segunda-feira, 25 de julho de 2011

MEU FILHO DANIEL MACIEL, FILHO DO CORAÇÃO.


Foto: Maciel em sua primeira visita a minha casa, no dia 26/12/2005.

Há um ano eu recebi o pedido especial, do então presidente da AFM Caxias do Sul, para colocar no blog caxiense um pouco da minha vivência no esporte que aprendemos a amar. Desde então, toda segunda feira eu tenho escrito sobre lembranças, saudades, conquistas, maratonas, viagens e emoções sentidas. Nesse período de tempo eu revi a minha infância, juventude e agora, a idade madura, passar em meus pensamentos. Relembrei com saudade de amigos que se foram para todo o sempre, de outros, cuja distância impede de matar a saudade, mas, também senti a aproximação de velhos amigos, de pessoas com as quais não falava há muitos anos, que comentando o que eu escrevera, se aproximaram de mim novamente. Encontrei pessoas que conheci crianças, e que hoje são pais e mães de família. Tive a alegria de manter contato com a filha de meu amigo Raymundo Vasques, o que me deu dupla felicidade, pois ao mesmo tempo com que mantinha esse contato, tive a certeza de que meu amigo ainda vivia, pois em algum momento passado haviam me informado de seu falecimento. Foi uma ressurreição para mim. Sabê-lo vivo e feliz.

Passei a escrever logo após as festividades dos 45 anos da AFM. Isso deve ter sido motivado pelo que falei aos participantes daquela festa, e que tanto comoveu aos antigos botonistas, aqueles mesmos que iniciaram a caminhada cheia de dificuldades, e, que hoje apresenta resultados magníficos em todos os setores.

Um ano após essa festa, nova comemoração é preparada por essa turma maravilhosa de minha cidade natal. Trata-se, dessa feita, da continuidade daquilo que eu tive a ousadia de “inventar” em 1979, quando ainda morava em Brusque (SC). Na ocasião, querendo testar a capacidade do pessoal brusquense, já que teríamos a obrigação de realizar o 7º Campeonato Brasileiro de Futebol de Mesa, criamos o Primeiro Campeonato Sul Brasileiro, reunindo os estados do sul, e, com convidados especiais, do Rio de Janeiro e de Sergipe. Os dois campeonatos foram um sucesso na época em que foram realizados. Em Caxias realizava-se o XXIX Campeonato Centro Sul, pois o convite especial ao Rio de Janeiro tornara-se cativo, e o Espírito Santo, por sua proximidade com o Rio, acabou sendo incorporado. E lá estava eu, novamente convidado.

Ao longo do período que passei escrevendo, um sentimento paternalista tomou conta de meu coração. Acabei adotando como filho, aquele que me tratava como um pai. São dele as fotos que ilustram as primeiras edições da minha coluna. Foi sua primeira visita, quando ainda não estava em meu próprio apartamento. Lembro bem as palavras sábias do Vanderlei Duarte, ainda no ano de 2004, quando me afirmou: - Vais conhecer um guri que vai fazer muito pelo futebol de mesa. Pouco depois aparecia um garotão, na sala da rua Garibaldi. Apresentou-me e fez com que eu jogasse uma partida contra ele. O dia foi 21 de janeiro de 2004. Jamais imaginei que naquele dia eu estava ganhando um filho para todo o sempre.

A idéia de escrever a coluna partiu dele. Atendi-a com alegria, pois sabia que estaria alimentando o fogo, não deixando que se apagassem brasas, que ainda poderiam produzir calor. E parece que tem surtido efeito. No Centro Sul, passei dias vivendo emoções em cima de emoções. Antigos amigos que há muito não via, outros que se apresentavam dizendo-se amigos de antigos amigos, muitos já no plano espiritual. Companheiros de jornada, de viagens. Amigos que conversavam comigo através de blogs e que agora estavam diante de mim. Conheci os mestres do futebol de mesa do centro sul brasileiro. De cada um deles guardo uma lembrança, uma palavra, uma emoção diferente. Vi filhos de meus amigos, netos desses mesmos amigos. Abracei e convivi com pessoas que gostam daquilo que eu gosto. E tudo isso sem considerar idades, pois estavam ali reunidos antigos companheiros de batalhas, jovens que estão brilhando e até adolescentes que se iniciavam no esporte. E a todos eu abracei e me comovi, pois estava vendo em cada um deles, os mesmos amigos que jogavam comigo quando estava iniciando, quase sem estrutura alguma, tendo de concretizá-la aos poucos, mas conseguindo e vendo hoje o resultado de tudo que iniciamos.

E tudo isso eu devo ao meu filho adotivo: Daniel Alves Maciel. E digo com orgulho que a idéia foi aceita por ele, com o consentimento de seu pai e de sua mãe, os quais tenho a grande alegria de considerar meus grandes amigos. Daniel e sua Flávia são pessoas maravilhosas e lutadoras. Sei que escolhi bem e que eles me aceitaram, tanto que já participei de um típico churrasco gaúcho, na casa do pai do Daniel, onde era comemorado o aniversário do pai do nosso campeão Mário. Ali eu passei horas maravilhosas, com direito à música ao vivo, pois o casal Maciel é harmonioso e interpreta músicas com uma beleza impar. Foram horas de muita alegria e felicidade. Uma família que se respeita e que se curte, sempre num astral elevadíssimo.

Portanto, meus amigos, saibam todos que adotei um filho e que de agora em diante será o meu sucessor na história do futebol de mesa, pois meu filho e meus netos jamais se manifestaram favoráveis à prática do futebol de mesa. Por isso eu adotei um botonista que levará o meu nome junto consigo, não no papel, mas no coração, levantando conquistas por esse nosso imenso país.

Obrigado, meu filho, pela oportunidade que me deste de estar sempre junto de vocês. Na maioria das vezes através dessas linhas, mas, pelo menos uma vez por ano, pessoalmente, ai na nossa cidade querida.

Um abração a todos e até a semana que vem.

Sambaquy.

Foto: Mário, Rodrigues, Pizzafiglio, Maciel e Ednei. Foi a primeira competição externa oficial da nova geração da AFM/Caxias, o Centro-Sul-Brasileiro de Criciúma no ano de 2006.

Foto: Daniel acompanhado do seu Pai Maciel, nos Jogos da Taça 45 anos da AFM/Caxias.

Foto: Dalla Rosa, Maciel e Sambaquy. Também nas festividades dos 45 anos.

Foto: Maciel e seu inseparável Primo Mário de Vargas.

Foto dos Primos: Rodrigues, Maciel e Mário. Idealizadores da Copa Primos.

Foto: Eu no inesquecível churrasco da Família Maciel.

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