domingo, 7 de outubro de 2012

CAMPEONATO BRASILEIRO DE FUTEBOL DE MESA EM SALVADOR NO MÊS DE NOVEMBRO.


Em janeiro de 1970, iniciaram-se as disputas  em âmbito nacional, envolvendo os botonistas brasileiros nessa maravilhosa capital - Salvador -, berço de fatos importantes de nossa história. E, com muita alegria, posso dizer que eu estava lá, participando ativamente dessa epopéia que se estende até os dias atuais.
Em novembro, de 15 a 18, Salvador reunirá novamente botonistas que estarão medindo forças, no sentido de laurear-se com galhardia em mais um campeonato. E isso acontecerá depois de quarenta e dois anos e dez meses daquele, o primeiro, realizado no Clube Espanhol, onde baianos, pernambucanos, sergipanos, paraíbanos, cariocas e gaúchos se reuniram para escrever essa página na história do futebol de mesa.
Eu estarei lá, para a minha despedida dos campos de madeira, impulsionando meus botões feitos, especialmente, para essa festa grandiosa. No entanto, dessa vez não como um botonista que almeja alcançar uma posição de destaque, pois meu tempo não permite nem ao menos que eu possa treinar, mas como uma figura histórica, decorativa, uma peça de museu a ser exibida aos novos botonistas. Talvez, seja o único remanescente de todos aqueles que estiveram disputando o primeiro campeonato. Quem sabe eu tenha a felicidade de encontrar José Inácio, meu primeiro adversário na mesa; esse sergipano que conquistou o campeonato realizado em 1979, na cidade de Vitória (ES). Ou, então, o Átila Lisa, que me tirou das finais desse mesmo campeonato.
Sei que vou encontrar meu irmão Oldemar Seixas, mas o restante da equipe baiana que esteve presente  acredito que, dificilmente, se reunirá. Já perdemos Ademar Carvalho, Nelson Carvalho, Webber Seixas, José de Souza Pinto, Geraldo Holtz, Jomar Moura. Não tenho notícias do Milton Silva (Miltinho), o José Santoro Bouças (Pepe), Cezar Zama, Roberto Dartanhã, Geraldo Lemus, pois o tempo e a distância nos afastaram.
Tenho certeza de que irei rever velhos amigos como o Vilno de Alagoinhas, conhecerei pessoalmente o Márcio, também dessa cidade. Enfim, será uma oportunidade maravilhosa de estar nesse lugar que eu amo de paixão. Aliás, vou confessar, aqui, que a minha intenção, quando saí de Caxias, seria  a de percorrer o Brasil e fixar morada no nordeste, podendo ser Recife ou Salvador, as minhas preferências. Aconselhado por um colega e amigo, do setor de funcionalismo do Banco, não teria chance de uma transferência direta. Teria de fazer uma escala em Santa Catarina, solicitando uma remoção para o centro (Rio de Janeiro ou Espírito Santo) e, depois, tentar uma das duas sedes de minha escolha. Acabei ficando em Santa Catarina, onde pude reconstruir a minha vida com muita alegria e felicidade. E, por aqui, ainda se sente o vento vindo do meu estado.
Espero que meu coração resista a tanta emoção, pois nas ocasiões em que fui convocado pelos meus conterrâneos, nas quais pude comparecer, a emoção foi demasiadamente forte. Guardo com saudade os momentos das festividades dos 45 anos da AFM Caxias e dos dois dias de jogos, quando da realização do XXIX Centro Sul, ocorrido por iniciativa dos irmãos caxienses
Minha participação nesse primeiro brasileiro, quando fiz parte da equipe gaúcha, foi a seguinte: José Inácio dos Santos (Sergipe) 1 x 1, Marcelo Tavares (Pernambuco) 1 x 2, Milton Silva (Bahia) 7 x 1, Adélcio Albuquerque (Rio de Janeiro) 1 x 4. De oito pontos (contava-se 2 pontos por vitória e 1 ponto por empate), consegui fazer 5 pontos. Duas vitórias, um empate e uma derrota acachapante, pois o Miltinho chutou sete e guardou todas. Chutava mais que o Carraro em dias de lua cheia. Meus companheiros de equipe não tiveram tanta sorte como eu tive e, por essa razão, ficamos com o quarto lugar.
O importante é que nós estávamos lá e isso ficará para sempre na história de nosso esporte.
Assim como a história registrará os momentos desse novo encontro com todos os botonistas brasileiros, agora com uma estrutura simplesmente fantástica, com Federações trabalhando e gerindo o nosso esporte e uma Confederação que, naquela época, não passava de um sonho muito distante. Vamos todos confraternizar em Salvador e realizar sonhos, pois nossa vida é conseguir realizá-los, conforme os idealizamos.
Sambaquy 1 x 1 Inácio (Sergipe)

Utopia? Nem mesmo a nossa Regra Brasileira foi aceita conforme havia sido
criada.
 
Até a semana que vem, se Deus assim permitir
Sambaquy

3 comentários:

  1. Meu caro amigão Sambaquy. Vou fazer o possivel e o impossivel para estar aí em Salvador, no periodo do campeonato. Tenho uma filha residindo em Camaçari e já tinha marcado minha ido para o dia 22 Nov, data do jogo Náutico X Bahia, em Pituaçu. Ao se confirmar a realização da competição, tentarei antecipar minha ida a Salvador, para assistir os jogos e ter o prazer de conhecê-lo pessoalmente. Vamos aguardar. Um abração

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    1. Meu amigão Abiud,
      Mais um motivo para ir a Salvador. Saber que poderei abraçar a esse ícone do futebol de mesa pernambucano me fará muito feliz. Serão emoções imensas que valem mais do que uma prataleira cheia de troféus. Amigos são coisa valiosa que guardamos no lado esquerdo do peito.Lá só há uma porta de entrada. Entrou lá no velho coração é para ficar para sempre.
      Espero encontrá-lo em Salvador para podermos conversar muito sobre o futebol de mesa.
      Abração antecipado.

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  2. Minha gente amiga,
    Com pesar, acabo de ler no blog da Confederação que nessa data, o amigo Átila de Menezes Lisa faleceu.
    Na coluna dessa semana ainda mencionara a possibilidade de encontrá-lo em Salvador. Aos poucos estamos perdendo amigos que escreveram a história junto conosco.
    Que Átila seja acolhido por todos os botonistas que o antecederam e que possamos, quando chegar a nossa hora, nos reencontrar e relembrar bons momentos.
    Descanse em paz meu amigo. Você foi um guerreiro campeão.

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