Há alguns dias estou martelando a
ideia de que perderemos muitos fatos históricos sobre o nosso esporte se não os
deixarmos escritos. Fatos que aconteceram e acontecem, diariamente, que devem
ser preservados para todo o sempre. Fatos que mostram as dificuldades e o
crescimento desse esporte que nos acompanha desde os primeiros anos de nossas
vidas.
Jogar futebol de mesa é muito
bom, mas conhecer a sua história faz com que tenhamos uma noção exata daquilo
que ele representa na vida de cada um de nós. E, também, o que representou na
vida dos primeiros botonistas que incentivaram o seu crescimento.
Geraldo Cardoso Décourt queria
escrever um livro sobre o futebol de mesa. A doença que o atacou impediu que
isso se realizasse. Ele, mudando o foco da ideia original, escreveu uma
biografia, dedicando um capítulo ao seu hobby preferido. Transferiu essa
responsabilidade para o nosso amigo José Ricardo Caldas e Almeida, de Brasília.
Dizia Décourt, com a sua fala mansa e cheia de sabedoria, que Zé Ricardo por
ser jovem, excelente escritor e um arguto pesquisador reunia as condições
ideais para escrever essa história. Municiou-o de muito material referente ao
início do grande movimento nos primórdios do século XX. José Ricardo tentou e
tenta, sem muito sucesso, colher dados e informações com as lideranças
estaduais sobre os movimentos de clubes e Federações. Esbarra sempre na mesma
assertiva. Muitos são os que gostam de jogar botão, mas raríssimos os que se
preocupam em registrar os fatos.
Decourt e José Ricardo
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Uma exceção nisso tudo é o Sérgio
Oliveira de Porto Alegre, que é a enciclopédia viva de tudo quanto foi
realizado no sul do país. Há o trabalho desenvolvido pelo Obereci e Edu Caxias,
no sentido de escreverem sobre a história da Regra Gaúcha, enaltecendo as
grandes batalhas de seu pioneiro Lenine Macedo de Souza. Outro nome destacado e
que muitos conhecem é Enio Seibert, criador e conhecedor da Regra Unificada,
como também da história do futebol de mesa.
Sérgio Oliveira e Carlos
Kuhn
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Edu Caxias
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Enio Seibert
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Obereci e Fosca dois ícones
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Aponto o amigo Abiud Gomes, de
Pernambuco, como um daqueles que possuem condições de escrever e resgatar
histórias importantes, acontecidas há mais de meio século e que poderiam encher
as páginas de um livro, incentivando na prática da Regra Pernambucana, o
Botãobol, apelidada em seu blog A Marreta, de a Rainha das Regras.
Abiud Gomes (Recife)
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De uma maneira modesta, tenho
tentado escrever sobre acontecimentos que geraram a Regra Brasileira, sua
origem, seu desenvolvimento, a continuidade e o momento atual. Muita coisa que
escrevi será guardada e mostrada aos novos botonistas desejosos de conhecer a
história de nosso esporte.
Esforços isolados, como o Gothe
Gol, de postagens diárias, informando o que se realiza em nosso mundo
botonístico são admiráveis, pois há mais de dez anos mantém atualizados os
acontecimentos, convocando, informando e mostrando aos botonistas aquilo que se
desenvolve no país do futebol de mesa. Há outros blogs importantes, semanais,
quinzenais, mensais, que também devem ser destacados. Ressalto o Futebol de
Mesa News de São Paulo, que informa os acontecimentos do país e do exterior.
Mas, depende da boa vontade das pessoas interessadas em divulgar suas notícias.
Por vezes, notícias de uma região ficam por semanas e até meses sem que sejam
atualizadas. Um blog que eu reputo muito importante é o FUTMESA EXPRESS, do
Daniel Pizzamiglio que, apesar de não ser atualizado constantemente, traz a
história da AFM – Caxias do Sul, seus campeonatos, seus torneios, seus
rankings. As páginas da Riograndina e
Pelotense também fazem a exposição de todos os seus campeões. São de grande
utilidade, pois preservam nomes que conquistaram a glória de vencer um
determinado campeonato.
Gothe campeão da Liga
Inglesa
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A vida me ensinou que a história
deve ser gravada, para que não se perca. Quando, ainda como funcionário do
Banco do Brasil em pequenas cidades do interior de Santa Catarina, escutava
histórias muito importantes de antigos moradores. Sugeri que gravassem, pois
escrever seria um pouco trabalhoso, e deixassem as gerações futuras tomarem
conhecimento de como era a vida naquele local, antes da era eletrônica. Muitos
acabaram falecendo e levaram consigo histórias inacreditáveis, as quais, se
aproveitadas, dariam um sabor diferente à história do município. Por isso,
conclamo os botonistas mais antigos que o façam, enquanto é tempo, para que
histórias de sacrifício, amor ao esporte, criação e conquistas sejam motivo de
encorajamento aos atuais botonistas que estão vivendo uma era de quase
profissionalismo. Encontram tudo pronto e só têm o trabalho de colocar seus
botões na mesa e jogar. Mas, para chegar a esse ponto, muita coisa aconteceu,
muito sacrifício foi feito, muitos deslocamentos para cidades distantes foram
executados, aproximando os botonistas desse país continente.
Se o meu sonho acontecer em 2015,
quando a AFM Caxias do Sul completar seu cinquentenário, desejo lançar a minha
história, juntamente com essas colunas que escrevo semanalmente, pois se alguém
as ler, saberá que o amor que dediquei ao futebol de mesa foi imenso e estará
guardado em cada linha escrita.
Até lá, vou incentivar os amigos
que possuem condições de retratar nosso esporte, que o façam, enriquecendo a
história de um esporte que reúne milhares de pessoas em nosso país e no mundo
inteiro, ao redor de mesas, desfrutando a alegria de comandar um time de sua
preferência. Afinal, todos nós somos um pouco Técnicos de Futebol.
Até a semana que vem, se Deus
assim permitir.
LH.ROZA...
ResponderExcluirDesculpe o atraso, coisas da "melhor idade"...
Mas o que + posso comentar sôbre sua "PESSOA" e/ou seus textos ???
Em cada leitura, é uma verdadeira "aula", de como esse nosso lazer, o FUTMESA, continua nos emocionando.
Concordo que deveria-mos "gravar" dentro do possivel, tudo o que já vimos ao longo dos tempos. Pois escrever, deixar bilhetes guardados ao fundo de alguma gaveta, para um dia talvez reorganiza-los e contar aos inicantes olha EU joguei aquele Campeonato, naquela cidade, no tempo era tudo mais dificil hoje vocês tem botões de primeira linha, artesãos cada vez mais aprimorados.
Ainda bem que contamos com diversos abnegados ,que se preocupam, dentro de suas Associações em manter arquivados suas competições.
Bem fico por aqui...
Até a próxima...1 forte abl. ao AMIGO
Amigo Roza,
ExcluirEu tenho alguns artigos que você escreveu.São histórias muito interessantes e algum dia deverias publicá-las para todos conhecerem. Você foi o idealizador do COP. Isso já é uma história, pois os amigos que estão lá seguem aquilo que você idealizou.
Quanto aos artesões, no início eram três fabricantes na Bahia. Sr;. José Aurélio, Milton Silva e José Castro Sturaro. Hoje, muita gente está ganhando a vida fabricando botões, mesas, maletas, réguas, bolinhas... Só isso já me deixa feliz, pois indiretamente ajudamos nessas escolhas.
Abração e não houve atraso seu, mas sim da postagem da coluna, em virtude da participação do Brasileiro, em Caiobá.
Admirável amigo botonista, aqui em PE, estamos tentando, com o PEnoFutmesa, cobrir os principais eventos do botonismo no estado. Também pactuamos com seus ideais e buscamos resgatar a nossa rica História contributiva para a propagação do futebol de mesa no Brasil. A matéria sobre o Panteão dos Campeões Pernambucanos, que você leu, é o princípio. Estamos buscando fatos, fotos e registros da nossa História e, pretendemos nós, criar um livro virtual contanto o máximo possível. Afinal, a História, é escrita e reescrita a cada momento. Cito o fato de, hoje, termos uma nova e forte associação, a de Aliança, que emplacou os dois últimos campeões pernambucanos. Também , nosso esforço em recriar o botonismo em um dos mais tradicionais clubes do Brasil: o Santa Cruz. O trabalho será árduo, mas já temos a audácia de informar que iniciaremos com dois campos e sete componentes, e pretendemos participar de competições de clubes também. Pura ousadia? Não, trabalho hercúleo pela frente, para propagar nosso desporto no Clube do Povo. Bem, parabéns pelas informações e conte conosco, sempre.
ResponderExcluirabçs
Amigo Sérgio Travassos,
ExcluirJá acompanho o PENOFUTEMESA há algum tempo, indicado pelo amigo comum Abiud Gomes. Recife sempre foi um marco no futebol de mesa. Participei ai, no distante ano de 1971 do 2º Campeonato Brasileiro, realizado no Geraldão. Apitei o jogo final entre Roberto Dartanhã e Cézar Zama, ambos da Bahia. Tenho muita saudade do querido amigo Ivan Lima, precocemente falecido. Era um batalhador em nosso esporte.
Tenho o endereço eletrônico da Aliancense e acompanho suas promoções. Está despontando um campeão com a camisa do São Paulo (pena que não seja a do Inter) entre eles.
Podes ter certeza que esse é um trabalho hercúleo, mas que traz uma enorme alegria. Iniciei essas colunas como uma desafio e já cheguei a 174. Quem sabe, um pouco da história possa estar nas minhas linhas. Incorporando-se as demais poderemos escrever uma grande história sobre o nosso esporte.
Conte comigo sempre. Meu e-mail é asambaquy@terra.com.br.