segunda-feira, 25 de agosto de 2014

RETORNANDO À ESCRITA

Depois de ficar inerte por um mês, sem que houvesse manifestações apreensivas sobre a parada da Coluna, volto a escrever sobre o nosso esporte. Aliás, manifestações chegaram, mas de meus dois leitores fiéis, os quais reclamaram a ausência de histórias sobre o passado do nosso esporte. Roza e Abiud demonstraram estar preocupados com essa parada estratégica, mas já os alertei sobre o retorno.
E voltei nessa data, pois recebi do cineasta Filipe Seixas o documentário produzido por ele, com duração de vinte minutos, realizado há dois anos em Salvador. Ao rever aquelas cenas tomadas no Passeio Público, onde irmãos e amigos Oldemar Seixas e Roberto Dartanhã, juntamente comigo recordávamos os primeiros passos no sentido da organização de uma Regra que unisse os brasileiros de todos os quadrantes. Senti que deveria continuar a falar sobre o que aconteceu e o que acontece na atualidade.
No mesmo dia, recebi do Raimundo Fernando Valverde da Silva, de Juazeiro, dando contas do resultado final do INCAP, vencido por um representante de sua entidade, contando da homenagem ao Ronald Aguiar. Ronald é um velho amigo que conheci em 1967 e que continua, apesar de seus mais de oitenta anos, a jogar futebol de mesa. E, veja bem, Juazeiro é no norte da Bahia, na fronteira com Pernambuco e esse baluarte do nosso esporte estava lá, jogando e mostrando a sua categoria. Merecida homenagem a essa pessoa gentil que, durante o brasileiro de Salvador, ofertava a cada participante uma fitinha do Senhor do Bonfim. São gestos assim que cativam e mostram o enorme coração que habita em seu peito. Lembro ainda que, quando realizei uma campanha de auxílio ao Oldemar Seixas, ele foi um dos primeiros a depositar razoável valor na conta corrente, minimizando o aperto que nosso amigo enfrentava naquele momento.
Essa foto mostra Haroldo Andrade, de Juazeiro, campeão do INCAP ao lado o Ronald Aguiar, um dos decanos do futebol de mesa baiano.
Justíssima homenagem a um baluarte que muito fez e faz pelo nosso esporte
Já tinha imaginado voltar a escrever e pensado em publicar as fotos de dois times que foram doados e que, na mesma semana, apareceram em fotografias, via facebook. O primeiro foi destinado a um primo, filho de meu padrinho Nélio Sambaquy. O Luiz Pedro Sambaquy, desde pequeno comparecia na AABB para ver os jogos, demonstrando o seu interesse no nosso esporte. Dei-lhe um time do Internacional, apesar de sua preferência ser o E. C. Juventude. Esse time foi fabricado na Bahia e, acredito, nunca jogou nenhuma partida.
Time doado ao Luiz Pedro Sambaquy, há mais de 30 anos
O segundo time foi doado ao Guto Hoffmann, filho de meu amigo e irmão Germano Hoffmann. O Guto, que residia na mesma rua em que eu morava em Brusque, apareceu em minha casa com seu pai, querendo comprar um time de botão. Na época, eu mandava buscar na Bahia uma boa quantidade de times, pois a garotada estava vivendo uma febre de praticar o futebol de mesa. Na ocasião da visita do Guto, não havia nenhum time disponível em casa. Eu havia jogado o Brasileiro de 1979 em Vitória e conquistado o sétimo lugar com um time de acrílico, que fora trazido de Salvador pelo Jomar Moura. O time era vermelho, com o emblema do Inter estampado nos botões. Eu havia recebido um novo Inter, de paladon, feito em Sergipe, com pins de metal embutidos. Jogaria com ele, doravante. Então, resolvi doar o time que havia feito bonito em Vitória, pois, caso contrário, ficaria sem uso. E o Guto ficou radiante e andou ganhando alguns torneios e até um vice–campeonato na Associação Brusquense de Futebol de Mesa. Nas fotos que salvei, até a súmula do jogo final na disputa do vice-campeonato, ele postou, provando a sua façanha.
Time doado ao Guto Hoffmann há mais de 20 anos. Abaixo está a súmula da ABRFM
Tudo isso contribuiu para o retorno da coluna.

Até a semana que vem, se Deus assim permitir.

6 comentários:

  1. Meu caro Sambaquy, que bom tê-lo de volta. Para matar as saudades eu acompanhava sua página no facebook, mas não era a mesma coisa. Assisti ao vídeo ao qual você se refere. Ficou excelente e deve ter representado muito para o pessoal da regra brasileira. Aqu, no Recife, o botão segue de vento em popa, mesmo com aquelas divergências da turma dos 12 toques. A regra brasileira está sendo bem divulgada no penofutmesa de Sérgio Travassos. No botãobol, o que se apresenta está divulgado na Marreta e no Futeboldemesanews. Obrigado, Sambaquy. Hoje, eu estou mais feliz. Abração pernambucano.

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    1. Meu amigo Abiud, a sua passagem "obrigatória" por aqui me deixa sempre na obrigação de contar os casos em que estive envolvido. Tenho acompanhado o penofutmesa, do Sérgio Travassos e vejo o quanto é importante a divulgação de nosso esporte. A Marreta é leitura obrigatória. Fico feliz com sua felicidade. Abração.

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  2. Saudações Sambaquy !!! É deveras agradável ver-te de novo a escrever!!!
    As histórias lindas e fascinantes que nos faz imaginar e participar em sonho!!! Abração a você e família, estendendo a todos de Caxias do Sul, e também ao pessoal da AABB e AFM !!!
    Waner - Dep. de Futmesa do E.C.Rio São Paulo ///''''A Águia do Vale do Marangá""" !!!

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    1. Meu amigo José Waner, grande campeão carioca. Fico feliz em saber que acompanhas as histórias e estórias publicadas. É algo que eu devo contar antes de partir, pois o que ficar registrado se perpetuará. Em 2017 completaremos 50 anos de Regra Brasileira. Já está ai e se não relatarmos as causas que deram origem, quem lembrará? Abraço a você e aos amigos do E.C.Rio-São Paulo.

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  3. LH.ROZA...
    Agradecendo o que antecipo ser desnecessário, sua amável consideração sobre minha pessoa, de "fiel leitor".
    Realmente as vezes é preciso ser dado uma parada, uma repaginada, e voltar com novas emoções recomeçando uma nova leitura dos acontecimentos desse nosso lazer, o FUTMESA, o sempre digo, afirmo, que as melhores e/ou maiores VITÓRIAS são as eternas AMIZADES conquistadas ao longo dos tempos por esses PAMPAS.
    Amigo AC.SAMBAQUY, ficamos no aguardo da próxima "COLUNA".
    ]Um forte abraço.

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    1. Meu querido torcedor do Brasil, de Pelotas é claro. Eu tenho certeza de que és um fiel leitor, pois as suas manifestações são sempre consideradas e estimulam a continuidade da coluna. Meu sonho é escrever uma coluna com o título: ROZA campeão brasileiro na modalidade livre em Livramento. Quem sabe possa acontecer agora. Abração e torço por você ne terra do Dirnei Custódio.

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