Em 16 de agosto de 2010, motivado
pelo meu filhão Daniel Maciel, começaram a ser publicadas, no blog da AFM
Caxias do Sul, as colunas escritas por mim, contando histórias sobre o início
da Regra Brasileira. Junto com essas histórias, homenageei vários botonistas de
diversas épocas. Tudo isso foi feito no sentido de ajudar o blog a se manter no
ar. No entanto, há longo tempo o blog deixou de ser municiado, e a única
modificação semanal é essa modesta coluna. Por essa razão e movido por uma
meta, que no princípio julguei nunca atingir, encerrarei os meus escritos com
essa 300ª coluna. Explico que esta é 218ª enviada ao blog da AFM Caxias do Sul
que, somada às 40 que escrevi para o Futmesa Brasil e as
42 que Gothe Gol publicou, já dão combustível suficiente para a elaboração de
um livro sobre o início do futebol de mesa na Regra Brasileira.
Resta agradecer aos que me
incentivaram para que isso tudo tivesse êxito. Ao Daniel Maciel, meu
filhão adotivo, que me convidou e incentivou para que eu escrevesse sobre o início
do movimento em Caxias do Sul. Acreditei que escreveria umas cinco ou, talvez,
dez colunas e acabaria por aí. Errei redondamente. Já se vão 218 semanas
amadurecendo um assunto para apresentar a quem me honra com a leitura. Ao Rogério
Prezzi, meu querido afilhado, pelo trabalho semanal de publicar a coluna e
escolher as fotos para ilustrá-la. Aliado, também, ao fato de carregar um peso
sobre um trauma de sua infância, pois seu primeiro aniversário não teve festa,
pois o Nelson, Sirlei e Sheila estavam em Brusque participando de um torneio de
futebol de mesa, junto com as famílias de Airton Dalla Rosa e Luiz Ernesto
Pizzamiglio. O convite para eles estarem em Santa Catarina foi meu, o principal
responsável pela falta da festa esse querido afilhado. Agradecer imensamente a
minha prima Janete Gheller, pela prestimosidade em revisar meus textos,
trabalhando com as palavras, deixando-os compreensíveis aos leitores. Uma
excelente professora de Português, que me ensina muito com suas colocações
sempre oportunas e sensatas. Um agradecimento especial aos dois leitores mais
presentes nas colunas semanais: Luiz Henrique Roza, de Joinville e Abiud Gomes,
de Recife. Dois botonistas do passado, atuantes no presente com muita
desenvoltura e eficácia. Roza é um aglutinador, praticante de diversas regras e,
apesar de residir em Joinville, desloca-se até Curitiba, pois é associado da
AFUMTIBA para a prática da Regra Brasileira; e Abiud, que é o trator que
impulsiona a Regra Pernambucana. Dois baluartes que, tenho certeza, sentirão
falta dos meus humildes escritos. E a todos os amigos que me prestigiaram durante
esses mais de quatro anos na tentativa de historiar o nosso esporte, uns
através de mensagens, outros por telefonemas ou pessoalmente. Sou grato a todos
e os guardo em meu coração.
Nunca foi tarefa fácil, mesmo por
que sou apenas um esforçado narrador de coisas acontecidas. Nunca tive a
pretensão de ser escritor, pois me faltam condições intelectuais para isso. Sou
apenas um esforçado contador de histórias.
Agradeço a todas as manifestações
que recebi nesse período em que estive presente entre vocês, escrevendo,
recordando, desnudando verdades que estavam deturpadas, mostrando o lado
criativo de quem se propôs a criar a Regra Brasileira, unindo brasileiros de
todos os quadrantes do país. Acredito que ficou claro para todos que o intuito
da criação dessa Regra era atingir o movimento atual, em que encontramos uma
integração nacional em torno de uma maneira de praticar o futebol de mesa. Por
essa razão eu me considero um homem feliz, pois foi um sonho acalentado e
perseguido tenazmente, que conseguiu êxito e se tornou uma realidade palpável. Há
outros moimentos, mas o que reúne mais pessoas em campeonatos brasileiros é
realmente o nosso, o da nossa querida Regra Brasileira.
Não digo adeus, pois são cinco
letras que choram num soluço de dor. Digo até breve, pois continuarei sempre à
disposição de todos os amigos botonistas brasileiros.
Até breve, se Deus assim
permitir.