Sempre procurei manter, em meus
times, a escalação mais próxima possível daqueles titulares que vestiam as
camisas ambicionadas.
Mas, quando encomendei meu último
Internacional, agora já nos padrões atuais, pois todos os meus times são bem
mais altos e os mais antigos, menores na circunferência. A inclinação também
tem bastante diferença. Para não ficar sendo olhado como um dinossauro nas
mesas, comprei novo time, o qual disputou o último campeonato brasileiro em
Salvador.
Nesse eu inovei na escalação,
pois procurei homenagear alguns amigos que foram jogadores colorados. Iniciei
pelo gol, quando escolhi o número 1, o meu colega de quartel, Gabriel Cestari
Filho. Nós juntos jogamos, defendendo a Bateria de Comando e Serviços, a qual
terminou invicta o ano de 1954. O segundo goleiro, já mais moderno é Cezar
Bagatini, amigo desde que subiu aos profissionais do G. E. Flamengo, depois SER
Caxias e Internacional. Com os dois troco e-mails seguidamente.
Nessa foto estou agachado
junto com o Cezar Bagatini, que também foi
arqueiro do Inter |
Na lateral direita, uma homenagem
ao meu apelido de criança, dado pela minha falecida irmã: Dadá, um lateral que
passou pelo Inter e acabou sua carreira no Flamengo, de Caxias. Confesso que só
o via em campo, suando a camisa grená, nunca tendo falado com ele. Já, o
zagueiro pelo lado direito, Bob, é o meu amigo Robson, de Brusque (SC). Bob era
o goleiro do time de futebol de salão da Prefeitura e nos defrontamos muitas
vezes na cancha da FIDEB, onde disputávamos o campeonato da cidade. O outro
zagueiro é o Rodolpho Ghizzoni, antigo craque do Inter e depois do Flamengo.
Conheci seus filhos, pois fui colega de sua filha, no Ginásio e, depois,
adversário de seu filho, o grande botonista Boby. Mas, o Ghizzoni também me
traz a lembrança de uma grande jogada que realizei no futebol. Aliás, nunca
joguei nada, mas ia assistir aos treinos do Flamengo e, geralmente, faltavam
jogadores para completar o segundo time. Eu era sempre convidado a jogar e, por
essa razão, sempre levava minhas chuteiras ao campo. Lembro que o treinador do
time: Martin Fierro, uruguaio como Ghizzoni, combinava com ele uma jogada
quando da cobrança de escanteio. Quase sempre dava errado, pois quem batia o
escanteio não conseguia colocar a bola na cabeça do Ghizzoni. A única vez que
ela veio certinha, eu pulei antes dele e desviei de cabeça. Não é preciso dizer
que os dois ficaram p.... da vida, pois não conseguiram concretizar aquilo que
queriam.
O lateral esquerdo é o Paulinho,
outro que passou pelo Beira Rio e acabou no Flamengo (depois Caxias). O
Paulinho era meu amigo e cliente no Banco do Brasil. Quando terminou seu
vinculo com o Caxias, viajamos juntos de Caxias até Lages. Eu já estava morando
em Brusque e o acompanhei, pois ele iria assinar com o Internacional daquela
cidade. Algum tempo depois, o Internacional veio jogar em Brusque contra o
Carlos Renaux. Eu morava a cem metros do estádio. Encontrei o Paulinho e com
ele o Yura e o Loivo, ambos tinham vindo do Grêmio e estavam jogando em Santa
Catarina. Após o jogo, a meu convite, fomos os quatro tomar cerveja no bar em
frente ao estádio, esperando que o ônibus da delegação lageana fosse acionado
para o retorno. Bons papos.
O ponta direita é o Renato
Puccinelli, irmão do grande botonista Sylvio. Renato era meu amigo e quando
estava no Pelotas assisti a sua estreia, juntamente com outro amigo Nezito.
Isso aconteceu porque antes que eu assumisse no Banco do Brasil, trabalhava em
uma empresa que tinha uma filial por lá, onde fui buscar dinheiro para a Matriz.
Após a partida, viajamos juntos para Porto Alegre e depois a Caxias. Eu
trazendo comigo o resultado da arrecadação que deveria ser depositada para o
pagamento dos funcionários. Grande amigo. O número 8 é o Celso Tadeu
Carpegiani, o Borjão, meu colega de Banco do Brasil e craque do Caxias e depois
do internacional. Borjão sempre foi uma pessoa sensacional, amigo que me trouxe
a camisa de seu irmão Paulo Cesar, a qual eu guardo com muito carinho. O 9
talvez nunca tenha jogado em lugar nenhum, mas é uma homenagem ao meu filhão
Daniel Maciel, uma pessoa que honra o futebol de mesa e que tem insistido em me
ver nas mesas, coisas que não consigo mais fazer. O 10 é tradicional em todos
os meus times e já falei a respeito em outras colunas: Paulo César Carpeggiani.
Dele tenho a sua camisa vencedora, que é o troféu mais importante de minha
galeria. O 11 é o meu amigo de juventude; Irajá Machado de Carvalho, ponta
esquerda que iniciou no Juventude, passou pelo Inter e acabou no Flamengo.
Irajá foi amigo desde os seus quinze anos e lembro ainda de seu aniversário,
quando fui convidado e guardo a fotografia que registrou o evento. Chutava com
uma força tremenda, mas quando eu tinha de marcá-lo, ia para o meio de campo
armar o jogo. Bons tempos aqueles. O 12 é o meu amigo Tarica, que passou pelo
Inter, jogou no Corinthians e acabou no Flamengo. Em Caxias, ele permaneceu até
seu falecimento. Nos meus primeiros anos em Brusque, visitava-me
frequentemente, pois era representante comercial no ramo do vestuário. O 13 é o
Brito. Passou pelo Inter e depois jogou no Juventude, tendo terminado sua
carreira no Gianella, em Caxias. Minha homenagem a ele, pois, quando criança,
junto com o pessoal da Rua Alfredo Chaves, ele estava sempre passando por lá,
pois namorava a irmã de uma colega de escola. Como nós fazíamos perguntas sobre
o futebol, sempre parava e ficava conversando conosco, o que nos deixava muito
felizes, sentindo-nos importantes por ter a atenção de um craque de futebol
(quase profissional).
Tarica, meu amigo Abelin |
Inter 1976 - octa gaucho.
Nessa foto estão Borjão e Paulo Cesar Carpeggiani.
|
Todos foram de épocas diferentes,
mas marcaram a minha história como torcedor de futebol e admirador do
Internacional, que sempre que se apresentava em Caxias, o comércio parava para
ver o espetáculo. Eu consegui ver Ivo, Nena e Ilmo, Alfeu, Viana e Abigail, Tesourinha,
Vilalba, Adãozinho, Motorzinho e Carlitos. Depois ainda tive a chance de ver os
grandes Oreco, Odorico, Salvador, Larri, Bodinho, Florindo, Jeronimo,
Chinesinho, Bráulio, Tovar, Scala, Pontes, Schneider, Gainete, Valmir Louruz e
tantos outros que, se um dia resolver fazer novo time, serão alguns desses seus
protagonistas.
Em dezembro de 1952, aniversário do Irajá. Estou ao lado dele, de gravata (bom moço) e ao meu lado está o Guaracy que jogava no Juventude |
Meu amigo
Paulinho ao lado do arqueiro Barreira e o Gaspar de centroavante
|
Pena que eu não consiga
reproduzir na mesa o que eles faziam no campo.
Até a semana que vem, se Deus
assim permitir.
Meu caro Sambaquy, mais uma bela história, que só você sabe contar. Aqui, com meus quase 132 times de botãobol, de A à Z, também tenho por hábito batizar os botões, indo mais além, batizando cada time. como cada time.
ResponderExcluirAs homenagens são as mais diversas, porém, muito em breve, estarei lançando um lateral direito, no quase formado time do Horizonte. A foto dele já tenho, para ser colocada na cava da base. Quando estiver com o time pronto, mandarei uma foto para lhe mostrar. Aguarde. Um abração pernambucano.
Meu caro Sambaquy, mais uma bela história, que só você sabe contar. Aqui, com meus quase 132 times de botãobol, de A à Z, também tenho por hábito batizar os botões, indo mais além, batizando cada time. como cada time.
ResponderExcluirAs homenagens são as mais diversas, porém, muito em breve, estarei lançando um lateral direito, no quase formado time do Horizonte. A foto dele já tenho, para ser colocada na cava da base. Quando estiver com o time pronto, mandarei uma foto para lhe mostrar. Aguarde. Um abração pernambucano.
Meu amigo Abiud,Acredito que essa homenagem a pessoas que fizeram parte de minha vida é algo que me deixa realizado. Afinal, são amigos que ainda encontro pelas ruas e que, um dia estiveram alegrando os torcedores do meu time de coração.
ExcluirVou ficar no aguardo dessa foto que prometeste. Quem sabe dá uma história para ser contada aqui na Coluna.
Abração gaúcho/catarinense.
Gostaria que colocasse uma foto do gremio esportivo glamengo cxs do tempo do caio que fez história junto com o Gaspar e depois foram para o gremio onde formaram a dupla de os amigos da bola
ResponderExcluirGostaria que colocasse uma foto do gremio esportivo glamengo cxs do tempo do caio que fez história junto com o Gaspar e depois foram para o gremio onde formaram a dupla de os amigos da bola
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