segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

VAMOS TORCER JUNTOS PELA REATIVAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO BRUSQUENSE.


Como já comentei em inúmeras vezes, após a minha passagem pela presidência da Associação Brasileira de Futebol de Mesa, fui abandonando aos poucos o nosso esporte. Vários outros compromissos eram assumidos e isso, aliado ao desgosto com os acontecimentos havidos, fizeram com que o futebol de mesa perdesse espaço em minha vida.

Entretanto, nunca abandonei totalmente, pois, de longe, acompanhava sempre as atividades desenvolvidas pelos meus amigos. A partir de 1982, cada vez menos eu comparecia à sede da ABRFM para jogar. Até 1986, os campeonatos foram jogados regularmente. Desde 1974 os campeões foram Adauto Celso Sambaquy, 1975 – Valmir Merisio, 1976 - Adauto Celso Sambaquy, 1977 - Marcio J. Jorge, 1978 – Adauto Celso Sambaquy, 1979 – Sérgio José Moresco, 1980 – Marinho Vieira, 1981 – Edson Appel, 1982 – Edson Cavalca, 1983 – Edson Cavalca, 1984 – Roberto Zen, 1985 – Décio Belli, 1986 – Toni Nicola Bado. Foi então que houve a primeira parada, pois até o ano de 1991 nada foi realizado.

No ano de 1991, a garotada que disputava torneios juvenis e infantis, reuniram-se e passaram a ocupar a sede realizando campeonatos regulares, com a presença de alguns antigos botonistas. Em 1991 – Carlos Bernardi, 1992 – Marcelo Bianchini, 1993 – Ricardo Zendron, 1994 – Marcio Muller continuaram a escrever a história. Então dá-se mais uma parada, desta vez até 1997, quando Carlos Bernardi consegue o seu bi-campeonato . De 1997 até os dias atuais tudo foi abandonado. Por coincidência, nesse ano eu vim morar em Balneário Camboriú.

Muitas vezes conversava com o pessoal que investiu pesado na construção de nossa sede social. Faltava a pessoa que estivesse interessada em movimentar o futebol de mesa, que arregaçasse as mangas e começasse o trabalho que sempre é muito e desgastante. Ninguém desejava ficar com o encargo.

A luz no final do túnel apareceu agora, em 2011. Por uma feliz coincidência, Ítalo Petrechelli é transferido de Pelotas para Brusque. E, como apaixonado pelo futebol de mesa tenta saber com os mais antigos quem movimentava o esporte na cidade.

Surge a figura do Sérgio de Oliveira, esse gigante do futebol de mesa gaúcho que chama a atenção do Ítalo e o coloca em contato comigo. Conversamos e isso estimulou a minha procura pelos antigos líderes brusquenses. Muitos deles, hoje com suas empresas próprias, talvez não tivessem interesse em voltar. Mas, ao conversar com alguns deles e dizer que o nosso amigo Ítalo estaria fazendo o grande serviço de restauração, o interesse parece que voltou e prometeram-me ajudá-lo naquilo que fosse possível. Dois dos últimos campeões da primeira leva de participantes ficaram entusiasmados e eu acredito que tanto o Roberto Zen como o Décio Belli estarão dando cobertura para a reativação do nosso futebol de mesa brusquense.

Jamais poderemos esquecer o valor de Brusque no contexto nacional, pois foi lá que se realizou o primeiro Campeonato Sul Brasileiro de Futebol de Mesa, em 1979, e em 1981 o sétimo Campeonato Brasileiro. E também tivemos o segundo Torneio Proclamação da República , patrocinado pelo Marcos Zeni, que o levou de Caxias à Brusque, numa homenagem que nos envaideceu muito. Sem contar as grandes promoções que houveram com a Afumepa, com Florianópolis e a turma do Joel Dutra, e principalmente com o pessoal de Caxias do Sul. Muitos botonistas caxienses estiveram em nossas casas, pois os acolhíamos com amizade e eles estavam sempre em casa de algum associado, pois eram nossos irmãos queridos. Estiveram participando de nossos torneios o Airton Dalla Rosa, o Luiz Ernesto Pizzamiglio, o Nelson Prezzi, o Marcos Antonio Zeni, o Adaljano Tadeu Cruz Barreto. Visitas como Oldemar Seixas, Jomar Moura e Claudio Schemes eram constantes em Brusque. Foi na nossa sede que homenageamos o Geraldo Cardoso Décourt com uma placa de prata, durante um churrasco oferecido ao nosso grande botonista brasileiro.

A Associação Brusquense de Futebol de Mesa participou dos Campeonatos Brasileiros de Vitória (ES), Pelotas (RS), patrocinou o sétimo e pela última vez participou do de Itapetinga (BA).

Eu acredito que, se for venturoso o trabalho do Ítalo, voltaremos a ver dias de glória na sede da ABRFM, agora abrangendo dois tipos de regra, pois o Ítalo está associado ao Marcilio Dias de Itajaí, o qual adota a regra de 12 toques. Com isso, dois participantes do Marcilio, residentes de Brusque, terão condições de praticar com regularidade o futebol de mesa na regra de 12 toques, ajudando o trabalho de reconstrução.

Além disso, o apoio da Federação Catarinense será enorme, uma vez que já havia interesse dela em implantar a Regra Brasileira nas disputas estaduais. Com o esforço de um jovem praticante, que já encontrou em Florianópolis um clube para jogar, será um achado e a revitalização de nosso futebol de mesa.

Estou vibrando com isso. Quem sabe os botões guardados há mais de vinte e cinco anos possam ser retirados da gaveta em que estão guardados.

Vamos torcer pelo sucesso do Ítalo.

Até a semana que vem.

Sambaquy

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