe da ESPN Brasil
Coleção de produtos de futebol de Jorge. A velha e boa mesa de futebol de mesa está ali em destaque


Até a semana que vem, se Deus assim permitir.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A ESCALAÇÃO DO MEU ÚLTIMO INTERNACIONAL

Sempre procurei manter, em meus times, a escalação mais próxima possível daqueles titulares que vestiam as camisas ambicionadas.

Mas, quando encomendei meu último Internacional, agora já nos padrões atuais, pois todos os meus times são bem mais altos e os mais antigos, menores na circunferência. A inclinação também tem bastante diferença. Para não ficar sendo olhado como um dinossauro nas mesas, comprei novo time, o qual disputou o último campeonato brasileiro em Salvador.
Nesse eu inovei na escalação, pois procurei homenagear alguns amigos que foram jogadores colorados. Iniciei pelo gol, quando escolhi o número 1, o meu colega de quartel, Gabriel Cestari Filho. Nós juntos jogamos, defendendo a Bateria de Comando e Serviços, a qual terminou invicta o ano de 1954. O segundo goleiro, já mais moderno é Cezar Bagatini, amigo desde que subiu aos profissionais do G. E. Flamengo, depois SER Caxias e Internacional. Com os dois troco e-mails seguidamente.

Nessa foto estou agachado junto com o Cezar Bagatini, que também foi
arqueiro do Inter
Na lateral direita, uma homenagem ao meu apelido de criança, dado pela minha falecida irmã: Dadá, um lateral que passou pelo Inter e acabou sua carreira no Flamengo, de Caxias. Confesso que só o via em campo, suando a camisa grená, nunca tendo falado com ele. Já, o zagueiro pelo lado direito, Bob, é o meu amigo Robson, de Brusque (SC). Bob era o goleiro do time de futebol de salão da Prefeitura e nos defrontamos muitas vezes na cancha da FIDEB, onde disputávamos o campeonato da cidade. O outro zagueiro é o Rodolpho Ghizzoni, antigo craque do Inter e depois do Flamengo. Conheci seus filhos, pois fui colega de sua filha, no Ginásio e, depois, adversário de seu filho, o grande botonista Boby. Mas, o Ghizzoni também me traz a lembrança de uma grande jogada que realizei no futebol. Aliás, nunca joguei nada, mas ia assistir aos treinos do Flamengo e, geralmente, faltavam jogadores para completar o segundo time. Eu era sempre convidado a jogar e, por essa razão, sempre levava minhas chuteiras ao campo. Lembro que o treinador do time: Martin Fierro, uruguaio como Ghizzoni, combinava com ele uma jogada quando da cobrança de escanteio. Quase sempre dava errado, pois quem batia o escanteio não conseguia colocar a bola na cabeça do Ghizzoni. A única vez que ela veio certinha, eu pulei antes dele e desviei de cabeça. Não é preciso dizer que os dois ficaram p.... da vida, pois não conseguiram concretizar aquilo que queriam.
O lateral esquerdo é o Paulinho, outro que passou pelo Beira Rio e acabou no Flamengo (depois Caxias). O Paulinho era meu amigo e cliente no Banco do Brasil. Quando terminou seu vinculo com o Caxias, viajamos juntos de Caxias até Lages. Eu já estava morando em Brusque e o acompanhei, pois ele iria assinar com o Internacional daquela cidade. Algum tempo depois, o Internacional veio jogar em Brusque contra o Carlos Renaux. Eu morava a cem metros do estádio. Encontrei o Paulinho e com ele o Yura e o Loivo, ambos tinham vindo do Grêmio e estavam jogando em Santa Catarina. Após o jogo, a meu convite, fomos os quatro tomar cerveja no bar em frente ao estádio, esperando que o ônibus da delegação lageana fosse acionado para o retorno. Bons papos.
O ponta direita é o Renato Puccinelli, irmão do grande botonista Sylvio. Renato era meu amigo e quando estava no Pelotas assisti a sua estreia, juntamente com outro amigo Nezito. Isso aconteceu porque antes que eu assumisse no Banco do Brasil, trabalhava em uma empresa que tinha uma filial por lá, onde fui buscar dinheiro para a Matriz. Após a partida, viajamos juntos para Porto Alegre e depois a Caxias. Eu trazendo comigo o resultado da arrecadação que deveria ser depositada para o pagamento dos funcionários. Grande amigo. O número 8 é o Celso Tadeu Carpegiani, o Borjão, meu colega de Banco do Brasil e craque do Caxias e depois do internacional. Borjão sempre foi uma pessoa sensacional, amigo que me trouxe a camisa de seu irmão Paulo Cesar, a qual eu guardo com muito carinho. O 9 talvez nunca tenha jogado em lugar nenhum, mas é uma homenagem ao meu filhão Daniel Maciel, uma pessoa que honra o futebol de mesa e que tem insistido em me ver nas mesas, coisas que não consigo mais fazer. O 10 é tradicional em todos os meus times e já falei a respeito em outras colunas: Paulo César Carpeggiani. Dele tenho a sua camisa vencedora, que é o troféu mais importante de minha galeria. O 11 é o meu amigo de juventude; Irajá Machado de Carvalho, ponta esquerda que iniciou no Juventude, passou pelo Inter e acabou no Flamengo. Irajá foi amigo desde os seus quinze anos e lembro ainda de seu aniversário, quando fui convidado e guardo a fotografia que registrou o evento. Chutava com uma força tremenda, mas quando eu tinha de marcá-lo, ia para o meio de campo armar o jogo. Bons tempos aqueles. O 12 é o meu amigo Tarica, que passou pelo Inter, jogou no Corinthians e acabou no Flamengo. Em Caxias, ele permaneceu até seu falecimento. Nos meus primeiros anos em Brusque, visitava-me frequentemente, pois era representante comercial no ramo do vestuário. O 13 é o Brito. Passou pelo Inter e depois jogou no Juventude, tendo terminado sua carreira no Gianella, em Caxias. Minha homenagem a ele, pois, quando criança, junto com o pessoal da Rua Alfredo Chaves, ele estava sempre passando por lá, pois namorava a irmã de uma colega de escola. Como nós fazíamos perguntas sobre o futebol, sempre parava e ficava conversando conosco, o que nos deixava muito felizes, sentindo-nos importantes por ter a atenção de um craque de futebol (quase profissional).
Tarica, meu amigo Abelin

Inter 1976 - octa gaucho. Nessa foto estão Borjão e Paulo Cesar Carpeggiani.
Todos foram de épocas diferentes, mas marcaram a minha história como torcedor de futebol e admirador do Internacional, que sempre que se apresentava em Caxias, o comércio parava para ver o espetáculo. Eu consegui ver Ivo, Nena e Ilmo, Alfeu, Viana e Abigail, Tesourinha, Vilalba, Adãozinho, Motorzinho e Carlitos. Depois ainda tive a chance de ver os grandes Oreco, Odorico, Salvador, Larri, Bodinho, Florindo, Jeronimo, Chinesinho, Bráulio, Tovar, Scala, Pontes, Schneider, Gainete, Valmir Louruz e tantos outros que, se um dia resolver fazer novo time, serão alguns desses seus protagonistas.
Em dezembro de 1952, aniversário do Irajá. Estou ao lado dele, de gravata (bom moço) e ao meu lado está o Guaracy que jogava no Juventude

Meu amigo Paulinho ao lado do arqueiro Barreira e o Gaspar de centroavante
Pena que eu não consiga reproduzir na mesa o que eles faziam no campo.

Até a semana que vem, se Deus assim permitir.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

MANTER UM BLOG ATUALIZADO ESTÁ FICANDO CADA DIA MAIS RARO

Após 162 Colunas escritas para o Blog da AFM Caxias do Sul, com consultas diárias aos diversos blogs que falam de nosso esporte, vejo que são muito poucos os que atualizam com novas matérias. Muitos ficam parados no tempo e no espaço. Iniciam a todo vapor e acabam ficando no ostracismo, sem mesmo ter uma mísera notinha que o faça ser movimentado.

Devo louvar alguns blogs que constantemente apresentam notícias que nos atualizam sobre o movimento. Diga-se de passagem que essa inovação deveria ajudar a aproximar os botonistas de todo o país, pois somos de uma geração em que se produziam informativos datilografados, copiados em mimeógrafos ou Xerox, e despachados via Correio. Hoje temos acesso a centenas deles e nos desencantamos quando as notícias não aparecem.
Sei que é muito difícil perder várias horas no dia para atualizar, manter contato com os diversos grupos de botonistas divulgadores e apresentar diariamente novidades. E, geralmente, isso é tarefa de pouquíssimos abnegados que se dispõem a informar os leitores das novidades de seu grupo.
Deveríamos aproveitar melhor essa ferramenta que nos permite estar cientes das novidades e a tornar motivo de aproximação. Um exemplo disso foi a questão que o Breno Kreuzner levantou em seu Manchester “quase diário”, o qual mobilizou uma quantidade enorme de opiniões sobre o repique do chute ao gol. As opiniões vieram dos quatro cantos de nosso país, pois o assunto interessou aos botonistas em geral.

Mostrou o nosso amigo Breno que seu blog é lido e procurado pela imensa maioria de botonistas brasileiros, assim como o é o Gothe Gol, esse sempre com atualizações diárias e cheias de entusiasmo.
A geração à qual pertenço sofria muito com a falta de notícias. Para minimizar, a Gazeta Esportiva de São Paulo sempre mantinha, nas quintas-feiras, uma coluna sobre Botões na Mesa. Geralmente eram notícias sobre o movimento paulista, pois alguns botonistas escreviam e enviavam notas para a redação do jornal, com fotos e comentários. Os informativos de determinados clubes eram feitos por uma pessoa, que os imprimia e distribuía aos interessados, arcando com os custos totais. Nem um patrocínio que os ajudasse a manter suas publicações e, mesmo assim, elas persistiam mensalmente.
Foram muitos os que chegavam às minhas mãos: Botunice Informa (São Paulo), Técnicos e Botões (São Paulo), K entre Nós (Brasília), Botonistar (Botonistar), Jornal Bola Branca (Lajeado), O Botonista (Taubaté), Informativo Jacareí (São Paulo), Bola de Feltro (Brasília), A Liga (Brasília), Bola na Mesa (Brasília), Boletim Informativo Jocamar (Manaus), Rio Botonista (Rio de Janeiro), Urudancam (Rio de Janeiro), 3 Toques (Brasília), são alguns que consigo lembrar.


Hoje, temos a possibilidade de estar diariamente na presença de botonistas e ainda assim não conseguimos uma continuidade. Talvez, se a manutenção fosse semanal isso melhoraria.  A Marreta, do meu amigo Abiud Gomes, de Recife é feita sempre aos domingos, contando o resultado da rodada da semana do botãobol, a Regra Pernambucana. Sou assíduo leitor dele.
O Futebol de Mesa News, de São Paulo, também sofre com a falta de notícias de diversas regiões. Acompanho e sempre procuro as novas sobre o futebol de mesa, em Santa Catarina, para estar atualizado. E vejo notícias de vários meses passados da mesma forma que as últimas, mesmo sabendo que inúmeros torneios e campeonatos tenham sido realizados depois. Faltam pessoas dedicadas que se prestem a informar o editor paulista sobre os acontecimentos. O municiamento de fatos ajudará a fazer a grande roda do futebol de mesa girar.
Pensemos nisso e no compromisso que assumimos, criando um informativo para as pessoas que, como nós, gostam do futebol de mesa.

Até a semana que vem, se Deus assim permitir.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

IVO LUIZ CASTRO JUNIOR – O CAMPEÃO DO MARCÍLIO DIAS



Troféu de campeão só dá ele...
A história deste botonista inicia-se em sua infância, quando tomou conhecimento do futebol de mesa através dos times de plástico e do famoso Estrelão. Filho único, divertia-se jogando pelos dois times que estavam na mesa. Organizava e dirigia campeonatos e narrava os jogos, imitando os grandes personagens do Rádio Esportivo da época. Era um pouco de Geraldo José de Almeida, Doalcei Bueno de Camargo, Jorge Curi, Valdir Amaral, Fernando Sasso e tantos outros famosos que, além de narrar, comentava os jogos. Supria assim a ausência do irmão que não veio.

O tempo passa, mas o amor pelo futebol de mesa não. Adolescência, estudos, namoros o fazem deixar adormecida essa paixão. Realiza o seu grande sonho tornando-se Engenheiro Mecânico, casa-se e vê vir ao mundo seu filhão Fernando.

A vida continua e os compromissos parecem que não permitirão que ele volte ao esporte que marcou a sua infância. Mas, o destino faz com que, depois de muitos anos, seu amigo Oswaldo Fabeni liga para seu celular e pergunta se ele é capaz de adivinhar o que estava fazendo. Lógico que não saberia. Foi então que a alegria estampou seu rosto. Oswaldo diz textualmente:

-Estou aqui no Olímpico, em Blumenau, jogando futebol de mesa.

Renascia naquele momento a paixão adormecida pelo esporte que os unira na infância. Que felicidade o Oswaldo ter se lembrado dele, de sua paixão pelos botões, de seus campeonatos disputados nas casas de Itajaí.

Adquiriu alguns times, dentre os quais Marcílio Dias (sua maior paixão), Flamengo, São Paulo, Borússia Dortmund, Liverpool, Botafogo, Palmeiras, Cruzeiro. Construiu uma maleta para acondicionar seus botões e passou a dedicar-se de corpo e alma na prática continuada  do esporte que marcou a sua vida. E o fez de maneira primorosa, pois seu jogo é perfeito e maravilhoso, conseguindo ter um domínio completo de todas as jogadas que realiza, além de ser um estrategista perfeito. Seu chute ao gol é certeza absoluta de felicidade.
A sede no Snooker Café
Conseguiu levar o Fernando, seu filho, para praticar. Com ele, mais o Oswaldo e outros amigos que foram se reunindo em volta da mesa, funda o Atlântico Sul Futebol de Mesa e passa a acumular troféus, pois quando coloca seu time na mesa a finalidade é uma só: vencer.

Continua vencendo e o filho crescendo... 
Através dele houve a aproximação do Atlântico Sul com o Marcílio Dias. O detalhe maior disso tudo é que o Atlântico Sul nasceu em Balneário Camboriú, mais precisamente no salão de festa do prédio onde morava o Oswaldo. Com o crescimento do número de associados, a necessidade de um espaço maior se fez necessário. Trocaram o salão de festas do Oswaldo por uma enorme sala no Snooker Café, onde foram colocadas quinze mesas. As adesões foram surgindo em quantidade, como também novas idéias. O apoio recebido do Marcílio Dias fez com que a rivalidade itajaiense se manifestasse e surgisse o segundo clube de futebol de mesa da cidade, o S. C. Barroso.

Ivo tem sido o maior campeão do Marcílio Dias/Atlântico Sul. Seu nome está inscrito como campeão de todos os campeonatos disputados, no troféu Adauto Celso Sambaquy que permanece definitivamente na sede que ocupamos perto do estádio Hercílio Luz.
IVO - o Super Campeão

Além de incentivar a continuidade do futebol de mesa, organiza e realiza torneios e campeonatos com a maestria que adquiriu na infância. Só posso dizer que se ele morasse em São Paulo ou mesmo em Curitiba, já teria se tornado campeão brasileiro diversas vezes. Seu nível de atuação está muito acima da maioria dos praticantes que frequentam as dependências do Marcílio Dias.

O que nos deixa feliz é ser recebido por ele, quando conseguimos nos fazer presentes para disputar algum torneio ou até mesmo campeonato. Sempre nos saúda da mesma forma: - Salve grande Adauto. Um amigo que sempre está disposto a bater uma bolinha e, se deixarem e o pessoal aguentar, é capaz de ficar das nove horas da manhã até à noite jogando, sem cansar, sempre com a mesma disposição e entusiasmo.

Realmente, o Oswaldo, ao fazer aquela ligação, prestou um serviço ao futebol de mesa brasileiro. Que possamos estar muitas vezes juntos, praticando o esporte que amamos desde as nossas infâncias.

Grande Ivo, continue sendo essa pessoa brilhante e vencedora.

Até a semana que vem, se Deus assim permitir.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

MIGUEL ORCI, UM BOTONISTA DA REGRA GAÚCHA.


Advogado há 41 anos, com uma bela residência na área central de Canoas, onde há uma sala de jogos e nela uma mesa para a prática do futebol de botões. Pai de um tri-campeão gaúcho, Miguel Eduardo e amigo especial de Lenine Macedo de Souza participou de inúmeros campeonatos na regra Gaúcha, sempre defendendo o seu Bangu.
Esse amigo nasceu em 20 de janeiro de 1939, na cidade fronteiriça Uruguaiana. Lá viveu até ser aprovado em primeiro lugar no concurso no Banco do Estado do Rio Grande do Sul. Veio para Porto Alegre menino ainda, para trabalhar e estudar. Sina de um vencedor, pois conseguiu vencer em todas as suas batalhas.
Em sua cidade havia dois quartéis. Tentou ser militar, mas foi barrado em virtude de uma hérnia que o impedia de montar. Então, depois de assistir a um júri, onde um advogado realizou uma brilhante defesa do réu, surgiu seu desejo de se tornar um deles.
Estudou com esforço e tenacidade e conseguiu o seu ambicionado diploma. Entrou para a política e se tornou defensor dos pobres e desamparados. Com uma lucidez maravilhosa, consegue escrever seu nome na história de Canoas, apesar de ter se retirado da vida política em 1992, continua sendo reconhecido até os dias atuais, mesmo sem se lembrar de quem o cumprimenta, sente a gratidão das pessoas que ajudou em outros tempos. Semeou em terra fértil e está colhendo diuturnamente seus frutos.
Clássico da Regra Gaúcha: Bangú X Botafogo
Com seu filho, que encaminhou ao futebol de mesa, trava duelos em sua sala de jogos. Faz parte dos Lobos de Torres e estará presente na Sociedade Amigos de Torres no dia 28 de setembro para mais uma reunião anual daqueles apaixonados botonistas. Espera conseguir mais uma taça para a sua imensa galeria.
Campeão Eduardo e Miguel Orci
A pergunta que deve estar martelando a cabeça de vocês é: como eu o conheci? Através do amigo comum Enio Seibert soube de sua obra poética e escrevi a ele, pois haviam me confidenciado que ele era natural de Uruguaiana. Eu morei um ano naquela cidade e tenho recordações maravilhosas de lá. Isso foi em 30 de setembro de 2011.
E ele respondeu que tínhamos coisas em comum, como o pó na sola dos sapatos da Uruguaiana da década de cinquenta. A imponência da Ponte Internacional, ligando o Brasil à Argentina e o campo dos Eucaliptos, do seu Ferro Carril. Suas camisas em listras brancas e vermelha fez com que ele projetasse seu amor pelo Bangu do Rio de Janeiro. Já naquela época, ele e o Eduardo possuíam 112 taças, troféus, diplomas, cartões de prata, láureas, medalhas gravadas em bronze, prata e metal. O pessoal do futebol de mesa o conhece pelo nome Sr. Bangu.
Mas, além do futebol de mesa, advocacia, dedica-se à poesia. É o poeta dos botões e tem me presenteado com obras maravilhosas, as quais estão guardadas em uma pasta especial no meu computador. A última que recebi e que me deixou emocionado, tem o título “As amizades sadias são eternas”, usando o meu nome e realizando um acróstico que vou mostrar a todos que acompanham esse espaço ocupado por mim no Blog da AFM Caxias do Sul:

Mas, o meu amigo Miguel é apaixonado por Camboriú e resolveu homenageá-la criando um time de futebol de mesa denominado CAMBORIU PRAIA CLUBE FUTEBOL DE MESA, cujo emblema é publicado nessa coluna.

Eu já tive a alegria de recebê-lo em minha casa, quando nos conhecemos pessoalmente. Infelizmente, estava com problemas em seu ouvido devido à despressurizarão do avião que o trouxe até o aeroporto de Navegantes. Mesmo assim ficamos conversando por um longo tempo, quando pudemos aquilatar o amor ao futebol de mesa.
Agora, Miguel Orci vai voltar a Camboriú e dessa vez vamos poder degustar o camarão no palito, bebericar um chope geladinho e jogar conversa fora, olhando as ondas do mar baterem nas areias de nosso linda praia. Daqui ele vai direto até Torres, onde, como um dos fundadores dos Lobos de Torres estará disputando mais um tradicional Torneio na Regra Gaúcha.
Confraria dos Lobos
Desejamos sorte a esse amigo querido e que o troféu mais valioso vá morar em sua sala de jogos, na bela Canoas, terra que o adotou e que ele ama de paixão.
Até a semana que vem, se Deus assim permitir