segunda-feira, 16 de abril de 2012

FUTEBOL DE MESA EM LIVROS.

Nosso esporte é ainda muito carente em questão de literatura. Poucos são os que se atrevem a escrever sobre aquilo que gostam de praticar, narrando as  aventuras e desventuras que acontecem no decorrer de sua caminhada esportiva. Já surgem ideias de publicações, como a do amigo Gothe, de transformar em livro a sua série maravilhosa de Gothe Cromo Gol. São narrativas dos botonistas sobre a sua vida, seu início no futebol de mesa, suas conquistas, o que se tornará um documento de raro valor para as gerações futuras. Saberão quem foi que fez a grande roda do futebol de mesa girar, chegando ao estágio atual, onde grandes realizações o fazem reunir, ao redor de mesas, botonistas de diversas regiões do planeta.

Há muitos anos consegui comprar o livro editado por Fred Mello, que trazia explicações sobre a Regra Toque-Toque, praticada no Rio Grande do Sul pela Federação Ipanema de Botão (FIB). Esse livro está depositado, juntamente com outro, escrito por Agacyr José Eggers, que demonstra a Regra Paranaense, na sede da AFM Caxias do Sul.




No ano de 1987, o grande e inesquecível Geraldo Cardoso Décourt, ao escrever Aconteceu, sim!..., no qual dedicou um capítulo de sua biografia ao seu esporte favorito: o futebol de mesa.

Até então, foram somente esses os livros que falavam sobre o futebol de mesa de que tive conhecimento. Talvez houvesse alguma outra obra sobre o assunto, mas eu desconhecia completamente, caso contrário teria adquirido.
Na atualidade, através do blog Futmesa Brasil, tomei conhecimento de mais algumas publicações. Interessei-me em adquiri-las. Enviei pedidos ao Ubirajara Bueno, solicitando a compra de seu Botoníssimo. Fui informado que a edição estava esgotada, mas que ele estava preparando uma segunda edição, ampliada e melhorada. Já sou candidato à compra de um exemplar para enriquecer a minha coleção.

Marcelo Minuzzi, presidente da FIB (Liga da Federação Ipanema de Botão) de Porto Alegre, enviou-me o seu exemplar de FUTEBOL DE BOTÃO – Uma Paixão Nacional. Nele, o Marcelo relata o seu amor pela Regra Toque Toque, elaborada em 1945 por Fred Mello. Trata-se de uma leitura agradável e como só poderia ser, cheia de causos de botonistas apaixonados pela Regra.

De Caruaru (PE), o meu colega de Banco do Brasil, José Edson Carneiro da Cunha, mais conhecido no Brasil por Zé Edson, escreve de maneira maravilhosa, relatando o movimento nordestino do futebol de mesa, narrando a trajetória realizada, desde que Armando Pordeus, convidado, levou para aquela cidade, em 1987, todos os equipamentos para a prática do esporte. Naquele distante ano, a Regra utilizada era a de três toques, também conhecida como Regra Carioca.
Em 35 páginas, cheias de humor sadio, conta histórias que serão conservadas para todo o sempre na história do futebol de mesa pernambucano e brasileiro. São simplesmente fantásticas essas histórias, muitas das quais “entregando” seus companheiros pelos fatídicos desfechos. Mas, todas elas com final feliz.
Recebi de Enio Seibert, de Porto Alegre, exemplares da Regra Unificada. Regra que foi sua criação e que tem muito da Regra Gaúcha.
Há duas propostas de livros que devem contar histórias maravilhosas sobre o nosso esporte e que, tenho certeza, um dia estarão embelezando as prateleiras das casas de todos os botonistas brasileiros.
Um é obra do colega bancário José Ricardo Caldas e Almeida. Esse é um antigo projeto, desde os anos oitenta, que contou com a colaboração de muitos botonistas que gostariam de ter a oportunidade de registrar a história do futebol de mesa de sua região, transformada em acontecimento histórico eterno. José Ricardo mora em Brasília e já conseguiu reunir uma quantidade infinita de notícias, mas que encontra algumas lacunas, as quais, infelizmente, não são preenchidas por falta de pessoas interessadas em ajudá-lo. Se avaliassem a importância que uma obra dessas terá no futuro, com certeza não hesitariam de juntar a documentação para preencher os vazios que existem e que entravam o perfeccionismo do José Ricardo.
Outra obra que está sendo ansiosamente esperada é a história da Regra Gaúcha, que está sendo preparada pelos amigos Edu Caxias e Obereci. Já me candidatei a adquirir um exemplar dessa história rica, dessa Regra que foi a pioneira no Rio Grande do Sul e que, ainda hoje, é praticada com grande contingente de grandes botonistas. Muitos nomes respeitados nos círculos gaúchos fazem parte desse grupo de botonistas que vivem as emoções que a Regra Gaúcha produz. Foschiera, do Grêmio Porto-alegrense mantém um grupo em Torres, onde ensina a Regra Gaúcha às crianças, fazendo com que o nosso esporte seja preservado para as novas gerações. Essas histórias farão a alegria de muitos amigos que cultivam o hábito de ler, junto com a alegria de jogar futebol de mesa.

Talvez, essa ideia nos incentive a também realizar uma obra sobre o assunto, pois já estamos quase chegando às cem colunas, publicadas semanalmente no Blog da AFM. Sempre soube que aquilo que não ficar escrito acabará sendo esquecido. E são tantas as histórias hilárias que aconteceram no caminho de cada um de nós, que lidas daqui a alguns anos serão motivo de muita risada.  Seriedade somente na hora de jogar, pois a alegria dos encontros será sempre um motivo de felicidade, já que recordar é viver e abraçar amigos é reconfortante.

Até a semana que vem, se Deus permitir.
Sambaquy

Um comentário:

  1. O posicionamento do livro CONFESSO QUE VI, escrito pelo Ze Edson, de Caruarú(PE) foi colocado como se fosse a obra do Agacyr José Eggers.
    Esse é um livro divertido e aconselho sua compra, telefonando para (81) 9903.6668.

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