segunda-feira, 20 de setembro de 2010

FUTEBOL DE MESA EM BRUSQUE II – SANTA CATARINA.

Os primeiros jogos realizados em Brusque reuniram funcionários do Banco do Brasil. Em abril de 1974, várias foram as partidas realizadas, com o pessoal se adaptando à regra, aos botões, ao tamanho da mesa. Os primeiros interessados foram: Ivo Holetz, Irineu Rabitz, Roberto Zen, Osni de Oliveira Filho, Célio Emílio Krieger, Renato Antunes, Clóvis Zucco, Walter Zen, Gustavo Gums, Walmir Merísio, Sérgio Walendoswsky, Norberto Souza, Ricardo Szpoganicz, Hamilton Livramento da Silva, Edson Cavalca, Gustavo Lauth, Márcio José Jorge, Gláusio Bueno Telles , Marinho Vieira e Eder Cavalca.

Com o auxílio do Luiz Ernesto Pizzamiglio e Airton Dalla Rosa, fomos ensinando a cada um deles. E todos, logo estavam praticando um futebol de mesa bem aceitável. Realizamos o primeiro campeonato, com todos esses enumerados participando. Fui o campeão, sem dificuldade, pois estava com muito mais tempo de treinamento do que eles. Devo dizer que muitos dos participantes praticavam o futebol de mesa em outras regras, sendo que o Gláusio Bueno Telles, gaúcho, conhecia todos os atalhos para chegar ao gol. Foi ele o vice-campeão.

Em novembro de 1974, O Marcos Zeni e o Adaljano Tadeu Cruz Barreto foram à Brusque, e na bagagem, o Marcos, criador do Torneio Proclamação da Republica carregava os troféus da segunda edição. Eu lutaria pelo bi-campeonato, uma vez que havia vencido o primeiro, ainda em Caxias. Participaram os dois caxienses e o Renato Antunes e eu. Fiquei com o vice, pois empatei com o Zeni e com o Adaljano, vencendo o Renato. O meu primo Adaljano foi mais feliz e conseguiu abiscoitar o troféu de campeão, e, dessa forma entrar para a história do Torneio.

Em 1975, já um pouco mais afastado de Caxias e dos queridos amigos botonistas, meu jogo foi decaindo, e os botonistas locais melhorando consideravelmente o seu. O campeão desse ano foi o Corinthians do Walmir Merísio. Aquele mesmo que construiu a nossa primeira mesa e que zoava com o Sérgio e o Walter... O Merísio jogava muito e sempre que a dupla caxiense chegava, prontificava-se a jogar contra eles. O Pizza o chamava de “Véio” e o apelido pegou.

Mudamos para sede do Paisandú em 1976, e lá disputamos o campeonato, tendo sido bi-campeão brusquense. Começavam a jogar o Luiz Carlos Moritz, Flávio Tomazzoni, Lazar Halfon, Sérgio Moresco, Carlos Roberto Kempt, José Jaime Correia, Fausto Tomazzoni, Oscar Bernardi, Edson Appel, Eugênio Tarcisio Vieira, Alfredo Koehler, Marcos Schmidt, Mário César Zucco, José Moacir Merico, Edson Gartner, Valdir Erbs, Décio Belli, Ermenegildo Leoni, Harry Clóvis Muller, João Ari Merico, Euclides da Silva Junior. Nesse ano o campeão foi o Moto Clube de Márcio José Jorge, funcionário do Banco do Brasil e jogador do Carlos Renaux (clube mais antigo de Santa Catarina).

Em 1978, começamos a manter contato com Joel Dutra, botonista de Florianópolis. O Joel tinha uma sede na Avenida Mauro Ramos, e promoveu a Primeira Taça Cidade de Florianópolis.

Participaram, além dos Florianopolitanos, as entidades de Brusque e Criciúma. Era o mês de dezembro e nós havíamos terminado o nosso campeonato, onde eu conseguira o tri-campeonato brusquense. O Márcio José Jorge havia sido o vice campeão, e estávamos aptos a participar do V Campeonato Brasileiro a ser realizado em Vitória (ES) em 19, 20 e 21 de janeiro de 1979.

Acredito que foi a minha melhor participação em Brasileiros, pois consegui chegar as semifinais. Venci Manoel Gomes (Espírito Santo), perdi para Uacy Costa (Alagoas), venci Pizzamiglio (R.Grande do Sul), empatei com o Roberto Dartanhã (Bahia), venci o Wilson Marques(Rio Grande do Norte) e na semi final perdi para o Átila Lisa (Sergipe) por 1 x 0, depois de chutar bola na trave e na quina do goleiro umas três vezes. Ele conseguiu um gol marcado por zagueiro, empurrando goleiro e a bolinha para dentro de meu gol. Fiquei com sétimo lugar pelo critério de gols marcados.

Para seguirmos à Vitória, a viagem foi feita com dois carros, seguindo no meu, minha esposa e o casal Décio Belli. No carro do Edson Appel foram o Ari Merico, o Beto Zen, o Márcio Jorge e o motorista Edson Appel, que esqueceu em casa a carta de motorista e o estepe. Por sorte nossa ele não foi parado em local algum, e nem teve pneu furado.

O grande acontecimento nesse campeonato foi à presença do governador Elcio Álvares, no ginásio onde se disputavam os jogos. Começaram a entrar soldados, oficiais e por fim o governador. Cumprimentado por todos, gentilmente permitia que fossemos fotografados com ele. Mas o mais importante foi quando ele abriu a pastinha que tinha consigo e tirou seu time, convocando o então presidente da Associação Brasileira de Futebol de Mesa, Jomar Moura para uma partida. Foi algo inusitado e todos nós ficamos apreciando as belas jogadas que o governador fazia contra um dos baluartes brasileiros. Ele bem que poderia estar disputando o brasileiro.

O campeonato foi vencido por José Inácio dos Santos, de Sergipe, com quem eu havia jogado em 10 de janeiro de 1970, no primeiro Campeonato em Salvador e empatado em 1 x 1. O vice foi o meu carrasco Átila Lisa.

Em março de 1979 tivemos a alegria de receber em Brusque o grande e inesquecível Cláudio Schemes. Dia 14 de março, ele visitou, pela primeira vez a sede da Associação Brusquense. Iniciava-se uma grande amizade e muita confraternização.

Em abril de 1979 fomos convidados e participamos dos 70 anos do Internacional, em um Torneio que reuniu os principais Botonistas brasileiros no Gigantinho. Joguei com a camisa rubra do Inter, que o Schemes havia me dado de presente. Esse Torneio foi vencido pelo Luiz Ernesto Pizzamiglio, brilhantemente.

O campeonato Brusquense de 1979 foi vencido pelo Independiente do Sérgio Moresco.

Para a semana que vem trataremos dos acontecimentos dos anos oitenta.

Sambaquy.

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