domingo, 20 de janeiro de 2013

RUDY VIEIRA DO FUTMESA PARA O FUTSAL NACIONAL


Conheci o Rudy Vieira nos anos cinquenta, pois eu gostava de acompanhar os jogos do G. E. Flamengo, e ele sendo sobrinho do famoso Chicão, estava sempre no campo, ao lado de seus pais. Depois se formou em um curso pelo SENAI de Caxias e o quadro dos formandos ficou em exposição na vitrine de um famoso fotógrafo, na Avenida Júlio de Castilhos.
Não tinha conhecimento de que praticasse o futebol de mesa. Com surpresa, ao ser convidado pelo presidente do Vasco da Gama F. C., meu amigo Mário Ruaro De Meneghi, para colocar uma mesa na sede social, dando chances aos associados do clube praticar esse esporte que estava sendo introduzido na cidade, já na Regra Brasileira, encontro o Rudy aficionado pelo futebol de botão. Na época, Rudy era um vigoroso zagueiro da equipe tricampeã caxiense e vivia na sede que estava situada na Rua Moreira César.

No princípio, apresentei o futebol de mesa praticado com times padronizados, fabricados na Bahia, e o efeito foi instantâneo. Rudy era um dos mais entusiasmados. Seu time escolhido foi o BANGÚ, do Rio de Janeiro. O reduto do Vasco reúnia uma gama de excelentes botonistas, tais como Boby Ghizoni, Mario Ruaro, Nelson Ruaro, Aldemiro Ernesto Ulian, Nelson Prezzi, Jonas Rizzi, Augusto Peletti, Jorge Rezende e o próprio Rudy.
Bangu (Rudy) X Internacional (Puccinelli) jogo válido pelo caxiense de 1971
De 1967 até o ano de 1971, participou de todos os campeonatos realizados no Vasco e também caxienses. Mas, a sua participação mais importante foi quando fez parte da equipe que representou o Rio Grande do Sul no segundo campeonato brasileiro da modalidade, realizado em Recife.
Gaúchos em Recife 1971 -  Sambaquy e Marcos (de pé). Walmor, Ruaro e Rudy (Sentados)
Sempre foi um profundo conhecedor do futebol e por essa razão tinha facilidade em assimilar o futebol de mesa, fazendo grandes jogos contra todos os adversários.

Foi então que apareceu o futebol de salão em sua vida e o futebol de mesa perdeu espaço.
Iniciou praticando-o para depois tornar-se dirigente, passando pelo próprio Vasco, Enxuta, Carlos Barbosa (onde se encontra desde 1988 até hoje) e Seleção Nacional.
Com a sua visão apurada, tornou-se um maravilhoso supervisor.  Na seleção nacional, com a mudança de treinador, a equipe foi modificada. Mas, Rudy jamais se afastou do futebol de salão e continuou na imbatível equipe de Carlos Barbosa.
Ao tomar conhecimento de que a nova comissão técnica da seleção brasileira será anunciada no próximo dia 29, agora sob o comando de Nei Pereira que treinou uma das primeiras formações da Enxuta, de Caxias, na década de 1980. Com isso, a supervisão voltará a ser ocupada pelo Rudy Vieira, cuja competência sempre foi marco determinante para o sucesso de nossas conquistas.
Rudy - Da ACBF de volta para a Seleção de Futsal
O futebol de mesa deve orgulhar-se de saber que, no esporte inventado em nosso país, um botonista que marcou época nas mesas caxienses e brasileiras estará brilhando e, quem sabe, divulgando o nosso esporte favorito, pois, se aparecer frente à televisão e mostrar um de seus craques banguenses, farão despertar o desejo de muitos botonistas de retornarem às mesas.
Desejamos sucesso ao Rudy, um irmão que prezamos e admiramos pela sua garra e inteligência. Que possamos comemorar juntos mais algumas conquistas desse esporte que agita os corações de todos os brasileiros. O futsal e o futmesa fazem a diferença, pois nos transformam em vencedores  sempre.
Boa sorte, meu irmão Rudy, e que em alguma promoção da AFM Caxias, possas estar presente, para abrilhantar as disputas e entrelaçar a alegria de sermos brasileiros.
Até a semana que vem, se Deus assim permitir.

2 comentários:

  1. É isso aí, meu amigão Sambaquy. Nesse mundo maravilhoso do futebol de botões, muitos nomes famosos já passaram, lamentando apenas que os afazeres os afastem definitivamente. É hora de pedir a esse povo todo que, tendo oportunidade, divulguem o futebol de botão, relatando fatos de suas vidas, ligados ao esporte. Seria uma forma bastante significativa para acabar com o mito de que futebol de botão foi sempre uma brincadeira de jovens e de crianças. Valeu! Abração pernambucano, Abiud

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    1. Amigo Abiud,
      Se houvesse um pouco mais de divulgação, por parte de quem já jogou e gostou de jogar o futebol de botões, com certeza já teriamos atingido um patamar bem mais elevado.
      Mesmo assim, continuaremos divulgando o esporte que gostamos e aos poucos as pessoas tomarão conhecimento e saberão que a coisa é séria e bastante disputada.
      Um dia ainda teremos o reconhecimento merecido.
      Abração gaúcho/catarinense.

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