segunda-feira, 21 de abril de 2014

LUIZ HENRIQUE RAMALHO DA ROZA – UM GRANDE AMIGO

Roza e seu Brasil de Pelotas
Há algum tempo venho pensando em escrever algo sobre este amigo, ao qual tive a alegria de enfrentar por ocasião da realização do Centro Sul na cidade de Caxias do Sul. Roza, torcedor fanático do Brasil, de Pelotas, é claro, é daquelas pessoas que conseguem mostrar seu caráter e sua personalidade, trocando meia dúzia de palavras com a gente. E não poderia ser diferente, pois é quase contemporâneo já que iniciou no futebol de mesa em 30 de maio de 1953, com oito anos de idade. Naquele dia, em que comemorava o seu aniversário, ganhou uma caixa contendo dois times de botões plásticos. Um vermelho e preto, que para sua tristeza vinha com o distintivo do Flamengo e não do Brasil, e outro branco, com o emblema do Botafogo. Diz que foi amor à primeira vista. O vírus do futmesa entrou em seu sangue ao olhar aquelas peças plásticas. Não parou mais. Conseguiu outro time, também de plástico, vermelho e branco, com o emblema do famoso Bangu do Castor de Andrade.
Cohabpel Futmesa - Roza e Darcy
Faltava a mesa que fora construída com Eucatex, material utilizado em divisórias, por ser bem liso. Com ela, os primeiros campeonatos realizados na Rua Professor Dr. Araujo. Com ele, mais três vizinhos realizavam verdadeiras batalhas, com resultados que elevavam o espírito guerreiro do quarteto. Mais tarde, visitando seu primo Gilberto Ramalho, tomou ciência de uma nova maneira de praticar seu esporte. Nos campeonatos realizados na garagem da casa de seu primo, os botões eram grandes e grosseiros, tirados dos “velhos casacos”. Aquilo mexeu com ele e seus companheiros de batalhas. Passaram a imitá-los, usando até seus carrinhos de plástico que, derretidos, colocados em forminhas e depois lixados nas calçadas, forneciam-lhe grandes craques, cobiçados pelos demais amigos que se interessavam pelo futebol de botão.
Mas, foi somente em 1975, quando estava no Bento Freitas assistindo a um jogo de seu G. E. Brasil, que escutou alguns rapazes falando do Jogo de Botão. Sua curiosidade foi despertada e se aproximou dos mesmos para pedir informação detalhada sobre o local onde eles se reuniam. Para sua surpresa, diante dele estava o magnífico Aldyr Garcia Schlee, que o convidou para participar da já bem organizada APFM (Associação Pelotense de Futebol de Mesa). Para ele, mais uma coincidência, pois aquela entidade fora fundada no dia de seu aniversário, isto é, a 30 de maio de 1975. Tomou conhecimento e se apaixonou pela regra de um toque, a Regra Brasileira.
Na APFM, teve alguns títulos como: campeão do Torneio de Verão de 1984, campeão do 10º aniversário da ASURVIC, vice-campeão do Torneio Integração entre ALFM e APFM, que reunia botonistas de São Lourenço do Sul e Pelotas em 15 de novembro de 1984.
Em maio de 1987, recebeu um convite da Diretoria do Circulo Operário Pelotense para ser o responsável pela fundação de um Departamento de Futebol de Mesa, naquela entidade. Aceitou e, na montagem da primeira mesa, convidou três amigos: João Armando Ochoa, Jader Baldez Morales e Getúlio Duval, os quais partiram em busca de novos botonistas para completarem o quadro da entidade. E isso foi feito com sucesso absoluto, pois de lá nasceram grandes nomes e enormes proezas para a história do botonismo gaúcho.
Ochoa - Chinês - Prof. - Getúlio - Ronaldo e Roza 1984 (século passado)

No COP, suas conquistas foram: 3º lugar no primeiro campeonato interno, realizado em 1987. Campeão do Torneio Ronaldo Priestch (1987), Campeão do Torneio 21 de Abril (1988), Campeão do 1º Torneio de Veteranos (2001), 3º Lugar no 2º Torneio de Veteranos (2002), Campeão do Torneio de Inauguração da mesa do River Plate (2002), Campeão Bola Murcha COP (2002), Vice Campeão do Torneio ARFN X COP (2003), Vice-campeão do Torneio de Verão do COP (2003) e quarto lugar no 1º e no 2º Torneio da Taça de Bronze (2003). Mas, talvez a participação mais importante e em âmbito nacional foi a promoção do Campeonato Brasileiro de 1996, nas dependências do COP, tendo a glória de conseguir sagrar o campeão Brasileiro daquele ano, o botonista Nilmar Ulguim Ferreira. Aliás, o COP obteve grandes revelações, tais como Victor Iost, Vinicius Mauch, Fernando Franz, Darci Levien, Nilson Levien, Ricardo Cipó, Marcão, Mário, Jader, Ochoa e o próprio Luiz Henrique Roza.
Durante todo o seu tempo de botonista do COP teve inúmeras participações, honrando a camisa tradicional daquela entidade pelotense, obtendo diversas premiações que embelezam as prateleiras do Departamento de Futebol de Mesa do Círculo Operário Pelotense.
Em 2006, já residindo em Joinville (SC), filiou-se à AFUMTIBA, Associação de Futebol de Mesa de Curitiba. Para disputar seus jogos, viajava de Joinville até a capital paranaense, onde continuava a praticar a Regra Brasileira. Mas, com o tempo e as viagens desgastantes acabou por conhecer o grupo que pratica a Regra de 12 toques lá em Joinville mesmo. Depois disso, trazido até Itajaí, encontrou um grupo de botonistas que se dividem em duas agremiações na cidade: Marcilio Dias e Barroso. Foi sempre muito bem recebido e tem abiscoitado alguns troféus que enriquecem a sua vasta galeria, cujas fotos estão mostrando aos leitores.
Colegas da AFUMTIBA

12 toques - Cruzeiro (Joinville) X Barroso (Itajaí)

Em determinada correspondência me enviou a seguinte mensagem:
Los amantes de fútbol de botones. El fútbol botones requiere habilidade e inteligência para conseguir las mejores estratégias y control emocional igual que el fútbol, es um juego de azar y tambien imprevisible em el que no siempre gana el mejor.

Espero ter conseguido homenagear um grande amigo e uma das figuras mais alegres e felizes que encontrei no meio do futebol de mesa.

Roza é sempre figura presente em Centro Sul Brasileiros - Hora de reencontrar os amigos

Brasil de Pelotas -  Roza é xavante nos quatro cantos do país
Momentos de Roza no Futebol de Mesa (ontem, hoje , sempre)
Roza e sua galarias de troféus
Visita do Roza e Oswaldo em meu apartamento em Camboriú (SC) - 2014

Até a semana que vem, se Deus assim permitir.

6 comentários:

  1. LH.ROZA...
    Tchê !!! Agora "VC." me pegou desprevenido... Em todas essas nossas trocas de "e-mail(s)" e visitas ao seu confortável Aptº. nessa bela Camboriú, não poderia imaginar que seria "tema" para tais referências.
    Realmente esse nosso lazer, como sempre venho afirmando, não tem "idade" e como seria bom se assim o continue.
    Talvez para muitos, possa parecer que estamos nos promovendo, mas com o passar dos tempos, e olhando para tudo o que fizemos,promovemos e conquistamos, mais amizades do que grandes troféus, isso tudo nada mais é do que saborear agora como mais disponibilidade, o que a "aposentadoria, nos proporciona boas lembranças ao estar em fim de tarde saboreando um "chimarrão" na minha modesta Sala VIP, ficar remexendo na maleta, lustrando os atletas, nas medalhas muitas delas de "participação" e alguns troféus poucos mas que fizeram histórias que hoje posso mostrar aos NETOS.
    Fico gratificado por ter criado o Dptº de Futmesa do COP em 1987, e ver que o mesmo tornou-se reconhecido e respeitado por ter participado de todas as competições em nível Estadual e Nacional, revelando inúmeros bons botonistas, deixo de relacionar pois possa vir esquecer de alguém e/ou magoar outros.
    Por fim, meu irmão botonista "A.C.SAMBAQUY" ... já havia lhe dito e volto repetir, como é gratificante fazer parte do seu restrito círculo de
    AMIGOS.
    Quanto aquele nosso inesquecível jogo CAXIAS, que não aquele GOL CONTRA jamais ira sentir a alegria de ter jogado com "VC."
    Obrigado e até +

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Meu amigo Roza, como diz o título dessa coluna: UM GRANDE AMIGO. Fico feliz em mostrar as pessoas as conquistas maiores que meus amigos conseguiram em suas caminhadas. E, realmente, as melhores e maiores conquistas são os amigos, pois esses não pegam poeira, nem perdem o brilho com o tempo e nem precisamos lustrar. São presenças constantes em nossa vida e com seu brilho nunca nos deixam no escuro.. Quanto ao jogo em Caxias, foi uma honra para mim.
      Abração.

      Excluir
  2. É isso aí, Sambaquy. Mais um belo relato, carregado de emoção. O botão aqui no Recife nos traz belas recordações, porém, pecamos demais pela desorganização, daí não termos quase nenhum acervo, de modo a poder retratar esses tempos felizes. Valeu, amigão e receba mais um forte abraço, bem pernambucano.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Meu amigo Abiud, esse trabalho que estou desenvolvendo é relatar coisas do passado e mnostrar ao mundo botonistico pessoas que se destacamn em nosso esporte. Você é um nome fantástico no nordeste eu tenho certeza que seu legado será lembrado para sempre. Um forte abraço desse seu amigo do sul.

      Excluir
  3. Parabéns Sambaquy, pela bela homenagem ao nosso amigo Roza, com quem compartilhamos bons momentos em volta das mesas em SC. Grande abraço a ambos. Oswaldo Fabeni.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Espero a volta de vocês ao meu apartamento. Afinal temos sempre muitos assuntos pára colocar em dia.Um abraço ao grande Oswaldox,

      Excluir