domingo, 11 de março de 2012

E OS CRAQUES DE FUTEBOL TAMBÉM PRATICAM O FUTEBOL DE MESA?

Cada um de nós criou o seu time, colocando os seus craques preferidos, independentemente de pertencerem ou não ao clube escolhido. Já vi Pelé em diversos times. Assim como Zico, Sócrates, Falcão e, na atualidade, Messi e Cristiano Ronaldo.
Mas será que eles já praticaram o futebol de mesa?
Logo após a conquista da primeira Copa do Mundo, no ano de 1958, o Jornal dos Sports, do Rio de Janeiro, estampou uma foto de Garrincha jogando com um menino. No texto, a afirmação, enquanto espera a copa de 1962, Garrincha joga futebol de botões.
Em uma antiga revista Placar, foi feita uma entrevista na concentração do Santos F. C. e, nas fotos estampadas, há uma que chama a nossa atenção. O treinador da equipe, o conhecido e competente Formiga estava jogando botão contra o arqueiro Marola. Havia também outros tipos de jogos que serviam para os jogadores ocuparem as horas em que teriam de ficar “guardados” na concentração.
Na mesma revista, em uma reportagem sobre o futebol de mesa, foi estampada uma foto do craque da Seleção e do Corinthians: Sócrates jogando uma partida contra o artista global Osmar Prado. 

Pelé, quando parou de jogar profissionalmente jogou futebol de mesa e conseguimos uma foto de uma reportagem na qual ele fala de seu amor pelo Santos e afirma que seu time de botão “industrializado” era o Corinthians. O mesmo Corinthians que ele tanto maltratou em seu período de reinado futebolístico.

Conversando com o Vanner, botonista carioca, o mesmo me contou que o Bebeto possui uma mesa feita de jacarandá. Deve ser a mesa de jogar mais cara do planeta. Há pouco tempo, encontrei uma foto do Vanner com o Bebeto em uma visita que esse fez ao seu clube lá no Rio de Janeiro.

Quem ainda se lembra do Dirceu Lopes, a cabeça pensante do Cruzeiro da época de Tostão e Wilson Piazza? Pois em uma excursão do Cruzeiro à Bahia, ele demonstrou a sua curiosidade em conhecer o futebol de mesa na regra Brasileira. E foi levado à sede social da Liga Baiana e jogou contra o ícone Oldemar Seixas. E o fez direitinho, tendo recebido do fabricante baiano, Seu José Aurélio, um lindo time do Cruzeiro em acrílico.

Em Recife, o pessoal do futebol de mesa do Sport Clube do Recife, organizou um torneio e o denominou Torneio Magrão, em homenagem ao arqueiro que tantas alegrias tem dado aos torcedores do clube rubro negro. Pois o Magrão, em pessoa, esteve na sede e bateu uma bolinha com os integrantes para deleite geral da moçada.

Em junho de 2011, o jornal Zero Hora, de Porto Alegre reuniu os goleiros de Grêmio e Internacional, Marcelo Grohe e Muriel, numa entrevista denominada Missão: possível – Agentes 001 da Dupla. Como a entrevista era televisionada, os dois apareceram disputando uma partida de botões. Vitor estava na Argentina defendendo a seleção brasileira.
A alegria de ter um botão batizado com o nome de um craque será sempre um motivo a mais para praticar, com qualidade, o nosso esporte. Encomendei um novo Internacional e nele estarão todos os meus amigos, os quais foram jogadores do Inter. Cestari (meu companheiro de quartel), Dadá (que jogou de lateral direito no Flamengo, mas que veio do Inter), Bob, (meu amigo Robson, companheiro de futsal de Brusque), Ghizoni (pai do grande botonista Boby e meu amigo de tempo do Flamengo), Paulinho (lateral esquerdo do Flamengo e que veio do Inter), Gaspar (que veio do Inter para o Flamengo e depois foi parar no Grêmio), Puccinelli (irmão do Sylvio, um dos melhores botonistas de Caxias de todos os tempos), Borjão (meu colega de Banco do Brasil), Maciel (nunca jogou no Inter, mas é meu filho do coração), Paulo Cesar Carpeggiani (meu grande ídolo futebolístico), Irajá Machado de Carvalho, (começou no Juventude, passou pelo Inter e terminou no Flamengo de Caxias), Tarica (que jogou no Inter, Corinthians e Flamengo de Caxias), Brito (lateral que jogava no Juventude e que veio do Inter) e o meu amigo Cezar Bagatini, o goleiro número 14, que com certeza será titular, pois é muito mais novo do que o Cestari.
Essa será a minha derradeira homenagem aos amigos que um dia fizeram a alegria de milhares de torcedores colorados e que, hoje, estão aposentados do futebol. Dessa forma, serão eternizados em um time de botão que será a alegria de meus adversários, pois meus jogos serão apenas de demonstração. Nada a sério.
Posso ter esquecido algum grande craque que tenha jogado botão. Mas, cada um de vocês haverá de lembrar uma grande quantidade deles, quando folhear revistas e os encontrar batendo uma bolinha.
Até a semana que vem, se Deus assim permitir.
Sambaquy

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