segunda-feira, 10 de novembro de 2014

TUDO TEM INÍCIO, MEIO E FIM

Em 16 de agosto de 2010, motivado pelo meu filhão Daniel Maciel, começaram a ser publicadas, no blog da AFM Caxias do Sul, as colunas escritas por mim, contando histórias sobre o início da Regra Brasileira. Junto com essas histórias, homenageei vários botonistas de diversas épocas. Tudo isso foi feito no sentido de ajudar o blog a se manter no ar. No entanto, há longo tempo o blog deixou de ser municiado, e a única modificação semanal é essa modesta coluna. Por essa razão e movido por uma meta, que no princípio julguei nunca atingir, encerrarei os meus escritos com essa 300ª coluna. Explico que esta é 218ª enviada ao blog da AFM Caxias do Sul que, somada às 40 que escrevi para o Futmesa Brasil e as 42 que Gothe Gol publicou, já dão combustível suficiente para a elaboração de um livro sobre o início do futebol de mesa na Regra Brasileira.
Resta agradecer aos que me incentivaram para que isso tudo tivesse êxito. Ao Daniel Maciel, meu filhão adotivo, que me convidou e incentivou para que eu escrevesse sobre o início do movimento em Caxias do Sul. Acreditei que escreveria umas cinco ou, talvez, dez colunas e acabaria por aí. Errei redondamente. Já se vão 218 semanas amadurecendo um assunto para apresentar a quem me honra com a leitura. Ao Rogério Prezzi, meu querido afilhado, pelo trabalho semanal de publicar a coluna e escolher as fotos para ilustrá-la. Aliado, também, ao fato de carregar um peso sobre um trauma de sua infância, pois seu primeiro aniversário não teve festa, pois o Nelson, Sirlei e Sheila estavam em Brusque participando de um torneio de futebol de mesa, junto com as famílias de Airton Dalla Rosa e Luiz Ernesto Pizzamiglio. O convite para eles estarem em Santa Catarina foi meu, o principal responsável pela falta da festa esse querido afilhado. Agradecer imensamente a minha prima Janete Gheller, pela prestimosidade em revisar meus textos, trabalhando com as palavras, deixando-os compreensíveis aos leitores. Uma excelente professora de Português, que me ensina muito com suas colocações sempre oportunas e sensatas. Um agradecimento especial aos dois leitores mais presentes nas colunas semanais: Luiz Henrique Roza, de Joinville e Abiud Gomes, de Recife. Dois botonistas do passado, atuantes no presente com muita desenvoltura e eficácia. Roza é um aglutinador, praticante de diversas regras e, apesar de residir em Joinville, desloca-se até Curitiba, pois é associado da AFUMTIBA para a prática da Regra Brasileira; e Abiud, que é o trator que impulsiona a Regra Pernambucana. Dois baluartes que, tenho certeza, sentirão falta dos meus humildes escritos. E a todos os amigos que me prestigiaram durante esses mais de quatro anos na tentativa de historiar o nosso esporte, uns através de mensagens, outros por telefonemas ou pessoalmente. Sou grato a todos e os guardo em meu coração.
Nunca foi tarefa fácil, mesmo por que sou apenas um esforçado narrador de coisas acontecidas. Nunca tive a pretensão de ser escritor, pois me faltam condições intelectuais para isso. Sou apenas um esforçado contador de histórias.
Agradeço a todas as manifestações que recebi nesse período em que estive presente entre vocês, escrevendo, recordando, desnudando verdades que estavam deturpadas, mostrando o lado criativo de quem se propôs a criar a Regra Brasileira, unindo brasileiros de todos os quadrantes do país. Acredito que ficou claro para todos que o intuito da criação dessa Regra era atingir o movimento atual, em que encontramos uma integração nacional em torno de uma maneira de praticar o futebol de mesa. Por essa razão eu me considero um homem feliz, pois foi um sonho acalentado e perseguido tenazmente, que conseguiu êxito e se tornou uma realidade palpável. Há outros moimentos, mas o que reúne mais pessoas em campeonatos brasileiros é realmente o nosso, o da nossa querida Regra Brasileira.
Não digo adeus, pois são cinco letras que choram num soluço de dor. Digo até breve, pois continuarei sempre à disposição de todos os amigos botonistas brasileiros.

Até breve, se Deus assim permitir.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

NÃO SOLICITARAM, MAS VOU DAR MINHA OPINIÃO...

Há algumas colunas, fiz uma pergunta: Quem será o presidente no cinquentenário da Caxias do Sul, que deverá ser comemorado em junho de 2015? Ninguém se manifestou, respondendo.
Como eu não vivo o dia a dia da AFM, mas fui o fundador do movimento em 1965, seu primeiro presidente e, em 14 de dezembro de 2006, emitiram um diploma de Sócio Honorário em meu nome, atrevo-me a sugerir aos demais membros dessa Associação um nome para ocupar esse cargo tão valioso para todos nós.

Será, em minha opinião, uma questão de reconhecimento pelo muito que foi feito pelo nosso esporte e principalmente por Caxias do Sul, pois se trata de um botonista reconhecido em todos os quadrantes da nação brasileira. Iniciou-se em nossas mesas em 28 de maio de 1973 e nunca mais parou de contribuir e motivar os demais botonistas, com sua simpatia, seu dinamismo, seu talento e sua amizade sempre presente.
Falo do Deca Campeão Caxiense, falo da figura exemplar desse abnegado botonista que representou não só nossa cidade, mas nosso estado em diversas competições nacionais. Falo do companheiro de primeiras lutas, na divulgação da Regra Brasileira pelo interior do Rio Grande do Sul, daquele amigo que esteve comigo em diversas cidades gaúchas, como Cachoeira do Sul, Canguçú, Pelotas, Porto Alegre, que peregrinou com as cores caxienses no Rio de Janeiro, Vitória, Brusque, Salvador, Recife, Maceió, que conseguiu o título de Campeão do Torneio Inter 70 anos, conseguindo o primeiro troféu importante para a galeria de conquistas.
Falo de Luiz Ernesto Pizzamiglio, o mais antigo botonista em atividade na AFM, uma vez que o nosso querido amigo e fundador Marcos Antônio Zeni está afastado das atividades esportivas.
PizzaPai ao lado da Pizza Mãe
Anos 70
Seria o representante daqueles idealistas que, em junho de 1965, criaram a Liga Caxiense de Futebol de Mesa. Representaria a Adauto Celso Sambaquy, Saul Henrique Vanelli, Antônio Oliveira, Delesson Orengo, Raymundo Antônio Rotta Vasques, Sérgio Calegari, Vanderlei Duarte e Marcos Antônio Zeni, numa ocasião tão especial e tão festiva, qual seja a comemoração do cinquentenário da agremiação.
Tenho certeza de que todos os demais associados o ajudarão nessa tarefa difícil e engrandecedora de dirigir essa entidade, a qual tem trazido tantas glórias para a terra caxiense. Além disso, que grande homenagem a esse baluarte que formou gerações de botonistas, o qual no período difícil esteve, junto com Vanderlei Duarte, segurando as pontas, evitando que as portas fossem fechadas e o futebol de mesa deixasse de existir na cidade.
Foi ele, com Airton Dalla Rosa, que ajudou a erguer o futebol de mesa em Brusque (SC), participando de torneios e campeonatos, ensinando e motivando os catarinenses na prática do futebol de botões. Seu nome está gravado no coração de muitos catarinenses, que não cansam de agradecer suas lições memoráveis e pacientes.
Meus amigos, sem ter consultado esse grande personagem da história do futebol de mesa de Caxias, lanço seu nome para a presidência de nossa Associação de Futebol de Mesa de Caxias do Sul.
Tenho certeza de que o querido deca campeão caxiense será um nome inesquecível na história de nosso esporte, na história de nossa Associação e na história do esporte de nossa cidade.
Merece essa honra e espero que aceite, pois serei o primeiro a lhe abraçar nas festividades do cinquentenário e com ele jogar uma partida, recordando o nosso tempo de juventude, quando conseguimos implantar a Regra Brasileira em todo o Rio Grande do Sul.

Luiz Ernesto Pizzamiglio – o Presidente do Cinquentenário.


Até a semana que vem, se Deus assim permitir.