segunda-feira, 25 de abril de 2011

EU SÓ POSSO DIZER OBRIGADO POR TER AMIGOS...


Desde a festa dos 45 anos da AFM Caxias do Sul, tenho tido boas razões para me sentir envaidecido. Ajudei a criar, no distante ano de 1.965, a Liga Caxiense de Futebol de Mesa, sendo eleito seu primeiro presidente. Estive sempre ajudando aos meus amigos botonistas a elevarem o nome de Caxias do Sul, do Rio Grande do Sul e sonhei com uma união nacional, com um campeonato que reunisse brasileiros de norte a sul. Acredito que simplesmente fiz o meu papel, o papel que cada amante do futebol de mesa faria. Tive sorte de estar em um emprego que me permitia dispor de tempo para me dedicar ao esporte que eu sempre admirei.

A maior conquista que fiz nesse tempo todo foram os amigos que se conservam amigos/irmãos até hoje. E isso, para mim, é a maior conquista que eu poderia almejar. Nem um campeonato brasileiro teria o significado de um abraço sincero, de um elogio, de uma homenagem, pois é algo que transcende o tempo, o espaço, a vida.

Tudo isso me faz sentir enorme felicidade. Algo que toca profundamente meu coração.

No final do mês de março, o amigo Gothe solicitou que eu falasse de minha vida, mas da vida que eu havia levado no futebol de mesa. Falei-lhe que poderia ser longa, pois os anos, nos quais estou envolvido já ultrapassam os sessenta. Ele disse que se fosse necessário, publicaria em capítulos. Então procurei resumir, para não fugir do padrão exigido pela maravilhosa idéia que esse grandioso botonista teve no sentido de perpetuar aqueles que se dedicam ao esporte que ele também aprecia.

No dia dois de abril, para fugir do dia da mentira, ele publicou no GOTHE CROMO GOL, um pouco da minha história.

Senti-me honrado com essa bondade, com esse ato de carinho desse abnegado botonista.

Ao mesmo tempo, ao ler os comentários apostos ao final da mensagem, fiquei imaginando o quanto representou para os meus conterrâneos o esforço inicial em implantar a Regra Brasileira, quando por aqui o que valia era a Regra Gaúcha.

Fui distinguido com bondade pelo Marcelo Caju, da Franzen. Chambinho, de quem escuto falar maravilhas pelo pessoal de Caxias, dizendo em palavras bonitas que quer me conhecer, o que me coloca em dívida, pois a recíproca é verdadeira. Também quero conhecê-lo, pois quero que ele me conte a história do meu amigo Luiz Ernesto sentado em seu colo. Marcelo Iost Vinhas, nosso presidente dinâmico, o qual acompanho de longe e de quem me orgulho por suas promoções, também quer conhecer esse velho botonista. E, ter uma longa conversa sobre futebol de mesa. É sempre um assunto empolgante e agradável.

Guido, essa alma iluminada, esse botonista de respeito, me agradece por ter dado o primeiro passo. Mas, acredite querido amigo, quem deve agradecer sou eu, pois se não houvesse vocês, aquilo tudo que eu lutei para implantar não existiria. Os dissabores a gente esquece, a vida nos ensina que a mágoa, quando guardada nos envenena a alma. Por isso, jogo sempre os pensamentos ruins para cima e deixo o vento carregá-los. Glauco Alan, de Presidente Prudente, mantenedor do Blog Futmesa Brasil, diz que aprende alguma coisa comigo, mas eu sei que quem ensina é sempre ele. Ele mantém um grupo de meninos, que são motivados na prática do futebol de mesa. É por isso que nosso esporte jamais desaparecerá. Dani Junqueira, dizendo que sou lembrado na Paraíba, no Espírito Santo, Rio de Janeiro, fazendo alusão à criação de um livro. Quem sabe, um dia a minha história possa ser contada. Eu até tentei, mas estou muito longe de ser escritor. Deixo isso ao José Ricardo Caldas e Almeida, que tem o dom de enriquecer as palavras. Robson Betemps Bauer, que eu conheci em Caxias, na festa dos 45 anos. Foi o meu antecessor no Gothe Cromo Gol. E que história tem esse menino. Cria do Guido, já escreveu seu nome na história do futebol de mesa brasileiro. É um grande coração, pois foi um dos primeiros que se sensibilizou com o meu pedido de socorro ao Oldemar Seixas, outro criador da nossa regra. O campeão caxiense, representante do Barcelona, Mário, falando de sua empolgação por estar comigo, também nas festividades, quando jantamos juntos. Mário me colocou num pedestal em que jamais poderei galgar. Fiquei feliz com a sua demonstração de carinho, que agradeço sensibilizado. E, finalmente, o meu amigo Vilno Araújo, baiano de Alagoinhas. Vilno é dessas pessoas que a gente abraça uma vez e torna-se amigo para sempre. Um grande botonista, um amigo maravilhoso. Ele esteve em Brusque em 1981, quando da realização do 7º Brasileiro, mas juntos estivemos em Vitória, por ocasião do 5º Campeonato, e, em Pelotas, no 6º Brasileiro. De Pelotas temos uma foto juntos, a qual guardo com enorme carinho, nos álbuns depositados na AFM Caxias do Sul, reduto da história do futebol de mesa brasileiro.

Gothe, amigo que ainda quero abraçar e agradecer pela homenagem que me deixou feliz. Devo muito a todos vocês. Como falei ao Guido, o que seria daquilo que iniciei se não houvessem pessoas determinadas e cheias de entusiasmo para seguirem a trilha iniciada?

Acabaria como acabou a Associação Brusquense de Futebol de Mesa, pois sem entusiastas, foi sendo relegada ao esquecimento, e hoje, através de dois antigos botonistas, está sendo doada a sede própria, para a Prefeitura, para que lá seja instalado algo em benefício da comunidade. Um gigantesco trabalho que foi pioneiro, e, que infelizmente não teve continuidade.

Só posso dizer que estou feliz, parodiando o Alexandre Pato, que depois da vitória do Milan sobre a Inter, repetiu umas inúmeras vezes que estava feliz...

Isso me deixa na obrigação de atender ao convite do grande Daniel Maciel, para estar em Caxias do Sul, nos dias 23, 24 e 25 de junho, assistindo aos baluartes que estarão lutando por troféus, em mais um grande campeonato.

Se Deus me permitir, estarei abraçando a todos os amigos que foram tão gentis comigo, postando comentários que inflaram o meu ego, abraçando essa turma maravilhosa da AFM, com as adesões dos porto-alegrenses num convívio salutar e benéfico. Vou ser pequeno para todos os abraços que darei, mas, voltarei para Camboriú revigorado.

Obrigado meus amigos. Meu coração bate mais forte quando penso em todos vocês.

Até a semana que vêm se Deus quiser.

Sambaquy.

3 comentários:

  1. Sambaquy, nós é que o reverenciamos como um grande ícone do Futebol de Mesa e detentor de belíssimas histórias

    Abração !!!!!

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  2. Adauto Celso Sambaquy: Um homem de bem, ético, humano, solidário, correto de caráter.Um dos pais do futmesa nacional. Se Sambaquy junto com outros idealistas de nobre caráter não unissem o país para jogar futmesa, eu e outros mais jovens não poderíamos ter a honra de fazermos parte desta Confederação nacional de futmesa que fazemos parte. Obrigado Sambaquy.

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  3. Adauto Sambaquy. quem nunca ouviu falar deste icone do futebol de mesa nacional nao sabe a enciclopédia do nosso esporte está viva dentro desta nobre pessoa. uma pessoa sempre dispondo de seu pouco tempoque lhe resta nos intervalos de suas atividades diárias para auxiliar aos outros. Tenho a honra de te-lo como amigo e muitas vezes concelheiro. Desde pequeno escutava falar dele pelas histórias que o pai ou o Tio Ito ou ate mesmo o Pizzapai contavam das viagens a brusque para rever um grande amigo. quis o dsetino que anos depois esta pessoa maravilhosa cruzasse meu caminho e nos tornassemos grandes amigos. Abraço Padrinho vc é digno de qualquer homenagem que façam ao seu nome. Certamente será sempre lembrado pelos botonistas de Caxias e de todo o Brasil

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