Há
alguns dias, tomei conhecimento de uma série de sugestões feitas
pelo Breno Kreuzner, visando à exposição na mídia televisiva de
nossos campeonatos, sugerindo mudanças na maneira da disputa, na
regra, aliado ao fato do tempo de duração de cada jogo e as
disputas por aqueles que atingiram uma idade avançada. Alega os
altos custos de diárias de Hotéis, deslocamentos e uma série de
inconvenientes que todos nós temos para participarmos desses
eventos.
Acho
justa essa preocupação, pois a quantidade de eventos aumenta a cada
ano que passa. Ao mesmo tempo, vejo com temeridade uma modificação
de algo que vem sendo utilizado há quarenta e cinco anos com sucesso
crescente. Muitas foram as modificações da regra, sempre com
consenso da maioria, no sentido de correção de algo que era mal
usado por alguns, conseguindo para isso a concordância de todos.
Mudar o
tempo de jogo, pois uma partida demora cinquenta minutos, seria uma
temeridade. Eu até me atrevo a sugerir que as disputas da categoria
máster tenham um tempo reduzido, para vinte ou até quinze minutos,
mas somente em eventos oficiais. Certamente, todos os másteres
continuam a disputar os seus campeonatos em seus clubes e, lá, terão
de jogar contra todos, sendo que a grande maioria é ainda bastante
jovem. Então, terão de jogar os cinqüenta minutos sempre.
Eu
próprio não aguentaria jogar mais do que três partidas. Por isso
estou fora do circuito, visto que, se conseguisse êxito nas minhas
primeiras partidas, o meu corpo cansado não teria a mesma
desenvoltura nos jogos seguintes e assim o meu esforço teria sido em
vão. Estaria tirando a chance de alguém que poderia chegar às
finais do torneio.
Penso que
tudo isso terá de ser amadurecido, não só no âmbito dos antigos
botonistas, mas em sentido amplo e geral. Modificar para agradar a
quem assiste aos jogos é temerário, pois quem fica à frente do
computador, olhando as partidas é alguém que gosta do esporte, e
ficar trinta ou cinquenta minutos não fará diferença. Estamos
ainda iniciando esse trabalho excelente de divulgação, no qual o
próprio Breno é um dos pioneiros.
Mudar a
regra seria uma temeridade. Tenho certeza de que a grande maioria dos
jovens não apoiaria e isso poderia criar uma cisão em nosso meio. E
isso é a última coisa que eu desejaria ver nos meus últimos anos
de vida. Já enfrentei essa luta na implantação de nossa Regra e
sei bem o quanto sofri na carne. Foram anos terríveis que jamais
deverão voltar ao nosso meio.
Afinal,
depois de patrocinarmos tantos campeonatos brasileiros, jogados da
mesma maneira, termos sido os primeiros a realizar esse
empreendimento tão vitorioso, de reunirmos tantas pessoas praticando
nosso esporte com vibração e garra, mudar alguma coisa para tentar
conseguir um apoio midiático seria dramático. Em minha opinião,
estaríamos retrocedendo a 1967, quando houve a grande transformação
botonística em nossas vidas.
Amigo
Breno, faço novamente a sugestão já explicada anteriormente.
Válida somente para a categoria Máster. Jogos de quinze ou vinte
minutos cada tempo, válidos somente no evento em que eles
participarem. Os demais devem jogar conforme determina a regra atual.
Acredito que assim estaríamos beneficiando os mais idosos, com menos
tempo de jogo e mais tempo de descanso, com a possibilidade de
efetuarem mais jogos com o mesmo vigor do início da competição e
valorizando a sua presença, pois é exemplar o comparecimento dos
cabelinhos brancos praticando o futebol de mesa.
Talvez
não fosse isso que você desejasse que eu dissesse, mas, depois de
analisar muito e profundamente, pensar por vários dias sobre o
assunto, não vejo com bons olhos qualquer modificação que possa
trazer proveito para a continuidade daquilo que já é de domínio
público.
Pelo
menos eu fico tranquilo comigo mesmo, pois o que foi construído, ao
longo dos anos, teve bases sólidas e concretas. Será muito difícil
qualquer modificação que interfira naquilo que deu tão certo desde
o primeiro brasileiro em 1970.
Até a
semana que vem, se Deus permitir.
Sambaquy
Meu caro Sambaquy. Pelo texto, imagino tratar-se da regra brasileira (baiana). Na regra pernambucana (botãobol) o tempo de jogo é de 30 minutos, com mudança de barra aos 15 minutos. Esse tempo permite que se jogue 3 ou quatro partidas, porém, intervalando.
ResponderExcluirTalvez fosse interessante limitar o número de participantes em competições nacionais (apenas os campeões de Estados, de Federação ou de Ligas).
Os campeonatos internos deveriam seguir a linha do botãobol, com jogos regulares semanais.
Sei que todo mundo gera um certo desconforto, mas o que interessa mesmo é que o botão sobreviva. Um forte abração pernambucano. Abiud
Meu caro Sambaquy. Pelo texto, imagino tratar-se da regra brasileira (baiana). Na regra pernambucana (botãobol) o tempo de jogo é de 30 minutos, com mudança de barra aos 15 minutos. Na minha opinião, esse tempo permite se jogar 3 ou 4 partidas, desde que intervaladas.
ResponderExcluirTalvez fosse interessante limitar o número de participantes em competições nacionais (apenas campeões de federações ou ligas).
Os campeonatos internos deveriam seguir a linha do botãobol, com jogos regulares semanais.
Sei que toda mudança gera desconforto, mas o que interessa mesmo é que o botão sobreviva. É isso aí. Um forte abração pernambucano. Abiud
Obs: Delete o comentário anterior, pois saiu com incorreção.
Meu amigo Abiud,
ResponderExcluirRealmente trata-se da Regra Brasileira. Por sinal, em 1971, quando o falecido IVAN LIMA realizou o 2º Campeonato Brasileiro, nas dependências do GERALDÃO, eu estive lá competindo. Será muito dificil haver uma mudança no tempo, pois a Regra Brasleira está sendo praticada em muitos estados e até agora ninguém havia levantado o problema do tempo de duração. Veja que desde 1970 são disputados Campeonatos Brasileiros nessa modalidade. Os interesses são de todos os praticantes e não apenas dos mais idosos. Se houver alguma modificação deverá ser feita após muito estudo, muitas reuniões, muita troca de idéias. Eu apenas sugeri que para os masteres o tempo seja diminuido, em competições onde somente eles estejam disputando, pois nos campeonatos das entidades, os mais jovens jogarão sempre pelo tempo normal.
Vamos esperar para ver o que poderá surgir daqui para a frente. Eu estou praticando a regra de doze toques, pois não tenho mais saúde para a Brasileira, apesar de gostar dela e ter sido um dos seus seis criadores.
Quero aprender a pernambucana e para isso o Armando me enviou um exemplar da regra. Vou praticar aos poucos.
Um abraço e fico feliz com seus comentários.