segunda-feira, 14 de abril de 2014

A ORIGEM DA FEDERAÇÃO GAÚCHA DE FUTEBOL DE MESA


No dia 9 de janeiro de 2006, Daniel Maciel encaminhou para meu conhecimento o que estava descrito no site da FGFM, sobre a criação dessa segunda Federação de Futebol de Mesa criada em nosso estado.
Dizia o texto: um longo caminho foi percorrido por muitos idealistas e abnegados do futebol de mesa gaúcho, até a concretização do sonho de se organizarem em torno de uma Federação Gaúcha que reunisse os praticantes da Regra Brasileira. Estas pessoas, ao longo do tempo, foram gradativamente dando a sua parcela de colaboração para que este objetivo fosse alcançado.
O marco inicial foi a elaboração da Regra Brasileira em 19 de janeiro de 1967, na sede da Liga Baiana de Futebol de Mesa, na cidade de Salvador. Uma comissão mista de gaúchos e baianos chegou a um consenso na redação final, adaptando partes da Regra Gaúcha com a Regra Baiana. Essa comissão foi formada por dois gaúchos: Gilberto Ghizi, então presidente da Federação Riograndense de Futebol de Mesa, já extinta e Adauto Celso Sambaquy, dirigente da Liga Caxiense de Futebol de Mesa e, por quatro baianos: Adhemar Dias de Carvalho, Oldemar Dória Seixas, Roberto Dartanhã Costa Mello e Nelson Carvalho.
O trabalho de divulgação foi iniciado pelos caxienses, já que os antigos administradores da extinta Federação que divulgava a Regra Gaúcha não aceitaram a modificação sugerida. Caxias do Sul começou o incansável trabalho de demonstração e divulgação da Regra Brasileira em todo o Rio Grande do Sul. Com o retorno de Vicente Sacco Netto para o sul do estado, a adesão foi imediata, surgindo grandes centros em diversas cidades, a saber, Canguçú, Pelotas, Rio Grande, Santana do Livramento, Jaguarão, Bagé e Santa Vitória do Palmar.
Em 1970, por ocasião do Primeiro Campeonato Brasileiro, realizado em Salvador, o Rio Grande do Sul foi representado por caxienses. O mesmo aconteceu em 1971, quando o segundo campeonato foi realizado em Recife (Pernambuco). Por decisão de todos os presentes, a escolha para o terceiro campeonato recaiu na cidade de Caxias do Sul. E, em 1972, nas dependências da AABB foi realizado, com a modificação combinada em Recife. Pelo custo que cada botonista teria, para disputar anualmente um campeonato nacional foi decidido que seria realizado somente o individual. Com isso, somente dois disputantes de cada estado estariam presentes. Com a finalidade de difundir a Regra no estado, cada cidade onde houvesse um foco da Regra Brasileira poderia enviar dois botonistas. Caxias conseguiu realizar um grande campeonato, com o patrocínio da Comissão Municipal de Desportos que, além da premiação, forneceu alojamento e alimentação a todos os participantes da competição.
Em 2 de novembro de 1973, no Clube Harmonia, na cidade de Canguçú, com a presença de 27 técnicos, representando 13 cidades gaúchas, realiza-se o Iº Estadual de Futebol de Mesa na Regra Brasileira. Foi nessa ocasião que surgiu o embrião da FGFM. Na Assembleia Geral da competição, por proposição de Adauto Celso Sambaquy, foi criado um órgão que coordenasse as diversas Ligas já existentes e praticantes da Regra Brasileira. Por indicação do Senhor Talai Djalma Selistre, foi indicada a cidade de Caxias para ser a sede, e o nome escolhido foi União das Ligas de Futebol de Mesa do Rio Grande do Sul. Uma curiosidade ocorrida neste evento foi a presença do Sr. Antônio Carlos Martins, botonista carioca que, no ano anterior, havia se sagrado campeão brasileiro em Caxias do Sul, na condição de presidente do Tribunal de Justiça da competição.
ESTADUAL 1973 - CANGUÇÚ RGS, aqui começava a Federação Gaúcha
A novel entidade, de maneira informal centralizou e organizou o futebol de mesa gaúcho até 24 de abril de 1982, quando na Sociedade Italiana Anita e José Garibaldi, na cidade de Santana do Livramento, foi fundada a União Gaúcha de Futebol de Mesa que a sucedeu e cujos estatutos foram formalizados e legalizados, contendo 23 artigos, regulando todo o funcionamento da entidade e do futebol de mesa gaúcho. Seu primeiro presidente eleito foi o Sr. Cláudio Schemes, tendo como vice-presidente o Sr. Dinei Bottino Custódio. Além destes, subscreveram o estatuto da UGFM os botonistas José Cláudio Rocha Perez, Amador Alves Banco Afonso, Luiz Alfredo De Boer e José Bernardo da Rocha Figueira. Em 1983, assume a presidência o botonista Dirnei Bottino Custódio e a vice-presidência, Aldyr Garcia Schlee. Em 1985, Gilboé Langaro Mendes assume a presidência, cabendo à vice-presidência ao Sérgio de Oliveira. Essa foi a administração que assumiu a meta principal de sua gestão, a fundação da Federação Gaúcha de Futebol de Mesa. Em 11 de janeiro de 1986, em reunião realizada no Campestre Tênis Clube, na cidade de Passo Fundo, foi aprovado o Estatuto de fundação da entidade, sendo publicado no Diário Oficial do Estado no dia 17 de fevereiro de 1986 e registrado no Cartório de Registros Especiais da Comarca de Passo Fundo no livro A, número 3, folhas 80 (verso) e 81, sob o nº 1041, em 30 de julho de 1986. A inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes do Ministério da Fazenda (CGC/MF) recebeu o número 90.618.422/0001-18. Obteve o Alvará do Conselho regional de Desportos em 24 de fevereiro de 1987m, emitido sob o número 527/87. Sua primeira diretoria foi composta pelos seguintes membros
Presidente: Gilboé Langaro Mendes
Vice-Presidente: Sérgio de Oliveira
2º Vice Presidente: Dirnei Bottino Custódio
Conselho Fiscal: José Bernardo das Rocha Figueira, Mário Osório Marona, Paulo Roberto Soares Monteiro, Almiro de Oliveira e Telmar Bauler.
Diretor de Departamento de Relações Públicas: José Ernani Almeida
Diretor Departamento Financeiro: Júlio Cesar Porto
Diretor Departamento Jurídico: Antônio Carlos Felki
Diretor Departamento Técnico: Clair Pereira Marques
Diretor Departamento Administração: Rubens Posser.
Desde então, temos uma das melhores Federações de Futebol de Mesa de nosso país, funcionando diuturnamente, oferecendo ao nosso esporte o suporte necessário para as grandes promoções que são realizadas anualmente.

Até a próxima semana, se Deus assim permitir.

4 comentários:

  1. Meu caro Sambaquy. É como eu sempre tenho dito: você é o maior nome do futebol de mesa do Rio Grande do Sul, daí sugiro que a Federação Gaúcha de Futebol de Mesa, se já não o fez, conceda o título de Presidente de Honra da entidade, em reconhecimento a toda uma vida dedicada ao botão nos pampas. Se não se fez, que faça-se agora justiça a quem é responsável direto pela bela história do futebol de mesa em terras gaúchas. Abração pernambucano, com toda a alegria pelo tetra campeonato colorado.

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  2. Meu amigo bondoso Abiud,
    Eu sou apenas um soldado qu deseja vencer a guerra. Não sou general. Ver no que se tornou o meu sonho inicial ja é o maior pagamento que posso receber. Saber que ajudei a muitas pessoas a terem um esporte para se dedicar, organizado e sempre em promoções grandiosas é um premio que me deixa feliz. E isso está sempre em mim. O resto ficará aqui quando eu me for para a companhiado Altíssimo.
    Um grande e fraternal abraço.

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  3. LH.ROZA ...
    Concordo plenamente com a sugestão do amigo "Abiud Gomes", pois depois de nossa partida, fica o tradicional "poxa devíamos ter reconhecido seu feitos" quando ELE esteve entre nós.
    Mas tudo bem, não estamos gorando, longe disso e que ainda possa voltar bater uma bolinha e/ou voltar aquele belo Aptº. na movimentada Camboriú.
    Tchê A.C.SAMBAQUY, estamos voltando do 1º Campeonato Brasileiro realizado em Cascavel-PR, nossa participação foi de fortes emoções, já as TORRES de Chopp(s) nos motivaram ainda mais...brincadeirinha...
    Por fim ficamos na expectativa da próxima coluna.
    Um forte abraço ...

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    1. Meu querido amigo Roza,
      Agradeço a sua preocupação, mas sou duro na queda. Ainda vou incomodar por muito tempo... Quanto a títulos honorificos eu penso que não são para mim, pois o que eu fiz e faço foi sempre guiado pelo amor que eu tenho pelo esporte que escolhi ajudar a difundir. Graças a Deus tive exito, e, hoje vejo narrativas como a sua, voltando de mais um encontro onde imperou a amizade e o companherismo. Isso para mim já é um pagamento incomensurável.
      A próxima coluna vai te agradar mais do que estas já escritas.
      Um grande abraço...

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