Depois de uma longa parada com o
futebol de mesa, fui descoberto pelo pessoal da regra de 12 toques, que havia
fundado uma agremiação aqui na cidade de Balneário Camboriú. A culpa, em parte,
foi minha, pois entrei em contato com eles para apresentar um botonista que
havia me procurado, mas, por estar parado, não manifestei desejo de retornar.
Ao saber da existência desse clube, recém-criado, tentei prestar um favor ao
gaúcho que havia me contatado. Ao conversar com o então presidente, sua atenção
voltou-se à minha pessoa. Visitou-me para trocar algumas ideias e acabamos
conversando sobre futebol de mesa durante a tarde inteira. Mostrei-lhe todo o
material que havia ficado em minhas mãos, meus troféus, reacendendo, assim, a
possibilidade de eu voltar, desde que não fosse para dirigir, pois não teria
mais pique para tal tarefa.
Os convites acabaram aparecendo e,
num sábado, fui visitá-los. Levei comigo uma fita em que Geraldo Cardoso
Décourt canta o seu Hino do Botonista, como também alguns times que havia
comprado em São Paulo, próprios para a Regra de 12 toques. Mas, eram botões
menores e já ultrapassados. Como é rápida a transformação dos botões, cada vez
mais bonitos e perfeitos. Os que eu tinha comigo foram fabricados pelo
Lourival, na década de oitenta.
Um dos primeiros encontros
Oswaldo Fabeni de Oliveira - Presidente do
Atlântico Sul
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Para minha surpresa, o presidente
do Atlântico Sul Futebol de Mesa encaminhou um questionário para que eu o respondesse,
pois desejava publicá-lo no Futebol de Mesa News, de São Paulo. As perguntas
eram as mais variadas possíveis: Nome, idade, profissão, cidade, casado,
filhos, netos? Quando e como começou a jogar? Defina o futebol de mesa em
poucas palavras? Qual o seu time de coração e qual é o utilizado no futebol de
mesa? Maior alegria no futebol de mesa?
Como era o esporte antes? E atualmente? Qual a regra que o amigo
praticava? Você jogou contra grandes ícones do futebol de mesa brasileiro,
poderia citar alguns? Quem é Adauto Celso Sambaquy?
Respondi a todas as perguntas sob
o título acima e foi um dos primeiros artigos escritos a serem publicados. Em nove
de julho de 2007, sai a publicação “Conhecendo o Craque” no blog paulista
Futebol de Mesa News, estampando a minha fotografia jogando contra o Sérgio
Calegari e a foto tradicional que aparece nessa página, com a camisa recebida
de Paulo Cesar Carpeggiani, o manto tradicional do campão brasileiro de
1975/1976.
Na ocasião, os descendentes do
Ary Pastori reclamaram os direitos autorais da fotografia em que apareço
jogando com o Calegari. Para evitar maiores problemas, ela acabou sendo
retirada nas edições seguintes do blog. Até hoje não entendi a reação estúpida
dessas pessoas, pois se tratava de uma propaganda gratuita ao trabalho do grande
fotógrafo caxiense. Mas, cada cabeça uma sentença. Quem não tem visão de
negócios, vai mais devagar sempre.
Acredito que a pergunta mais difícil
de ser respondida foi: Defina o futebol de mesa em poucas palavras.
Minha resposta na ocasião: Uma
definição do futebol de mesa em poucas palavras: impossível. Futebol de Mesa é
algo muito grande para ser definido em poucas palavras. É algo que envolve as
pessoas de tal maneira que acaba se tornando um vício, uma coisa necessária na
vida da gente. Faz com que, por ele,
muitas outras coisas sejam relegadas a segundo plano. Continuava dizendo: Hoje,
eu tenho medo de ser novamente atacado por esse vírus gracioso, ao qual devo
agradecer por momentos inesquecíveis em minha vida.
Nos dias atuais eu continuaria
dizendo que, ao futebol de mesa, devo a alegria de ter encontrado tantas
pessoas amigas, tantos irmãos que comungaram da mesma simpatia pelo esporte,
por pessoas que guardavam meu nome em seus corações. Posso dizer que estou realizado
no futebol de mesa. Nunca ganhei um título que merecesse um destaque especial.
Nunca fui campeão brasileiro e nem cheguei perto disso, mas fui laureado e
homenageado, o que me deixou feliz e realizado. Nos diversos encontros dos
quais participei por esse Brasil afora, sou reconhecido pelos praticantes, o
que me envaidece sobremaneira.
Eu tive um sonho e o persegui até
concretizá-lo. Essa é a minha grande vitória e a conquista são os amigos que
estão espalhados por esse país imenso. Meu nome chegou muito longe, pela
ousadia e coragem de mudar algo para melhor. Agradeço a Deus por ter me dado
essa chance de fazer algo pelo esporte que conheci e me apaixonei, em 1947, e
que percorreu junto comigo todos esses anos vividos.
Que eu possa participar um pouco mais
e abraçar cada vez mais amigos.
Até a semana que vem, se Deus
assim permitir.
Parabéns, Sambaquy. Você soube bem definir, à época, o que era o futebol de mesa. Veja que os anos estão se passando e continuamos firmes e fortes, atravessando as mudanças, mas sempre ligados, de uma ou outra forma, àquilo que aprendemos a amar. Continue com esses textos e reminiscências que servem como ensinamento a essa nova geração que surge no mundo fantástico do jogo de botão. São exemplos a serem seguidos e jamais esquecidos. Um forte abraço, bem pernambucano. Viva o botão!
ResponderExcluirEm tempo: já estou quase em forma. Mais uns 15 dias e estarei de volta às mesas do botãobol.
Amigo Abiud, a arte de escrever sobre o que fez parte de nossa vida é uma coisa formidável. Passo a semana sem que algum assunto me surja na mente e que eu possa desenvolve-lo. Então, como recurso, apanho alguma de minhas encadernações de artigos sobre o futebol de mesa e, como um milagre, ali está o que eu deveria escrever. Foi assim nesse caso de hoje.Realmente a minha grande vitória nessa caminhada longe no esporte está nas pessoas, como você, que agreguei à minha existência e que me fazem bem, me fazem sorrir de alegria e satisfação.
ResponderExcluirO futebol de mesa é mágico e quem se envolve nele, de coração, numa mais o esquece. Fico feliz em saber que estás quase recuperado e que estás voltando dentro de poucos dias ao convívio dos felizardos pernambucanos que tem a felicidade de tê-lo como líder natural.
Um abraço gaúcho/catarinense/colorado.
Onde está escrito longe, leia-se LONGA. Escrevo e não leio o que escrevi, por essa razão cometo erros ortográficos.
ResponderExcluirOutra correção é o futebol de mesa é mágico e quem se envolve nele, de coração, NUNCA mais o esquece.
Perdoem as falhas.
Buenas Tchê !!!
ResponderExcluirApós demoradas pesquisas ...estamos tentando postar novamente...
LH.ROZA..
ResponderExcluirFinalmente conseguimos restabelecer o funcionamento do meu NOTEBOOK...
Ficamos no aguardo das próximas "colunas"...