segunda-feira, 6 de junho de 2011

SYLVIO PUCCINELLI É MAIS UM BOTONISTA NO CÉU.


Sylvio nasceu em Caxias, no dia 22 de agosto de 1936, Era filho de Sabatino e Rina Puccinelli e irmão do grande Renato Puccinelli, que brilhou no Juventude, Pelotas e Internacional.

Sylvio começou a praticar o futebol de botões no Bairro Rio Branco, ainda menino. Jogava na casa de dois estrangeiros, os quais haviam construído um belo campo. Um deles era metido a inventor e foi o primeiro a usar um volante de carro em bicicleta. Uma ocasião, quando percorria os bairros jogando, junto com Renato Toni fui até a Caipora jogar contra eles. Não lembro o resultado, mas me encantou o campo que eles haviam construído.

Quando começamos a disputar os campeonatos bancários, encontramo-nos novamente. Ele jogando pelo Banrisul e eu pelo Banco do Brasil. Jogamos muitas vezes e cada vez que isso acontecia eu conversava com ele no sentido de incentivá-lo a fazer o concurso para o Banco do Brasil. Ele aceitou e conseguiu ser aprovado. Com isso a nossa equipe ficou reforçada.

Foi um dos primeiros a se incorporar à Regra Brasileira. Seu primeiro time foi um Vasco da Gama. Com ele ganhou muitos troféus para a sua galeria.

Oficialmente começamos a jogar em maio de 1963 e nossa ultima partida foi em 10 de abril de 1976. Ao todo jogamos 60 partidas. Nessa estatística tenho boa vantagem, pois venci por 25 vezes, empatamos 21 vezes e perdi 14 partidas. Sylvio não era muito freqüente, pois se dedicava a outros esportes, como futebol de salão e tênis, esse era a sua paixão, pois jogava e fazia a Irene acompanhá-lo, também jogando.

Mesmo assim, em 1970 foi o seu grande ano na Liga, pois já com Internacional, tendo na ponta direita o seu irmão Renato, foi suplantando a todos os seus adversários, colocando o seu nome na galeria dos campeões caxienses.

Vicente Sacco Netto, que apelidava todos os botonistas, concedeu-lhe o sugestivo apelido de Pinduca, um personagem de histórias em quadrinhos.

Sylvio adoeceu e lutou com muita garra, participando como torcedor entusiasta do seu Juventude de inúmeros jogos, apoiado em sua bengala. Faleceu jovem, em 14 de agosto de 2006, exatamente oito dias antes de completar setenta anos.

A Associação de Futebol de Mesa de Caxias do Sul o homenageou denominando uma de suas mesas com o seu nome.

Por isso, hoje a nossa homenagem a esse grande nome do futebol de mesa caxiense e que prematuramente nos deixou. Saudades desse amigo querido, dessa pessoa carinhosa que sempre tinha uma palavra de incentivo a todos que dele se acercavam.

Enquanto houver botonistas em Caxias, podemos estar certos que o nome de Sylvio Puccinelli jamais será esquecido.

Nossa saudade, grande Pucci. Que estejas participando o time de botonistas que nos precede, pois com toda certeza já deves ter encontrado o Chicão, o Adelar dos Santos Neves, o Aldemiro Ernesto Ulian, o Almir Manfredini, o Ângelo Slomp, o Antonio Carlos Oliveira (que foi teu colega no Banrisul), o Deodatto Maggi, o Edgar Panosso, o Flávio Chaves, Enio Chaulet, Marcos Lisbôa e Pedro Massignani que disputavam campeonatos ai em Caxias do Sul.

Fica na paz e na nossa lembrança, grande campeão.

Até a semana que vem se Deus permitir.

Sambaquy.

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