Começar
a semana com notícias alegres é sensacional.
Há uma
tradição no botonismo caxiense desde o início dos anos sessenta,
quando foram iniciadas as disputas de campeonatos, de prestigiar os
jovens valores. Naqueles distantes anos, os meninos do Recreio
Guarany, tendo, entre tantos jovens, dois baluartes chamados Airton
Dalla Rosa e Nelson Prezzi que tantas conquistas conseguiram para a
galeria de troféus da AFM. Nós disputamos apenas dois campeonatos
na Regra Gaúcha. O primeiro, em 1965, onde somente a categoria
especial disputava e o segundo, organizado por nós, com as disputas
de todas as categorias: infantil, juvenil e adulto. Lembro que nosso
representante na categoria infantil foi o Almir Manfredini e, no
juvenil, o Airton Dalla Rosa. Foi o primeiro passo no sentido de
colocar a meninada no circuito botonístico e eles ficaram felizes.
Airton Dalla Rosa e Nelson Prezzi, Dois dos meninos do Guarany do passado e hj presente em eventos da AFM Caxias |
Zeni (Ponte Preta), Luiz Pizzamilgio (Vasco) e Adaljano Barreto (Juventude) |
Por isso,
para quem foi um dos criadores da entidade, tomar conhecimento de
que, dos oito troféus de campeão e vice, disputados no XXX Centro
Sul no Rio de Janeiro, três ficaram em mãos de quem usa as mesas da
AFM para se aprimorar, a alegria tomou conta de meu ser.
Indiscutivelmente,
nós atingimos um patamar de celebridade. Estamos no nível dos
maiores botonistas brasileiros e estamos aptos para abiscoitar, em
Salvador, o sonho tão almejado desde 1965: Campeão Brasileiro.
Daniel
Crosa, o engenheiro das mesas, o dedicado, o batalhador foi vice
campeão sênior. Saiba, Crosa, que esse é um título maravilhoso e
engrandecerá imensamente não só a você como a todos os
companheiros de lutas. Parabéns, meu amigo, você mereceu.
Robson Bauer, que também é nosso, apesar de estar vinculado à
Santa Vitória do Palmar, aquela terra maravilhosa de gente fabulosa,
na verdade é campeão caxiense de 2011. Então, a glória também
será nossa. Merecida conquista para quem já bateu na trave no ano
passado e, depois de tomar e dar aulas nas mesas caxienses, aumentou
sobremaneira o seu jogo que já era diferenciado. Parabéns, meu
amigo, você mereceu.
Mas, para
mim, a grande e incomensurável alegria ficou por conta desses dois
pequenos gigantes que estamos entregando ao mundo do futebol de mesa:
Gustavo e Hemerson. Minha gente, olhem bem para a foto do grupo em
que eles participaram. Ambos, Gustavo e Hemerson eram os menores. Os
meninos cariocas todos maiores, com pinta de adultos, sucumbiram
diante de nossos pequenos gigantes. Vocês foram a glória de todos
nós. A alegria de poder mostrar a todos os meus amigos as fotos
desses meninos vencedores foi imensa. Eu me senti realizado e feliz,
pois sei que o futuro chegou à AFM e, por muito tempo, nós teremos
campeões entre nós. As conquistas dos dois servirão de estímulo
aos nossos botonistas que defenderão nossas cores em Salvador, em
novembro. Bem diferente daquele janeiro de 1970, quando participamos
do primeiro Campeonato Brasileiro, com três meninos na faixa dos
14/15 anos e não fizemos feio, apesar do pouco tempo de prática da
Regra Brasileira. Hoje, nós iremos preparados para lutar contra tudo
e contra todos. Meus dois meninos de ouro, muito obrigado, mas
obrigado mesmo por mostrarem que os sonhos podem ser realizados.
Gustavo "Pica-Pau" (1º a esq) e Hemerson (1º da dir) o futuro da AFM Caxias fazendo bonito no presente |
Até a
semana que vem, se Deus permitir.
Sambaquy
Sambaquy,
ResponderExcluirLembro bem deste meu jogo com o Alexandre Prezzi, o derrotado deveria jogar contra o Rogério. Venci por 4x2.
Abs!
Mestre Sambaquy.
ResponderExcluirExcelente o que escreveste na coluna. Compartilho de tua alegria pois nós, quase "setentões" (alguns já o são) sentimos que o futebol de mesa não morrerá. Precisamos sempre incentivar essa "gurizada" pois sem ele tudo seria mais difícil. Concluo que buscaste "no fundo do coração" os elogios para esses meninos. Parabens. Só deixo uma pequena "correção" no texto onde citas o Zeni, O Pizzamiglio e o Adaljano foste traido pela memória. Faltou mencionar o Luiz Santiago Veronese Mascia (Bahia) e não era o Adaljano(Juventude) e sim o irmão dele Adalberon com a camisa do Coritiba. Um grande e forte abraço
Caro amigo Zeni. a falha foi minha mesmo quis ilustrar a frase dita pelo Sambaquy e acabei confundindo os Barretos, quanto ao Bahia desconhecia o nome mesmo, mas muito bem posto por vc aqui.
ExcluirFico contente de saber que todos nós os Guris, sejam eles os mais antigos, como Eu, Dani e Ale e agora Pica-Pau e Hemerson damos a vocês algumas alegrias. Deixo claro aqui que com certeza todos nós temos muito mais alegria de conviver com os mais experientes tendo todo dia lá na sede ou aqui grandes exemplos que devemos seguir vindo de vcs.
Rogério
Meu querido Mestre ZENI,
ResponderExcluirA foto foi uma escolha do nosso presidente Rogério.Realmente tens toda razão em citar Luiz Santiago Veronese Mascia (Bahia), Marcos Antonio Zeni (Ponte Preta), o velho (G. E. Flamengo), o Marcolino Pereira (Tico, da TV Caxias), o Luiz Ernesto (cabeludo) Pizzamiglio (Vasco) e o dr. Adalberon Barreto (Coritiba). O Adaljano e o Adalberon são meus primos e eu não faria confusão entre eles. Há ainda um irmão deles que jogava e que se chamava Jorge, que morava em Pelotas.
O importante de tudo isso é que a renovação acontece de tempos em tempos e isso solidifica o nosso esporte.
Agradeço a você e ao Dani Pizzafiglio em comentarem. Aliás, essa foto dele com o Alexandre, lá no Recreio da Juventude é uma das raridades que tem de ser preservada.
Daqui a algum tempo os filhos deles estarão nas mesas e verão que seus pais e avôs foram excelentes botonistas.
Um grande abraço a todos vocês, com muita saudade.
Meu caro Sambaquy. É sempre bom sentir que o botão ainda tem muitos adeptos, independente da regra utilizada. A luta é insana, mas no final torna-se gratificante. Cada jovem que aparece no cenário é como se um gol fosse marcado numa final de Copa do Mundo e, assim, de gol em gol o futebol de botão vai sobrevivendo. Parabéns, pela excelente divulgação no seu blog do que se passa na regra brasileira (ex-gaúcha e baiana), incluindo as reminiscências. Agora que retornei às atividades, vou também batalhar para que o botãobol (regra pernambucana) cresça no cenário brasileiro. Um abraço, amigão. Um dia nos veremos.
ResponderExcluirAmigo Abiud,
ResponderExcluirTenho certeza de que a Regra Pernambucana crescerá com o seu trabalho. Acredito que o seu pessoal deveria também estar levando os filhos e netos para jogarem, pois assim a perpetuação da rainha das regras se tornará obrigatória.
Pelas fotos que acompanho na Marreta, vejo somente os meus contemporâneos jogando. Tem de colocar sangue novo entre vocês. Torço muito pelo sucesso e continuidade da Regra Pernambucana. Com certeza, nos veremos um dia. Um grande abraço, extensivo aos amigos que praticam a rainha das regras.
Coloco aqui na integra meu comentário feito na semana passada,direto ao Sambaquy, quando recebi a coluna para postagem:
ResponderExcluir"Esta vez vou ter que falar antes mesmo de sair. simplesmente pra mim uma das coluna mais emocionante de todos os tempos aquela que mostra o andar dos tempos de Caxias sempre se renovando. Desde os tempos do pai e do tio no Guarany depois passa pela turma do PizaPai, do Crosa que é uma intermediária e ainda mais lembrar que Dani eu e o Xande viemos de uma renovação do Recreio da Juventude, onde ainda tinha os Barretinhos e o Sobrinho do Crosa, dai chegamos ao que eu chamo da era Vanderlei e dai surgem Maciel, Mario e Carraro, e dai a AFM Caxias passa a ser uma associação de uma média de idade baixa, mas que incomoda bastante os adversários. Ai vem a parte do Enio com meninos do Nossa Senhora da Paz que deram resultado com certeza e agora um trabalho magnifico que iniciou com Ednei e Rodrigo Guterres e que depois tão nobremente Maciel tomou conta dos garotos e foi os colocando junto aos mais experientes onde ganharam esta confiança tao grande que vemos neles hj. Hoje eles jogam de igual pra igual com nossos adultos alguns ja deixaram pra traz como é o meu caso e certamente estes dois vão muito longe e trarão muitas alegrias."
Valeu e até mais
Rogério Prezzi
Minha gente querida,
ResponderExcluirEssa coluna acabou fazendo as diversas gerações da AFM se manifestarem, coisa que eu espero desde a primeira delas.
Para quem escreve, a manifestação dos leitores é algo que incentiva e faz criar novas perspectivas criadoras para novos assuntos. Fico feliz pelas manifestações da velha guarda, da média e nova guarda. E tenham certeza de uma coisa que guardo comigo:
O TEMPO NÃO EXISTE QUANDO REALIZAMOS UM TRABALHO QUE NOS EMPOLGA.
Abraços aos meus queridos amigos dessa agremiação tão envolvente.