Ao
coletar fotos sobre o nosso esporte, deparei-me com inúmeras, de jogadores
atuais e ex-craques de futebol que encantaram nossos ideais de torcedores. E,
em todas elas, esses mesmos craques estavam praticando o nosso esporte, nas
mais diversas regras.
Imaginem,
meus amigos, reuni-los em um grande campeonato, com afluência do povo em geral.
Seria um sucesso absoluto e mostraria de forma definitiva nosso esporte aos
holofotes mundiais.
Tenho
conhecimento de que na Regra Brasileira, Bebeto, como bom baiano é um craque e
possui uma mesa de jacarandá em sua casa. Quem me segredou foi o amigo Wanner,
que postou fotos ao lado do ídolo, em frente a uma mesa de botões. Dirceu Lopes
que atuava ao lado de Tostão no admirável Cruzeiro, de Belo Horizonte, foi
apresentado à Regra Brasileira em Salvador.
Nas
regras de 3 e 12 toques, com bolinhas esféricas, encontraremos uma quantidade
maior de ex e atuais futebolistas. Magrão, goleiro do Sport, Caça
Ratos, atacante do Santa Cruz, Roberto Dinamite, o falecido Magrão Sócrates,
Grafite, Ademir da Guia, Pelé e Oscar, o “Mão Santa”
do basquete brasileiro. Na Regra Toque Toque ou Leva Leva o zagueiro do Inter, Juan
e o falecido Armando Nogueira.
Além
deles, craques de futebol, há os grandes nomes da Televisão e Cinema Nacional.
Reunindo Chico Buarque, Rodrigo Santoro, Osmar Prado, Claudio
Cavalcanti, Willian Bonner aos falecidos Chico Anísio, Vinicius
de Moraes, Geraldo Décourt, conseguiríamos monopolizar e lotar uma
grande arena com fãs, ávidos para torcerem por seus preferidos.
Isso
seria impossível de realizar. A diversidade de maneiras na prática do esporte,
datas a serem conciliadas e compromissos assumidos não permitiriam essa reunião
fabulosa. Além de que, muitos já estão falecidos. Jogaram e muito enquanto
estavam entre nós.
Resta-nos
imaginar um campeonato assim. Sei que foi realizado um campeonato entre os
atores e cantores da Rede Globo, havendo até uma reportagem publicada pela
Revista Manchete, ilustrada com fotografias de Claudio Marzo, jogando
contra Claudio Cavalcanti. Outros artistas também foram fotografados,
praticando o futebol de mesa, sempre com a bolinha de feltro.
O
pessoal do Atlântico Sul/Marcílio Dias, de Itajaí, formulou um convite a “Mão
Santa”, Oscar, para participar de um torneio de verão, mas recebeu uma
resposta negativa, devido aos compromissos já assumidos por ele. Seria uma
celebridade que faria com que o torneio obtivesse uma cobertura da imprensa
catarinense, tanto escrita, quanto falada e televisada. Afinal, estaria entre
eles uma celebridade nacional que tantas alegrias já dera nas quadras esportivas.
Há
pouco tempo, houve um episódio da série “A Grande Família” em que apareceu um
campeonato de botão. Com o uniforme do C. R. Flamengo ganhava de todos os
adversários e valia a despesa no bar onde jogavam. Até que apareceu um
adversário à altura que poderia vencê-lo. Foi hilário, pois esse adversário
conversava com seus botões e o principal deles, “Rivelino”, era infalível.
Marcado o encontro, ele dando um trato em seus craques, a esposa entra em seu
escritório, na Loja que possuem e discutem. Ela, no auge da discussão, joga
seus botões no chão. Ele os junta, mas o “Rivelino” desaparece. Perder o
“Rivelino” foi um golpe e ele vai jogar e perde. Só que haviam apostado alto e
a Loja de sua propriedade estava na aposta. Perde o jogo e a Loja.
Consegue
uma revanche, no intuito de reaver a Loja, mas já não contava com o “Rivelino”
em sua caixa de botões. A esposa e as funcionárias da Loja estavam
desesperadas, pois a Loja fora perdida e, com certeza, elas estariam sem
emprego. Então, uma delas olha no chão e lá está deitado o famoso botão
perdido. Apanham-no e as três saem correndo até o bar, onde seria realizado o
famoso jogo, levando o trunfo que faria as coisas retornarem aos seus lugares.
O engraçado é que, ao receber o “Rivelino” das mãos de sua esposa, ele vê, por
trás de todos os assistentes e seu adversário, o próprio Rivelino (imaginário)
em carne e osso, transmitindo-lhe confiança. Ele, com tudo isso, acaba
trucidando seu adversário e recupera a Loja.
E eu
assisti a esse espetáculo por ter sido chamado por minha esposa que, ao ver a
chamada para o capítulo, com a mesa de botões na frente do bar, pediu-me para eu
ir para a sala. Sinal que o futebol de mesa está instalado em minha família há
muito tempo.
Acredito
que seria maravilhoso realizar esse tipo de campeonato, mas a impossibilidade é
muito maior de reunir essas pessoas que são celebridades e que praticam o
futebol de mesa por distração.
Até
a semana que vem, se Deus assim permitir.
Prezado,
ResponderExcluirestou entrando em contato, aqui em Recife, com atletas de Santa Cruz, Sport e Náutico, para fazermos uma introdução de todos à regra Nacional. São muitos que jogam futebol de botão. Também, temos inúmeros jovens e antigos artistas locais. Quem sabe, antes do Pernambucano de futebol e futmesa, tenhamos isso realizado? Quem sabe? Estamos nos esforçando para isso. A pequena vantagem que temos, agora, é a abertura do departamento de futebol de mesa do Santa Cruz Futebol Clube, fruto do trabalho abnegado de Akiles. Por enquanto, apenas a regra Paulista. No entanto, estamos conversando para implantar , em janeiro, a regra nacional, já com duas mesas e uma encomendada. abçs
Grande Sérgio,
ResponderExcluirVou ter de trocar o título da coluna, pois aquilo que eu acreditava ser impossível, você acabará realizando. Esperamos ampla divulgação, pois essa é a maneira de olharem para nosso esporte com mais carinho e até com desejo de dele participarem.
Esse pessoal de Pernambuco é mesmo de pegar pesado. Sei que vão conseguir realizar tudo isso que estão imaginando. Pena o Ivan Lima ter partido tão cedo, pois seria um grande reforço para o movimento de vocês.
Abração.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMeu caro Sambaquy. O primeiro comentário foi excluído por ter saído com incorreção, daí o novo texto. O nosso amigo Sérgio Travassos é, sem sombra de dúvida, um otimista convicto e isso é excelente para o futebol de mesa. Esses atletas e ex-atletas, como se sabe, apenas brincam de jogar botão, diferentemente de todos os que estão inseridos nas confederações, federações, clubes, ligas e associações, porém, deverão servir como excelentes garotos-propaganda e, assim, fazer com que o botão possa efetivamente se destacar no cenário nacional, passando a ser olhado como esporte, portanto, sendo levado mais a sério pela sociedade. Abração pernambucano.
ResponderExcluirMeu amigo Abiud,
ExcluirEu penso da mesma maneira. Necessitamos dessa força para incrementar o nosso esporte. Eles serviriam para arregimentar simpatizantes à nossa causa. Quem sabe não possam, através deles e seu exemplo, surgir novos grandes nomes para o futebol de mesa?
Abração gaúcho/catarinense.