Acredito que esse campeonato
realizado na quentíssima Salvador, além de encher os olhos de maneira
esplendorosa, serviu de parâmetro para avaliarmos o crescimento de nosso
esporte. Dos vinte e um participantes do campeonato de 1970, pulamos para quase
duzentos em 2012. Várias categorias sendo disputadas: Especial, Sênior, Master
e Junior, além do campeonato entre doze Clubes previamente inscritos.
Para quem sonhou com o primeiro,
estar presente nesse que leva o número trinta e nove, foi emocionante e
gratificante. No primeiro dia, a disputa entre os clubes pelas partidas
realizadas com galhardia e sofrimento, sagrando ao AFN (Rio Grande do Norte)
como a melhor dentre todas, seguida pela ACRA-Alagoinhas, sua fiel escudeira.
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A coisa estava
começando... Brasileiro de Clubes
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No segundo dia, a emoção ficou
ainda maior. Na abertura do campeonato, o vice-presidente da Confederação
Brasileira de Futebol de Mesa, André, usando a palavra fez uma explanação dos
planos futuros e duas homenagens, juntamente com a Federação Baiana. Ao seu
lado, o presidente dessa entidade, o amigão Tosta o ajudava nessa comemoração
e do outro, o presidente Robson Marfa
observava com cuidado o trabalho sendo executado. Justa homenagem ao primeiro
campeão brasileiro, recentemente falecido, Átila Lisa, a qual foi recebida por
seus filhos que herdaram do pai a habilidade no jogo e a excelente educação. Os
dois lembram, muito, a figura maravilhosa que nos deixou. Este colunista também
foi homenageado como sendo o único dos criadores da Regra que se arriscou a
enfrentar as feras que estão praticando o botonismo constantemente. Não sei
como consegui dizer algumas palavras de agradecimento, pois a emoção é sempre
forte quando se é reconhecido por ter feito algo que encantou a todos que lá se
encontravam.
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Vocês acabam
matando o velho...
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...sem
comentários.
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Comentar os jogos torna-se
impossível para mim, pois a emoção era muita. Já quando entrei no salão, nas
primeiras mesas, estava Zezeca, o sergipano que queria me abraçar; e foi um abraço
carinhoso, trocado com esse amigo que lê as minhas colunas. Fiquei imensamente
feliz em conhecê-lo.
Logo adiante, o meu primeiro adversário do campeonato de
setenta, nas mesas oficiais: José Inácio, também de Sergipe. Um abraço que
estava guardado desde a última vez que nos encontramos, quando em Vitória (ES)
disputamos o brasileiro e ele conseguiu sagrar-se campeão e eu ficando com o
sétimo lugar, eliminado das finais pelo Átila. Inácio, sabendo da minha ida,
presenteou-me com uma medalha destinada aos fundadores, associados e amigos da
Associação Sergipana de Futebol de Mesa, gesto que me comoveu imensamente.
Em seguida, encontro Jaime,
também de Sergipe, amigo de longa data. Ronald Aguiar, amigo desde 1967, baiano
que sempre traz consigo e oferta uma fitinha do Senhor do Bonfim. Jair, o
supercampeão baiano, Gil, de Alagoas e o campeão máster Carlos Alberto, de
Pernambuco faziam parte do meu grupo. Todos me venceram.
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Esquentando os meninos para os jogos. hora de sentir as mesas |
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Jogo contra Jair (BA) |
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Com a Gloriosa camisa da Federação Gaúcha de Futebol de Mesa |
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Juiz que não conhece mais a regra |
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Contra Gil (AL) |
Encontrei o Giovani
Moscovitz e o Hozaná Sanches. Boas lembranças. Oldemar Seixas traz ao meu
encontro o filho de meu amigo Valério, o Jomário Souza e, em seguida, mais uma
fera dos anos setenta: Luiz Alberto Magalhães, um dos maiores botonistas que eu
vi jogar. Seu time: Milionários, com o detalhe que todos os botões traziam a
marca Adidas, arte que ele mesmo produzia. Vilno Araujo, um dos diretores da
CBFM veio de Alagoinhas e de lá, também, o campeão Batatinha. Claudio Savi, de
Criciúma, conhecido desde a década de oitenta, agora magro. J. Campos, o baiano
que era encarregado de reservas no Hotel onde ficamos hospedados. Alenio, do
Rio de Janeiro e de lá, ainda, o Wanner.
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Com Hozaná e Inácio, amigos de longa data |
Mas, para mim foi muito
importante encontrar dois companheiros que estiveram presentes na criação da
Regra Brasileira: OLDEMAR DOREA SEIXAS e ROBERTO DARTANHÃ COSTA MELLO. Com eles
não tivemos oportunidade de assistir muitos jogos, pois a equipe de filmagem de
Filipe Seixas nos convocou para fazer parte dela, a qual já tem título: “QUE
GOLAÇO!” - narra a criação e a
multiplicação da Regra Brasileira, pois dos seis participantes
da Comissão Inicial, Ademar Carvalho e Nelson Carvalho já faleceram e Gilberto
Ghizi, longe do futebol de mesa e com problemas de saúde, não se fez presente.
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Examinando arquivos antigos com o amigo Oldemar |
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Será que o Ypiranga vai retornar? |
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Com o amigo Dartanhã |
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O trio de fundadores com Tosta o presidente da Federação Baiana |
Voltando ao campeonato, não havia
tempo para apresentações, pois os jogos eram constantes e nada deveria
atrapalhar o seu andamento. Cumprimentos à distância e torcida pelos nossos
companheiros que estavam se entregando na luta para conseguir classificação. E
o contingente gaúcho era respeitável: Michel, Rogério, Alam, Zilber (o Chefe), João
Garima, Marcelo Vinhas, Maciel, Carraro, Robson Bauer, Chambinho, Piruka, Alex
Degani, Sandro Mazzochi, Duda, Mário, Cícero, Alex Prezzi, Silvio, Cristiano,
André, Breno, Aramis, Osmar, Crosa, Badia, Burguel, Foschiera, Enio,
Pizzamiglio, Zeni, Figueira, Sambaquy, Pica Pau e Hemerson, num total de trinta
e quatro. Esse número é bem mais elevado que todos os participantes do primeiro
campeonato.
A honra da casa foi salva pelos
dois meninos que conseguiram um primeiro (Pica Pau) e um quarto lugar (Hemerson)
e, pelo Mário que chegou à sétima colocação, a mesma posição que eu ocupei em
1979.
Os resultados das partidas
poderão ser encontrados no site da Confederação Brasileira.
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Vários
estados reunidos.
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Os caxienses estão em todos
os cantos desse país...
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Até a semana que vem se Deus
permitir.
É isso aí, Sambaquy. Pelo visto a gauchada invadiu a Bahia, debaixo de muito axé. Observa-se que esse campeonato brasileiro foi algo de espetacular. Você deve se sentir orgulhoso de ter dado origem a tudo isso. É maravilhoso.
ResponderExcluirNós, aqui do botãobol, sentimos muito não contarmos à época com gente de seu quilate, daí nos contentarmos hoje com esse nosso pequeno núcleo. Mas é gostoso ver o botão disseminado pelo país, não importa a regra. Valeu, Gauchão.
MEU AMIGO ABIUD,
ExcluirPosso dizer que a alegria de ver esse encontro, na Bahia encheu meu coração de felicidade. Sentir a aceitação de um trabalho iniciado em 1967, quando consolidamos a Regra Brasileira, em várias reuniões na Bahia, junto com mais cinco amigos. Depois estar presente no primeiro Campeonato brasileiro, com apenas 21 pessoas e, agora, convidado estar no 39º, novamente na Boa Terra, mas com quase 200 botonistas me deixou feliz e realizado. Muita coisa aconteceu nesses 45 anos de Regra Brasileira, mas sempre numa crescente evolução. Espero que com o presidente da CBFM praticando essa regra as coisas ganhem um vigor especial.
Tenho curiosidade em conhecer o Botãobol jogado, pois o livro com a regra eu já possuo, além de dois times que o Armando me enviou. Espero poder estar com vocês e aprender a chutar a bolinha de borracha. Mas, acredite, serei o saco de pancadas. Estarei em, igualdade com o representante do Internacional de vocês.
Um abraço, meu amigo.
Sambaquy, fico imaginando a tua alegria de poder estar na Bahia, jogando o campeonato e revendo estes amigos que te ajudaram a construir o futmesa brasileiro e fazê-lo tão espetacular. Parabéns por tudo!!!
ResponderExcluirAbraço!
Rangel