segunda-feira, 4 de julho de 2011

QUANTA EMOÇÃO. AINDA BEM QUE MEU CORAÇÃO É FORTE...


Meus amigos botonistas. Hoje, depois das emoções que vivi, durante o transcorrer do XXIX Centro-Sul Brasileiro, que a minha adorada AFM CAXIAS DO SUL realizou em 24 e 25 de junho, nas dependências do Personal Royal Hotel, volto a conversar, via Internet.

Como gosto de história e por ter participado do primeiro, e desse último, vou fazer uma divagação entre ambos.

O primeiro foi realizado na cidade de Brusque (SC) em agosto de 1979. Frio, mas menos intenso e menos chuvoso do que o que encontramos em Caxias. A Associação Brusquense fora escolhida para promover o Campeonato Brasileiro de 1981. Lancei ao pessoal o desafio de, a exemplo do Nordestão que era realizado lá no nordeste do país, realizar um campeonato denominado Sul - Brasileiro. Serviria de termômetro para saber de nossas reais possibilidades de obtermos êxito em nossa aspiração de um belo campeonato brasileiro. Colocamo-nos em campo e idealizamos o primeiro campeonato reunindo os botonistas do sul do nosso país. Convidamos botonistas do Rio de Janeiro e de Sergipe para essa nossa primeira investida em termos nacionais. Vieram Antonio Carlos Martins e Helio Nogueira do Rio e Antonio de Oliveira de Sergipe, convidados de honra, dando ênfase ao torneio. Do Rio Grande do Sul, figuras carimbadas fizeram-se presentes: José Bernardo Figueira (Pelotas), Miguel Cunha (Pelotas), Luiz Ernesto Pizzamiglio (Caxias do Sul), Airton Dalla Rosa (Caxias do Sul), Cláudio Savi Guimarães (Jaguarão), Moisés Timm (Jaguarão), Dirnei Bottino Custódio (Santana do Livramento), Cláudio Schemes (Porto Alegre) e Paulo Schemes (Porto Alegre). De Santa Catarina contamos com Eduardo Tonon Narciso da Rocha (Criciúma), Paulo da Rocha (Criciúma), Valter Silva (Florianópolis) e Joel Dutra (Florianópolis). Contamos ainda com uma presença sul-americana que nos encheu de alegria. Tratava-se de Clemente Machado, de Rivera (Uruguai), trazido pelo querido amigo Custódio.

Os jogos foram realizados na Sociedade Esportiva Bandeirante, cujo Ginásio de Esportes abrigava os brusquenses Edson e Eder Cavalca, Edson Appel, Euclides da Silva Junior, Decio Belli, Edson Gartner, Walmir Merísio, Oscar Bernardi Eugênio Tarcísio Vieira, Fausto Tomazzoni, Sérgio José Moresco, Marcinho Vieira, Luiz Carlos Moritz, Roberto Zen e José Moacir Merico. Saliento que eu fiquei na organização e, portanto não participei dos jogos. A decisão final foi disputada por Dirnei Custódio e Antônio Carlos Martins, que ao final dos cinqüenta minutos não conseguiram movimentar o placar. Decidida pelos pênaltis à distância, a vitória coube ao gaúcho Dirnei por 3 x 1. Paulo Schemes derrota Helio Nogueira por 2 x 1 e dessa forma o primeiro Campeonato Sul-Brasileiro, hoje o Centro-Sul ficou definido dessa forma:

Campeão: DIRNEI BOTTINO CUSTÓDIO – Santana do Livramento.
Vice-Campeão: ANTONIO CARLOS MARTINS – Rio de Janeiro
3º Lugar: PAULO ROBERTO SCHEMES - Porto Alegre
4º Lugar: HELIO NOGUEIRA - Rio de Janeiro.

Esse foi o começo dessa importante disputa.

2011 – Caxias do Sul foi o palco da XXIX edição dessa disputa. Os meus queridos amigos que administram a AFM Caxias do Sul me convidam para participar, como convidado especial. Em cada e-mail que me enviam vão descrevendo as pessoas que estarão presentes a essa epopéia botonistica. Fico feliz com a possibilidade de encontrar velhos amigos, e também com a possibilidade de poder abraçar pessoas que admiro profundamente e que acompanho através dos blogs que leio diariamente. Mesmo sabendo que o frio caxiense, nessa época do ano é muito forte, o desejo de aumentar o meu conhecimento do esporte que acompanhou a minha vida me faz aceitar o convite. Sairia daqui com a antecedência necessária para poder estar em forma e acompanhar todo o campeonato.

Cheguei em Caxias dia 23 de junho. Acompanhei o trabalho dos caxienses, montando o palco das disputas. A maioria dos integrantes da Associação estava carregando mesas, cavaletes e colocando na Sala Caxias do Sul, do Personal Royal Hotel. Ali, o grande engenheiro Daniel Crosa, comandava o espetáculo, prendendo mesas, armações para suporte delas, enfim, realizando uma tarefa gigantesca no sentido de deixar tudo em ordem. O Maciel, preocupado em nivelar os gramados de madeira. E dentre todos os adultos envolvidos, duas figuras que representam o futuro da Associação: Hemerson e Gustavo Lima (Pica-Pau).

Não vou mais declinar nomes com medo de esquecer alguém que se tornou importante em minha vida, pois à medida que chegavam as pessoas e eu era apresentado a elas, minha emoção aumentava. Tive a alegria de abraçar ao Guido, coisa que almejava há muito tempo, pelo envolvimento que precedeu esse momento inesquecível. Depois conheci ao nosso querido presidente da Federação Gaúcha, o campeão Marcelo Vinhas. Revi pessoas que fazem parte de minha vida: Marcos Barbosa, Clair Marques, Paulo Schemes, Marcos Zeni, Sergio Oliveira, o ex-presidente da Federação André (que me colocou para jogar, depois de 31 anos afastado das disputas oficiais), o grande Breno, o Carlos Kuhn, o Laurinho Moretto, o Robson Bauer, Carlos Roberto Foschiera, o grande Alex Degani, Pierobom, enfim, me perdoem se esqueço algum nome, pois foram tantas as pessoas que tive a alegria de conhecer e rever que minha memória pede socorro. Ainda, conheci o futuro presidente da Confederação Robson Marfa, o Careca de Florianópolis, o Wanner do Rio, o meu adversário gentleman Roza (que fez um gol contra para consolidar a minha vitória em nosso jogo).

Conheci o grande Rangel, cuja simpatia consegue cativar a todos, e sua turma maravilhosa. Dentre eles o grande campeão Victor Panda, brilhante em todos os aspectos. Sou fã declarado dele e assisti alguns de seus jogos. O gol mais incrível que presenciei foi feito por ele em uma jogada de alto risco que para ele foi feita na maior naturalidade.

Aos meninos que se sagraram campeões, futuro que almejamos grandioso, pois é deles a responsabilidade de continuar essa caminhada. A todos que abiscoitaram os lindos troféus a minha homenagem, pois foi realmente uma briga de cachorro grande. O futebol de mesa alcançou um patamar incrível, acredito mesmo que quase insuperável. Jogos cheios de emoção e técnica invejável, bem diferente do tempo em que eu me arriscava nas mesas, sempre almejando alcançar o sucesso. Hoje a garotada está simplesmente imbatível.

Mas não posso deixar de destacar os meus companheiros de AFM. Pessoas incríveis que sempre me surpreendem com a sua gentileza e dedicação. Meu afilhado e atual presidente Rogério Prezzi, sempre galante e prestativo. Minha carona perfeita quando estou em Caxias. Daniel Maciel, sempre pronto para o que der e vier, um perfeito cavaleiro. Luiz Ernesto Pizzamiglio, o irmão que eu não tive e que sempre alegra o ambiente. Fiquei devendo um amistoso com ele, mas como já havia arrumado minha mala fiquei com receio de ir buscar os botões e depois não conseguir mais fechar a mala. Crosa, o melhor preparador físico que o meu Internacional conseguiu. Depois de passar por suas mãos, até conseguiu uma vitória. Pena que foi tarde demais. Fica para a próxima. Mário (o grande campeão), Daniel Pizzamiglio, Carraro, Alexandre Prezzi, Sandro Mazzochi, Gustavo Lima e Hemerson Leite, e o nosso repórter Ednei Torresini, que mostrou ao mundo, a competição mais linda realizada em Caxias do Sul, e que também contou com a presença constante do Nelson Prezzi e do Marcos Zeni, que fizeram sempre as honras da casa.

Saliento também a presença do secretário Felipe Gremelmaier, grande incentivador e da professora maravilhosa Leda Marramarco, que além do patrocínio estiveram presentes na competição, abrilhantando o esforço dessa gente maravilhosa.

Fui homenageado por ter iniciado esse movimento fantástico que pude presenciar, extasiado e feliz. Lembraram de mim, mas quem deveria receber essa homenagem eram meus amigos e companheiros caxienses. Vocês mostraram o valor das pessoas dessa terra e receberam a todos com a maior fidalguia e amizade. Parabéns a todos vocês.

Confesso que depois de tudo o que vi nessa competição, do cavalheirismo, da atitude do Robson em uma final acusando uma falta técnica contra si, dos encontros entre os amigos que prazerosamente abracei, do avanço tecnológico que a mostrou aos aficionados botonistas brasileiros, fiquei pensando que realmente tudo isso valeu a pena.

Vou finalizar fazendo dois pedidos a todos.

1. A modalidade livre é a grande mola mestra gaúcha. Nela nós firmamos o nome no cenário nacional e muitas glórias foram conquistadas. Eu sempre joguei liso e é por essa razão que peço a todos: Não deixem a modalidade acabar. A modalidade livre deve continuar sendo prestigiada e enaltecida. É uma maneira um pouco diferente do liso, mas nela estão inseridas grandes conquistas e feitos gigantescos. Incentivem sempre, para que possamos sempre poder nos orgulhar de todos os campeonatos brasileiros que conquistamos com esforço e dedicação.

2. Apóiem sempre essa meninada que está praticando o futebol de mesa. Carreguem esses meninos para todas as competições. Eles serão o nosso futuro. Quando, cada um de nós estiver parando, devemos ter a certeza de que haverá um Hemerson, um Pica-Pau, um Yago que estarão fazendo a roda girar, promovendo o nosso esporte valioso. Eles serão sempre o nosso futuro. Hoje vocês, meus amigos queridos, foram eles quando eu estava iniciando.

Ainda emocionado e agradecido por tudo o que vivi nesses dois dias em minha terra natal, só posso dizer: MUITO OBRIGADO.

Até a semana que vem.

Sambaquy.








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