segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A BELEZA DOS TROFÉUS ATUAIS DO FUTEBOL DE MESA


Meus primeiros troféus: os dois de 1963.
 O maior de campeão da AABB e
o
menor como 3º colocado no certame caxiense
Os troféus de premiação para o futebol de mesa estão, a cada dia, mais lindos e deslumbrantes. Bem diferente foi o início de nossa caminhada no começo da década de sessenta, quando tínhamos de nos contentar com as taças fabricadas em Caxias do Sul pela Metalúrgica Abramo Eberle ou pela Metalúrgica Triches. Na época, optávamos pela Metalúrgica Triches, pois eram mais baratas e, com isso, premiávamos mais disputantes. Adquiríamos as tacinhas e as levávamos para a gravação.  Por vezes, as gravações ficavam mais caras que as próprias tacinhas. Medalhas havia, mas nenhuma indicando o esporte praticado. Existia com homenagens ao futebol, vôlei, basquete, xadrez, tênis de mesa ou então as tradicionais Honra ao Mérito. Tenho várias delas guardadas. As medalhas geralmente não recebiam gravações.
Com o tempo foram aparecendo pequenos troféus com as deusas da vitória, as quais eram alvos de nossa cobiça. Eram mais caros, mas também eram mais ambicionados  por todos.
Quando a Mapro resolveu prestigiar o futebol de mesa, cedemos botões para amostras e eles começaram a fabricá-los. Com isso surgiram pequenos troféus idealizados pelos desenhistas da empresa e ofertados às nossas disputas. Sobre uma base de acrílico eles colocavam diversos botões torneados, dando a impressão de um time empilhado, com um jogador de ferro banhado a níquel, encimando-o. Para isso, comprávamos na Metalúrgica Triches as figuras de jogadores, deusas da vitória e criávamos troféus, muitos com base de madeira, mandando-os  tornear em uma marcenaria que fabricava as mesas usadas por nós.
O tempo passou e essa lacuna foi amplamente preenchida, com vários artesões criando verdadeiras obras de arte. Na década de oitenta, recebi de meu amigo Antonio Maria Della Torre um troféu maravilhoso, criado por ele, que consistia em uma mesa de botão com dois times colocados e as traves feitas especialmente para isso, dando um aspecto verdadeiro de uma mesa de futebol. A base era um V, torneado em acrílico, com uma placa para a gravação. Para mim foi o troféu mais original visto em nosso esporte até hoje.
Troféu mais bonito do FM, recebido do Botunice (São Paulo) e confeccionado pelo Antonio Maria Della Torre, presidente da Federação Paulista
A indústria dos troféus cresceu e oferece, na atualidade, taças multicoloridas, cheias de beleza e fugindo do tradicionalismo das taças de metal. O plástico substituiu com vantagem, pois não perdem o brilho e nem a beleza com o passar do tempo.
Nos dois campeonatos brasileiros em que estive à frente dos trabalhos, minha preocupação foi a de conseguir sempre um troféu grandioso e que marcasse o campeão para sempre. Foi assim, em 1972, em Caxias, quando realizamos o terceiro brasileiro, na época Copa do Brasil, e, em 1981, por ocasião do campeonato realizado em Brusque. Esse foi ofertado por uma empresa de fabricação de toalhas e tinha um metro e meio de altura. O campeão daquele ano, Hosaná Sanches, não teve condições de levá-lo para a Bahia. Tivemos de enviar via rodoviária, depois de mandar confeccionar uma embalagem de madeira para acondicioná-lo. Acredito que, até hoje, o Hosaná não tenha recebido nenhum troféu que ultrapassasse aquele em altura.
Selecionei algumas fotos de troféus para ilustrar a beleza que, atualmente, podemos encontrar em competições. Isso sem falar nas fabricações de troféus especiais para premiações, com fotografias de pessoas homenageadas, como o troféu Zig Zig, o botonista mais antigo de Recife, morto há pouco tempo e que serviu de premiação ao pessoal pernambucano. Na Regra Botãobol, também de Recife, foi disputado no ano passado o troféu Chico Barbosa, vencido com muita emoção por seu filho, que chorou ao receber das mãos do presidente Abiud Gomes, o premio maior.
Troféu Campeonato Pernambucano em homenagem ao botonista mais antigo de Recife, falecido pouco tempo antes.O famoso Zig-Zig

Zig Zig o mais antigo botonista de Pernambuco
Troféu Chico Barbosa no campeonato da Regra pernambucana (Botãobol), do ano passado
Em Caxias foi disputado um Torneio em 2011, denominado Copa dos Campeões, com um troféu projetado pelo Rogério Prezzi, onde apareciam todos os campeões daquele ano. Troféu diferente, mas de um valor imenso.
Troféu Copa dos Campeões de 2011, criação ao "artista caxiense" Rogério Prezzi
Em Itajaí, foi realizado um Mundialito de Seleções e os troféus foram ofertados pela empresa Botão Fábrica, mostrando como base um campo de jogo; ao lado esquerdo, uma placa com o fundo expondo o globo terrestre e, no lado direito, um botão com o emblema do Atlântico Sul Futebol de Mesa; na parte de cima e em baixo, diversas bolinhas representando os emblemas de cada seleção. Troféus diferentes, mas que revelam o esporte que praticamos, dando ênfase ao seu valor. Com o tempo, a mudança foi grande e sempre para melhor. Que continue assim.
Troféu Mundialito de seleções, disputado em Itajaí (SC)
Troféus Marcilio Dias (Itajaí)
MAIS ALGUNS EXEMPLOS DE TROFÉUS DE FUTEBOL DE MESA
TROFÉUS DA LIGA INGLESA Porto Alegre
Troféus FM Regra Gaúcha (Porto Alegre)
Troféu Copa PRIMOS, tradicional torneio da AFM
Troféus da Espanha

Troféus AFUMEPA, de Cascavel
Yasmin e Vitor, os meus troféus mais valiosos
Mais belos troféus do Futebol de Mesa
Flavio Lisa exibindo os troféus de campeão de 2013 e 1970 (esse ganho por seu pai Átila Lisa)

Até a semana que vem, se Deus assim permitir.

5 comentários:

  1. É isso aí, amigão Sambaquy. Aqui no Recife, a Carol Esportes já confecciona troféus com graus de requinte. Outro que se dedica à confecção de troféus e medalhas é o botonista Akiles Custódio, que é responsável pelo futebol de botão no Santa Cruz Futebol Clube.
    Como sou um tanto saudosista, ainda acho os troféus metálicos mais atraentes, embora saiba que dão um trabalho danado mantê-los limpos e brilhantes. Abração pernambucano.

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    1. Amigo Abiud, é importante saber que dos esforços conjuntos que fizemos, aqui e ali, surgiram novas fontes de renda. Pessoas que se dedicam à fabricação de troféus que priorizem o noso esporte é muito legal. Sem falar nos fabricantes de botões, de estádios e outros implementos para a prática. Acredito que fizemos um bem ao mundo...
      Abração gaúcho/catarinense por adoção e colorado.

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  2. LH.ROZA...
    Alô MEU IRMÃO...Como sempre é muito reconfortante abrir o seu Blog, e ficar esperando mais uma "joía" de texto.
    Realmente os tempos são outros, e os "troféus" estão cada vez mais sofisticados, aqui em Joinville tem a Emp.La Bell Ind. e Com Ltda. mais conhecida como TRUFF... são verdadeiras obras de arte ...
    Por conhecidência hoje remontei a minha 1ª MEDALHA ganha no COP, em 1987 ano da criação do Dptº.Futmesa...coloquei-a em uma moldura e esta fixada em lugar de destaque em minha modesta galeria...
    1 forte abç. e até a próxima...
    OBS.: vou lhe enviar uma "foto" por e-mail...

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    1. Meu irmão Roza, agradeço a sua bondade e sua leitura assidua. Isso faz com que a responsabilidade aumente sempre. Qualquer hora dessas vou aparecer em Joinville para conhecer essa TRUFF. Antigamente havia uma empresa que fazia troféus metálicos em Joinville. Vou esperar a foto para colocar junto com as demais em minha pasta de futebol de mesa.
      Outra coisa: Aquele árbitrozinho só marca penalti para quem ele torce...
      Abração
      Abração.

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  3. LH.ROZA...
    RÉPLICA ... Quando do "penalti", informo que não acompanhei a transmissão do grenal, só ví o lance na resenha da TV.
    Mas sim vimos pelo Canal de Premier o BRAPEL, e como não poderi deixar passar caiu em cima dos "pelotinhas"....
    Agora eles estão diretamente ligados com a CEEE, caso falte LUZ em Pelotas a população não ficará as ESCURAS .... hahaha !!!
    Estarei lhe enviando uma nova FOTO, ref.; as medalhas da era COP.
    Até +...

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