Ao receber uma mensagem de
celular e, posteriormente, uma cópia do e-mail que o colega Enio Durante
encaminhou ao também colega Vicente Sacco Netto, comunicando a chegada de seu
novo time do São Paulo, encomendado quando estávamos em Salvador, fiz uma
viagem mental aos primórdios do movimento em nossa cidade natal.
Há exatos cinquenta anos, isto é,
no ano de 1963, o futebol de mesa começou a ser praticado em clubes na Pérola
das Colônias. Na AABB, funcionários capitaneados pelo saudoso Raymundo Vasques,
todos adultos, pais de família, voltavam à diversão de seus dias de infância e
iniciavam um campeonato de futebol de mesa na regra Gaúcha. Afinal era essa a
regra utilizada no Rio Grande do Sul, e a entidade havia adquirido mesa e times
das mãos do próprio presidente da Federação Riograndense.
De 1963 até 1971 muita coisa
rolou. Houve a migração da Regra Gaúcha para a recém criada Regra Brasileira.
Foram confeccionadas algumas mesas e os adeptos cresciam em número e admiração.
Passaram pelas mesas abebeanas os colegas: Raymundo Vasques, Sérgio Calegari,
Paulo Luís Duarte Fabião, Sérgio Guimarães, Luiz Carlos Carlucci de Campos,
Roberto Grazziotin, Rubem Bergmann, José Fiorindo Angeli, Ivan Mantovani,
Nelson Mazzocchi, Sylvio Puccinelli, Luiz Carlos Ponzi, Carlos Perez, Jorge
Brambilla, Vicente Sacco Netto, Rubens Constantino Schumacher, Dirceu Vanazzi,
Osni Freitas de Oliveira, Heitor Stumpf, Homero Kraemer de Abreu, Milton
Casanovas Machado, Silmar Haubrich, Walmor da Silva Medeiros, Aldo Oliveira e
Luiz Alfredo Gastaldello. Ao todo foram vinte e seis disputantes dos diversos
campeonatos realizados. Campeões foram os colegas Adauto Celso Sambaquy (duas
vezes), Roberto Grazziotin, Vicente Sacco Netto, Sylvio Puccinelli (duas vezes),
Rubens Constantino Schumacher e Walmor da Silva Medeiros. Os três primeiros
campeonatos foram disputados na Regra Gaúcha e os demais na Regra Brasileira,
com botões lisos.
As campanhas que realizei nos
diversos campeonatos, premiaram-me com dois primeiros lugares, quatro segundos,
um terceiro, um quinto e um sétimo, este o meu pior ano.
Os adversários que mais enfrentei
nesses campeonatos foram Calegari e Puccinelli por sessenta vezes cada um;
Vasques: cinquenta e duas; Vicente Sacco Netto: quarenta e quatro; Rubem
Bergmann: trinta e três; Paulo Fabião: trinta; Rubens Schumacher: vinte e oito;
Walmor Medeiros: dezoito e Roberto Grazziotin: dezessete vezes.
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Sambaquy X Sacco, observados por Osny Freitas |
Naqueles anos, só jogávamos aos
sábados à tarde. Hoje em dia, os treinos e jogos são pelo menos umas três vezes
por semana.
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Vicente Sacco Neto Campeão |
Mas, voltando ao e-mail do Enio,
tomei conhecimento através dele que a FENABB aprovou o futebol de mesa nos
JEMAB (jogos esportivos entre as AABBs) e que, ele, Enio Durante defenderá o
seu título de campeão estadual de Futebol de Mesa na JEMAB. Eis que o nosso
amigo Enio, com um time do Flamengo na modalidade livre conseguiu lograr êxito
em 2012 e sagrar-se o legítimo campeão dentre todos os praticantes, associados
bancários que se dedicam ao nosso esporte na Regra Brasileira.
Desejo sorte ao nosso campeão e
que ele consiga levar para a AABB Caxias do Sul, novamente, a honra de portar o
título maior dessa disputa.
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Enio Durante atuando no cavado |
Nós que há cinquenta anos
iniciamos a prática do futebol de mesa nas dependências da AABB e por lá
permanecemos, jogando até nossa saída para a cidade de Brusque (SC), ficamos
felizes em saber que houve o reconhecimento e hoje o nosso esporte é praticado
e prestigiado junto aos colegas que comandam a FENABB. Lutamos muito para isso
acontecer e, felizmente, depois de muito tempo estamos podendo comemorar esse
engajamento que, certamente, só fortalecerá mais o Futebol de Mesa.
Até a semana que vem, se Deus
assim permitir.
É isso aí, Sambaquy. O futebol de mesa, apesar de tudo, ainda é, hoje, algo de extraordinário. Parabéns à AABB por manter sempre acesa essa chama que jamais se extinguirá. Falta apenas o tão prometido livro. Abração pernambucano. Abiud Gomes
ResponderExcluirAbiud,
ExcluirO livro está programado a ser lanbçado no cinquentenário da AFM Caxias do Sul, em junho de 2015. Até lá vamos continuando a escrever nossas cronicas semanais, relembrando fatos que se não forem escritos acabarão esquecidos.
Abração gaúcho/catarinense. Sambaquy