segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A ESCALAÇÃO DO MEU ÚLTIMO INTERNACIONAL

Sempre procurei manter, em meus times, a escalação mais próxima possível daqueles titulares que vestiam as camisas ambicionadas.

Mas, quando encomendei meu último Internacional, agora já nos padrões atuais, pois todos os meus times são bem mais altos e os mais antigos, menores na circunferência. A inclinação também tem bastante diferença. Para não ficar sendo olhado como um dinossauro nas mesas, comprei novo time, o qual disputou o último campeonato brasileiro em Salvador.
Nesse eu inovei na escalação, pois procurei homenagear alguns amigos que foram jogadores colorados. Iniciei pelo gol, quando escolhi o número 1, o meu colega de quartel, Gabriel Cestari Filho. Nós juntos jogamos, defendendo a Bateria de Comando e Serviços, a qual terminou invicta o ano de 1954. O segundo goleiro, já mais moderno é Cezar Bagatini, amigo desde que subiu aos profissionais do G. E. Flamengo, depois SER Caxias e Internacional. Com os dois troco e-mails seguidamente.

Nessa foto estou agachado junto com o Cezar Bagatini, que também foi
arqueiro do Inter
Na lateral direita, uma homenagem ao meu apelido de criança, dado pela minha falecida irmã: Dadá, um lateral que passou pelo Inter e acabou sua carreira no Flamengo, de Caxias. Confesso que só o via em campo, suando a camisa grená, nunca tendo falado com ele. Já, o zagueiro pelo lado direito, Bob, é o meu amigo Robson, de Brusque (SC). Bob era o goleiro do time de futebol de salão da Prefeitura e nos defrontamos muitas vezes na cancha da FIDEB, onde disputávamos o campeonato da cidade. O outro zagueiro é o Rodolpho Ghizzoni, antigo craque do Inter e depois do Flamengo. Conheci seus filhos, pois fui colega de sua filha, no Ginásio e, depois, adversário de seu filho, o grande botonista Boby. Mas, o Ghizzoni também me traz a lembrança de uma grande jogada que realizei no futebol. Aliás, nunca joguei nada, mas ia assistir aos treinos do Flamengo e, geralmente, faltavam jogadores para completar o segundo time. Eu era sempre convidado a jogar e, por essa razão, sempre levava minhas chuteiras ao campo. Lembro que o treinador do time: Martin Fierro, uruguaio como Ghizzoni, combinava com ele uma jogada quando da cobrança de escanteio. Quase sempre dava errado, pois quem batia o escanteio não conseguia colocar a bola na cabeça do Ghizzoni. A única vez que ela veio certinha, eu pulei antes dele e desviei de cabeça. Não é preciso dizer que os dois ficaram p.... da vida, pois não conseguiram concretizar aquilo que queriam.
O lateral esquerdo é o Paulinho, outro que passou pelo Beira Rio e acabou no Flamengo (depois Caxias). O Paulinho era meu amigo e cliente no Banco do Brasil. Quando terminou seu vinculo com o Caxias, viajamos juntos de Caxias até Lages. Eu já estava morando em Brusque e o acompanhei, pois ele iria assinar com o Internacional daquela cidade. Algum tempo depois, o Internacional veio jogar em Brusque contra o Carlos Renaux. Eu morava a cem metros do estádio. Encontrei o Paulinho e com ele o Yura e o Loivo, ambos tinham vindo do Grêmio e estavam jogando em Santa Catarina. Após o jogo, a meu convite, fomos os quatro tomar cerveja no bar em frente ao estádio, esperando que o ônibus da delegação lageana fosse acionado para o retorno. Bons papos.
O ponta direita é o Renato Puccinelli, irmão do grande botonista Sylvio. Renato era meu amigo e quando estava no Pelotas assisti a sua estreia, juntamente com outro amigo Nezito. Isso aconteceu porque antes que eu assumisse no Banco do Brasil, trabalhava em uma empresa que tinha uma filial por lá, onde fui buscar dinheiro para a Matriz. Após a partida, viajamos juntos para Porto Alegre e depois a Caxias. Eu trazendo comigo o resultado da arrecadação que deveria ser depositada para o pagamento dos funcionários. Grande amigo. O número 8 é o Celso Tadeu Carpegiani, o Borjão, meu colega de Banco do Brasil e craque do Caxias e depois do internacional. Borjão sempre foi uma pessoa sensacional, amigo que me trouxe a camisa de seu irmão Paulo Cesar, a qual eu guardo com muito carinho. O 9 talvez nunca tenha jogado em lugar nenhum, mas é uma homenagem ao meu filhão Daniel Maciel, uma pessoa que honra o futebol de mesa e que tem insistido em me ver nas mesas, coisas que não consigo mais fazer. O 10 é tradicional em todos os meus times e já falei a respeito em outras colunas: Paulo César Carpeggiani. Dele tenho a sua camisa vencedora, que é o troféu mais importante de minha galeria. O 11 é o meu amigo de juventude; Irajá Machado de Carvalho, ponta esquerda que iniciou no Juventude, passou pelo Inter e acabou no Flamengo. Irajá foi amigo desde os seus quinze anos e lembro ainda de seu aniversário, quando fui convidado e guardo a fotografia que registrou o evento. Chutava com uma força tremenda, mas quando eu tinha de marcá-lo, ia para o meio de campo armar o jogo. Bons tempos aqueles. O 12 é o meu amigo Tarica, que passou pelo Inter, jogou no Corinthians e acabou no Flamengo. Em Caxias, ele permaneceu até seu falecimento. Nos meus primeiros anos em Brusque, visitava-me frequentemente, pois era representante comercial no ramo do vestuário. O 13 é o Brito. Passou pelo Inter e depois jogou no Juventude, tendo terminado sua carreira no Gianella, em Caxias. Minha homenagem a ele, pois, quando criança, junto com o pessoal da Rua Alfredo Chaves, ele estava sempre passando por lá, pois namorava a irmã de uma colega de escola. Como nós fazíamos perguntas sobre o futebol, sempre parava e ficava conversando conosco, o que nos deixava muito felizes, sentindo-nos importantes por ter a atenção de um craque de futebol (quase profissional).
Tarica, meu amigo Abelin

Inter 1976 - octa gaucho. Nessa foto estão Borjão e Paulo Cesar Carpeggiani.
Todos foram de épocas diferentes, mas marcaram a minha história como torcedor de futebol e admirador do Internacional, que sempre que se apresentava em Caxias, o comércio parava para ver o espetáculo. Eu consegui ver Ivo, Nena e Ilmo, Alfeu, Viana e Abigail, Tesourinha, Vilalba, Adãozinho, Motorzinho e Carlitos. Depois ainda tive a chance de ver os grandes Oreco, Odorico, Salvador, Larri, Bodinho, Florindo, Jeronimo, Chinesinho, Bráulio, Tovar, Scala, Pontes, Schneider, Gainete, Valmir Louruz e tantos outros que, se um dia resolver fazer novo time, serão alguns desses seus protagonistas.
Em dezembro de 1952, aniversário do Irajá. Estou ao lado dele, de gravata (bom moço) e ao meu lado está o Guaracy que jogava no Juventude

Meu amigo Paulinho ao lado do arqueiro Barreira e o Gaspar de centroavante
Pena que eu não consiga reproduzir na mesa o que eles faziam no campo.

Até a semana que vem, se Deus assim permitir.

5 comentários:

  1. Meu caro Sambaquy, mais uma bela história, que só você sabe contar. Aqui, com meus quase 132 times de botãobol, de A à Z, também tenho por hábito batizar os botões, indo mais além, batizando cada time. como cada time.
    As homenagens são as mais diversas, porém, muito em breve, estarei lançando um lateral direito, no quase formado time do Horizonte. A foto dele já tenho, para ser colocada na cava da base. Quando estiver com o time pronto, mandarei uma foto para lhe mostrar. Aguarde. Um abração pernambucano.

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  2. Meu caro Sambaquy, mais uma bela história, que só você sabe contar. Aqui, com meus quase 132 times de botãobol, de A à Z, também tenho por hábito batizar os botões, indo mais além, batizando cada time. como cada time.
    As homenagens são as mais diversas, porém, muito em breve, estarei lançando um lateral direito, no quase formado time do Horizonte. A foto dele já tenho, para ser colocada na cava da base. Quando estiver com o time pronto, mandarei uma foto para lhe mostrar. Aguarde. Um abração pernambucano.

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    1. Meu amigo Abiud,Acredito que essa homenagem a pessoas que fizeram parte de minha vida é algo que me deixa realizado. Afinal, são amigos que ainda encontro pelas ruas e que, um dia estiveram alegrando os torcedores do meu time de coração.
      Vou ficar no aguardo dessa foto que prometeste. Quem sabe dá uma história para ser contada aqui na Coluna.
      Abração gaúcho/catarinense.

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  3. Gostaria que colocasse uma foto do gremio esportivo glamengo cxs do tempo do caio que fez história junto com o Gaspar e depois foram para o gremio onde formaram a dupla de os amigos da bola

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  4. Gostaria que colocasse uma foto do gremio esportivo glamengo cxs do tempo do caio que fez história junto com o Gaspar e depois foram para o gremio onde formaram a dupla de os amigos da bola

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