Meus amigos botonistas, eu
acredito que o incentivo inicial para escrever sobre a minha vida no futebol de
mesa partiu de uma pessoa especial, a qual passou por Caxias meteoricamente,
mas que marcou com a sua simpatia todos aqueles que tiveram a felicidade de
conhecê-lo. Falo de Cristiano Gularte. Não tive a felicidade de conhecê-lo
quando das festividades dos 45 anos da entidade que ajudei a fundar, pois já
havia sido transferido para São Leopoldo.
Mantinha O seu blog, denominado
Manchester United by Cristiano Gularte, era mantido e atualizado por ele, assim
como o da AFM. Repassando seus escritos, encontrei comentários feitos na terça
feira, dia 23 de março de 2010. Ele fala que, numa visão pessoal, comentaria
alguns fatos do último final de semana, quando ele consegue tornar-se campeão
desse Torneio em comemoração ao aniversário dessa bela capital dos gaúchos. Os
jogos foram realizados nas dependências do Círculo Militar.
Inicia seus comentários dizendo
que entrou “pela porta dos fundos”, pois Caxias tinha apenas três vagas,
destinadas ao Carraro, Mário e Alexandre Prezzi. Maciel, com sua diplomacia
conseguiu uma vaguinha e encaixou nosso amigo, que dá a dica: entrada pelos
fundos também dá título...
Comentou o gol que o Rodrigo
Borba marcou no Barcelona do Mário. Afirma que o Valdez estará sentando no
banco do clube barcelonista, depois de ter levado um frango em decisão de vaga.
Fala no Carraro e arremata, Mestre
Carraro. Aplicou um chocolate no Yago, a grande promessa do futebol de mesa do Círculo
Militar. Acabou consolando o menino, afirmando que quando estava iniciando, em
2009, o Mário aplicou-lhe um 8 x 0. Se não fosse catimbeiro, no tocante a
arrumar o goleiro, com certeza o placar teria sido bem maior. Que isso não
tirasse o ânimo, pois se num dia perdemos, no dia seguinte poderemos vencer.
Comentou a participação do
Alexandre, que saiu ganhando do Marcelo Vinhas, mas sucumbiu diante do poderio
do então presidente da Federação. Sobre o fabricante de botões, Nei Barbieri
foi um dos que mais lhe deu trabalho, mas para sua felicidade estava num dia
ruim nos arremates, pois se acertasse, ele não teria chegado às finais. Faz um
agradecimento ao Rogério, por haver emprestado a calça de seu abrigo, para que
ele pudesse estar com fardamento completo. E alerta que a calça foi quem lhe
deu sorte. Fala sobre o Victor Mecking e seus arremates precisos, sua simpatia,
cavalheirismo na mesa, lamentando apenas ser torcedor do Pelotas. Todo xavante
não suporta os auri-ceruleos. Leio muito o Roza, de Joinville, que pensa da
mesma maneira.
Agradeceu ao Marcelo Vinhas por
tê-lo trazido de Pelotas a Porto Alegre. `Para agradecer, enaltece a figura do
Vinhas, chamando-o de colecionador de títulos, um “lorde” na mesa e fora dela.
(Que maravilha se todos fossem iguais a você...) Continua sua narrativa, obcecado
no Vinhas, dizendo que tal qual o Vanderlei Duarte, são homens de gelo jogando.
Que não é de gritar quando marca seus gols e se grita, como viu em alguns
vídeos, até o grito é educado e respeitoso ao adversário.
A seguir fala da galera dos
cavados, elogiando os jogos que assistiu, dizendo que tem muita gente boa dando
espetáculo nas mesas.
Voltando aos lisos, salienta o
parceiro Breno, outro cavalheiro a ser enaltecido. Rodrigo Borba, que poderia
contar a história do urubu de meia. Mas, ficou só nisso, não entrou em
detalhes. E o Guido, uma pessoa gentil e educada, que cativa a todos com sua
simplicidade e brilho próprio. Elogia suas réguas, as quais, em suas mãos,
fazem milagres. E o Robson Bauer, cria do Guido, provenientes de Santa Vitória
do Palmar com todo o carisma do povo do sul do país. Elogia a educação na mesa
frente ao oponente, ao árbitro, à organização, falando dessas duas peças
valiosas que temos a felicidade de ter em nossa Federação.
Elogia aqueles “senhores
grisalhos” em torno das mesas, disputando seus jogos como se meninos ainda
continuassem a ser. Alguns eram da AFUMEPA, a entidade pioneira da Regra
Brasileira na capital dos gaúchos.
Salienta que ao voltar à AFM,
seus adversários Walter, Mário, Rogério, Zeni ficam provocando-o, querendo
carimbar a faixa de campeão, que é uma honra jogar com o campeão e entram em
campo contra ele como se fosse a final da Libertadores da América. Entretanto,
não vai mudar sua forma de jogar, seguindo com a sua retranquinha básica, com
seu joguinho que dá para o gasto e assim vai levando a vida.
Finaliza, dizendo que já escreveu
demais e vai parar, pois a maioria dos leitores já deve estar cheia de tanto
ler suas histórias. Envia um forte abraço a todos e pede: nunca deixem de
prestigiar o futebol de mesa em suas associações. Levem seus filhos,
incentivando-os a praticarem o nosso esporte, pois a prática do futebol de mesa
é tão sadia que vale a pena o esforço junto a nossos “ninhos”.
Trouxe essa crônica, escrita há
mais de dois anos, pois são comentários feitos dessa maneira que gostamos de
escutar, de ler e observar entre os praticantes do futebol de mesa. É uma
maneira de sentir que a amizade prevaleceu em todos os momentos daquele Torneio
de Aniversário de nossa capital. O futebol de mesa é mágico e tem a enorme
capacidade de nos transformar em irmãos, voltados para a mesma idéia de
competir com lealdade e lisura e, vencendo ou não, retornar aos nossos lares
com o coração fervilhando de felicidade, como está o coração do amigão Mário
Schemes com o nascimento de seu neto Bernardo, no dia 19 de setembro, em
Camboriú.
Daqui envio meus votos de
felicidade ao Bernardo e que o primeiro presente do vovô seja um time colorado,
pois eu já mandei fazer um para o meu neto Vitor. Quem sabe daqui a alguns anos
nós possamos nos realizar vendo os dois jogarem em algum campeonato brasileiro.
Meus amigos, parafraseando o
Rangel, PAZ E BEM.
Até a semana que vem, se Deus
assim permitir.
Sambaquy
É isso aí, meu caro amigão Sambaquy. São essas histórias que nós gostamos de ouvir: competições realizadas com toda lisura, em clima de felicidade, novas amizades surgidas. Esse é o espírito de todos que praticam com amor o futebol de botão. Toda 2ª feira abro meu blog e me dirijo à sua coluna. Continue, amigão, mas não se esqueça do livro. Abração pernambucano.
ResponderExcluirAmigo Abiud,
ExcluirPor falar em competições realizada com toda lisuta, em clima de felicidade, já tomei conhecimento de que o Hugo Alexandre retormou a ponta do BotãoBol. Vai ser uma luta de cachorros grandes, onde o restante do pessoal vai ficar olhando de longe. Que legal a reforma da sala de vocês. Isso é um premio ao grande campeonato que estão realizando.
Não esqueci o livro, pois cada dia que passa e a cada nova coluna, a cobrança aumenta.
Um abração gaúcho/catarinense.
Cristiano um baita amigo, faz muita falta no cenário do futmesa.
ResponderExcluirGrande lembrança Samba.
Um abração.