segunda-feira, 18 de junho de 2012

NA CENTÉSIMA COLUNA, A MINHA HOMENAGEM AO PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO GAÚCHA.


No dia 16 de agosto de 2010, atendendo a um pedido de meu filhão Daniel Maciel, a primeira das minhas colunas é mostrada aos amigos do futebol de mesa brasileiro. Era apenas a primeira, pois, como dizia o Maciel, eu tinha muita carta escondida na manga para exibir no jogo da vida. E, semanalmente, continuamos a escrever, ora contando casos ocorridos, ora comentando acontecimentos da atualidade.
E isso tudo serviu para me fazer retornar ao mundo do futebol de mesa. Afinal, desde dezembro de 1986 eu estive afastado desse movimento que ajudei a criar na década de sessenta. Tive aparições esporádicas, como em 2 de setembro de 1994, quando, em Salvador, joguei uma partida contra Oldemar Seixas. Depois dela, só fui jogar novamente em 16 de novembro de 2002, dessa vez em Caxias, contra Fernando Casara, quando me presentearam com um time do G. E. Flamengo. Ao voltar novamente a jogar, em 21 de janeiro de 2004, tive a alegria imensa de jogar contra dois expoentes do futebol de mesa caxiense: Vanderlei Duarte e Daniel Alves Maciel.
Depois disso, joguei novamente na Regra Brasileira em 24 de junho de 2011, quando me obrigaram a jogar contra as feras Marcos Fúlvio de Lucena Barbosa, Paulo Roberto Schemes e Luiz Henrique Roza. De agosto de 2007 até maio de 2012, tenho me dedicado a jogar na Regra de 12 Toques com o pessoal de Itajaí. Mas, devido à distância entre Balneário e Itajaí, nem sempre estou disponível para participar, e o faço uma ou duas vezes por mês. Já não existe aquela vontade imensa de jogar, e o peso da idade atrapalha muito o meu desempenho. Perco muitos jogos para aqueles que treinam continuamente. Imagine se tivesse condições de disputar campeonatos com pessoas que estão praticando, ativamente, o nosso esporte na Regra Brasileira. Gosto de apreciar e sentir o entusiasmo de todos os botonistas, mas já estou no time dos aposentados.
Por essa razão, eu transferi a minha vontade de jogar para satisfazer o desejo de meu filhão Daniel, escrevendo essas colunas, para manter o blog da AFM sempre atualizado. Semanalmente, há uma coluna nova que é lida por muita gente nesse país. E com ela eu vou me sentindo ainda praticante do futebol de mesa.
E isso tudo eu devo ao nosso primeiro caxiense que exerce  a presidência da Federação Gaúcha de Futebol de Mesa, em caráter oficial, desenvolvendo um excelente trabalho, inclusive dando guarida às demais regras que pululam em todos os cantos. Acompanho diversos blogs e vejo a participação do Daniel Maciel, ora prestigiando certames de livres ou, de lisos ou, até mesmo, na regra de 12 toques. Isso mostra que para mentes abertas não há dificuldade em aceitar vontades diferentes das nossas. Sei bem que ele é um defensor ardente da modalidade liso, mas nem por isso deixou de prestigiar as demais. Tudo isso fará com que a união de todos não faça nosso esporte desaparecer.
Tive a honra de recebê-lo em minha casa por duas vezes, quando esteve por Santa Catarina, sempre com sua querida Flavia Francine que o incentiva, sendo sua maior torcedora. Na segunda visita, trouxe sua família consigo e tive a honra de conhecer pessoas maravilhosas, as quais me acolheram em sua casa, por ocasião do XXIX Centro Sul, em um churrasco inesquecível, com direito à música ao vivo, cantada por seus pais que foram um dueto harmonioso. São pessoas de elevada índole e que apoiam as atividades do Daniel, sendo que um dos quartos da casa de seus pais é ocupado para guardar a imensa galeria de troféus que meu filhão já angariou em seus poucos anos de prática constante. Ao ver essa quantidade, confesso que fiquei envergonhado de minha galeria. Não dá nem 10% daquilo que o Daniel já beliscou por esse nosso Brasil.
Sambaquy em visita a casa dos pais de Maciel
Essa é a razão de homenagear essa pessoa fabulosa que a AFM tem o privilégio de ter em seu quadro. “Quem sai aos seus não degenera”. Daniel Alves Maciel saiu aos seus e é por essa razão que o convívio é muito salutar entre todos eles. Foi através dele que seus parentes Paulo e Mário acabaram aderindo ao futebol de mesa e enriquecem os quadros da Associação mais antiga do Rio Grande do Sul, que beira o seu cinquentenário dentro de poucos anos.
Em 25 de julho de 2011 eu já havia escrito a profecia do Vanderlei Duarte quando me apresentou o Daniel: - Vais conhecer um guri que vai fazer muito pelo futebol de mesa. E como está fazendo, pois dinamizou a AFM e, agora, com pulso forte dirige a Federação Gaúcha. Foi para atender o seu pedido que essas colunas se tornaram constantes e atingem, nesta data, os três dígitos.
Como afirmei acima, adotei-o como filho e meu sucessor na história desse esporte tão envolvente que amamos e que nos torna irmãos. Ainda espero que ele consiga ser campeão brasileiro, coisa possível em muito pouco tempo. Tenho certeza de que conseguindo dominar seus nervos, ninguém o segurará e o troféu maior do botonismo nacional será, orgulhosamente, exibido nas galerias vitoriosas da nossa querida AFM.
Obrigado novamente, meu filhão, presidente da Federação Gaúcha de Futebol  de Mesa, por seres essa pessoa extraordinária, com brilho próprio e que se destaca no cenário esportivo de nosso país. Graças a pessoas como você, o nosso esporte crescerá constantemente, e um dia conseguiremos  mostrar ao mundo que a Regra Brasileira foi criada para ficar eternizada em todos os corações.


Airton Dalla Rosa, Daniel Maciel e Adauto Sambaquy - Festa de 45 anos de entidade

Maciel e Sambaquy - Visita a Bal. Camboriú

Maciel recebe de Sambaquy mais um de tantos troféus de sua grande galeria

Até o mês de julho, se Deus permitir.
Sambaquy

6 comentários:

  1. Meu caro Sambaquy. Essa sua 100ª coluna está belíssima. Parabéns. Só um adendo: Não esmoreça e não se desculpe pela "idade avançada" como motivo para se afastar do botão. No botãobol, jogamos todos contra todos, independente da idade. Hoje, aos 72 anos de idade, continuo jogando com o mesmo ou talvez mais entusiasmo do que antes e venho me mantendo no topo do ranking. Portanto, amigão, não deixe de fazer o que sinto que é o que mais gosta de fazer na vida: jogar botão. Continue brilhante com suas crônicas. Elas são um deleite para todos nós, amantes do botão. Abração pernambucano, Abiud.

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  2. Meu amigo ABIUD,
    Depois deste "puxão de orelhas" não posso mais deixar de praticar o esporte que eu mais amo. Tens razão em tudo isso, e, pensando bem, nós os "velhinhos" somos a motivação da garotada. Fico feliz em saber que gostas das minhas crônicas, todas elas voltadas ao nosso futebol de mesa.
    Vamos continuar com toda certeza, e sonhar em jogar com os amigos dessa terra maravilhosa, que marcou meu coração em 1971, quando estive ai pela primeira vez.
    Aceite o meu agradecido abraço.

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  3. Querido Papai Samba!
    Após ler esse texto não consigo conter as lagrimas de emoção, pois fico muitissimo feliz que voce sempre acreditou no meu trabalho e graças a Deus acredito que não irei te decepcionar. Eu nao consigo nem escrever mais...
    Obrigado pelas palavras Papai!
    Fica com Deus!
    Um beijo no seu coração!

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  4. Meu Filhão,
    Tudo o que foi escrito nessa coluna corresponde à realidade. Com toda a certeza, você é na atualidade o meu seguidor mais completo. Estou entregando em ótimas mãos o meu legado histórico, e tenho a plena convicção de que o aluno já superou o mestre há muito tempo. Teria muito mais a escrever, mas, espero faze-lo quando chegar a hora. Sei que suas conquistas não ficarão paradas e que sua atuação à frente de todas as entidades o colocará sempre no lugar que mereces ocupar.
    Você merece tudo isso, por seu trabalho construtivo.
    Fica com Deus e continue sendo essa pessoa maravilhosa.

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  5. LH.ROZA
    Meu AMIGO "AC.SAMBAQUY"...
    O que escrever em sua "COLUNA"??? se não, só vir agradecer por ser mencionado mais uma vez. Relembrar aquele fatídico "gol contra" em nosso festivo reencontro em CAXIAS, foi um dos mais belos feitos em todos os tempos.
    Portanto volto informar-lhe que estivemos afastados, das postagens, devido pequenos probleminhas tecnicos.
    Um forte abraço...

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    1. Meu amigo Rozinha,
      Com muita alegria volto a encontrar seus comentários, sempre mostrando a sua veia poética. Quanto ao gol que você diz que foi contra, na minha opinião foi uma tremenda cabeçada do meu centro avante, tanto é que ele já adicionou esse gol em sua contagem, esperando chegar aos mil gols. Realmente reencontros felizes são a melhor parte dessas promoções, pois conseguimos com isso voltar no tempo e nos sentir jovens outra vez.
      Um grande abraço.

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