segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

HOJE COMEMORAMOS O DIA DO BOTONISTA E O CENTENÁRIO DO DÉCOURT.


Há cem anos, nesse dia, nascia em Campinas (São Paulo), aquele que foi o desbravador do futebol de mesa em solo brasileiro. Não foi o seu inventor, coisa que ainda permanece escondida na poeira dos tempos, mas foi o primeiro que saiu do anonimato para tentar mostrar o futebol celotex como um esporte a ser desenvolvido.

Foi ele quem imprimiu o primeiro livro com regras para o jogo de botões. Isso em 1930, quando ainda era um menino com seus dezenove anos de idade. Isso foi realizado no Rio de Janeiro, pois o menino percorria as redações dos jornais da época, como A Noite, A Ordem, Diário da Noite, A Batalha, O Globo, Rio Esportivo, Diário de Noticias, e as revistas A Noite Ilustrada e o Suplemento de O Cruzeiro, levando noticias sobre os campeonatos cariocas de futebol celotex. Com o tempo consegue amizade com Thomaz Mazzoni e José de Moura e consegue colocar noticias na Gazeta de São Paulo (que ainda não era a Gazeta Esportiva).

Sempre defendeu que o esporte era para crianças de oito a oitenta anos, e nunca uma diversão infantil. Defendia a idéia que essa história de esporte de criança foi criada por antigos praticantes, que por diversas razões deixam de praticá-lo em clubes e continuam a jogar com seus filhos e até seus netos.

Em 1957, quando voltou a praticar de maneira quase ininterrupta, foi motivada por uma partida de futebol de mesa transmitida ao vivo pela TV Record, reunindo o campeão mundial de Box, Eder Jofre e o Deputado Federal Herbert Levy. Ficou entusiasmado e dias após, encontrando Eder Jofre, foi informado que no Grêmio Dramático Luso Brasileiro estavam disputando campeonatos. Foi para lá inscrever-se, sagrando-se vice-campeão paulista, em campeonato promovido pela Federação Paulista.

Em 1980 encontrou-se com um antigo botonista carioca que havia sido um dos primeiro compradores do livro de regras de futebol celotex. Esse botonista chamava-se Getúlio Reis de Faria e jogava na Regra Brasileira. Para que pudessem jogar em idênticas condições, enviei ao Décourt um time liso da Esquadra Azurra. O encontro dos dois veteranos botonistas chamou-se JUBILEU DE OURO NO BOTONISMO. Afinal, desde 1930, Getúlio desejava conhecer Décourt e cinqüenta anos depois conseguia esse feito. Isso serve para avaliar o valor que Décourt tinha para os botonistas brasileiros.

Por onde passou sempre defendeu suas idéias, realizando campeonatos de futebol de botões, com ou sem incentivo. Em Porto Alegre, pelos idos de 1950, quando trabalhava com seguros, realizou com o patrocínio do Correio do Povo, um campeonato de futebol de mesa. Fica uma sugestão aos historiadores de nosso esporte para que procurem nos jornais da época, pois foi amplamente noticiado. Sei disso porque meu avô comprava o jornal e quem ia buscá-lo na banca era eu. Sempre lia as noticias esportivas. Quem sabe alguém consegue reconstruir essa façanha, até então inédita em nosso estado.

Apesar de ter conhecido o futebol de botões no Rio de Janeiro, foi em São Paulo onde desenvolveu seus maiores esforços, sempre no sentido do crescimento desse esporte tão querido. Constituiu clubes, formatou informativo, escreveu e divulgou aquilo que amava, muitas vezes em prejuízo próprio, mas movido por uma chama amorosa que durou até seu último dia de vida.

Faleceu em 27 de maio de 1998, deixando uma enorme lacuna entre nós.

Para homenageá-lo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, decretou a data de 14 de fevereiro como sendo o Dia do Botonista.

Por essa razão, meus amigos botonistas, devemos considerar esse ano como sendo o centenário da figura maior do futebol de mesa nacional. Comemoremos o dia e o centenário de nosso amigo querido, que lá do alto deve estar formando seu clube de futebol celotex, reunindo todos os que nos precederam na grande viagem que todos nós faremos um dia.

Até a semana que vem.

Sambaquy.





2 comentários:

  1. Ola!Td bem?Sou o Marcelo Minuzzi Soares-Jogador de botão na regra toque-toque e possuo uma liga chamada FIB e escrevi o livro-futebol de botão-uma paixão nacional.Pq o sr. nunca jogou ou se interessou pela regra toque-toque?Essa regra existe desde 1945.Acho estranho e injusto uma regra que é a mais praticada do Brasil ser tão marginalizada!Pq o CND fez isso de escolher 3 regras?Se não fosse isso com certeza teríamos o jogo de botão nas olimpíadas de 2016!Admiro o sr. por ser tão apaixonado pelo jogo de botão,mas essa variedade de regras que fez o nosso jogo ficar tão prejudicado.Existem no minimo 15 regras praticadas no Brasil e por isso que não temos ainda o Sulamericano,Mundial e botão olimpico e panamericano!

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  2. Décourt foi um grande cara e inventor do botonismo!Sem duvida ele esta de Parabéns!!Mais ele não deveria ser o unico a receber os créditos.Parte desses créditos devia ir pra Fred Mello!Ele foi o inventor da regra leva-leva(toque-toque) lá no RJ em 1945.E não vejo o nome dele nunca ser citado por ninguem!Mais eu como seu representante legitimo homenageio ele como posso no meu orkut e comunidade de botão.

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