segunda-feira, 2 de junho de 2014

CONHECENDO O CRAQUE

Depois de uma longa parada com o futebol de mesa, fui descoberto pelo pessoal da regra de 12 toques, que havia fundado uma agremiação aqui na cidade de Balneário Camboriú. A culpa, em parte, foi minha, pois entrei em contato com eles para apresentar um botonista que havia me procurado, mas, por estar parado, não manifestei desejo de retornar. Ao saber da existência desse clube, recém-criado, tentei prestar um favor ao gaúcho que havia me contatado. Ao conversar com o então presidente, sua atenção voltou-se à minha pessoa. Visitou-me para trocar algumas ideias e acabamos conversando sobre futebol de mesa durante a tarde inteira. Mostrei-lhe todo o material que havia ficado em minhas mãos, meus troféus, reacendendo, assim, a possibilidade de eu voltar, desde que não fosse para dirigir, pois não teria mais pique para tal tarefa.
Os convites acabaram aparecendo e, num sábado, fui visitá-los. Levei comigo uma fita em que Geraldo Cardoso Décourt canta o seu Hino do Botonista, como também alguns times que havia comprado em São Paulo, próprios para a Regra de 12 toques. Mas, eram botões menores e já ultrapassados. Como é rápida a transformação dos botões, cada vez mais bonitos e perfeitos. Os que eu tinha comigo foram fabricados pelo Lourival, na década de oitenta.
Um dos primeiros encontros
Oswaldo Fabeni de Oliveira - Presidente do Atlântico Sul
Para minha surpresa, o presidente do Atlântico Sul Futebol de Mesa encaminhou um questionário para que eu o respondesse, pois desejava publicá-lo no Futebol de Mesa News, de São Paulo. As perguntas eram as mais variadas possíveis: Nome, idade, profissão, cidade, casado, filhos, netos? Quando e como começou a jogar? Defina o futebol de mesa em poucas palavras? Qual o seu time de coração e qual é o utilizado no futebol de mesa? Maior alegria no futebol de mesa?  Como era o esporte antes? E atualmente? Qual a regra que o amigo praticava? Você jogou contra grandes ícones do futebol de mesa brasileiro, poderia citar alguns? Quem é Adauto Celso Sambaquy?
Respondi a todas as perguntas sob o título acima e foi um dos primeiros artigos escritos a serem publicados. Em nove de julho de 2007, sai a publicação “Conhecendo o Craque” no blog paulista Futebol de Mesa News, estampando a minha fotografia jogando contra o Sérgio Calegari e a foto tradicional que aparece nessa página, com a camisa recebida de Paulo Cesar Carpeggiani, o manto tradicional do campão brasileiro de 1975/1976.

Na ocasião, os descendentes do Ary Pastori reclamaram os direitos autorais da fotografia em que apareço jogando com o Calegari. Para evitar maiores problemas, ela acabou sendo retirada nas edições seguintes do blog. Até hoje não entendi a reação estúpida dessas pessoas, pois se tratava de uma propaganda gratuita ao trabalho do grande fotógrafo caxiense. Mas, cada cabeça uma sentença. Quem não tem visão de negócios, vai mais devagar sempre.
Acredito que a pergunta mais difícil de ser respondida foi: Defina o futebol de mesa em poucas palavras.
Minha resposta na ocasião: Uma definição do futebol de mesa em poucas palavras: impossível. Futebol de Mesa é algo muito grande para ser definido em poucas palavras. É algo que envolve as pessoas de tal maneira que acaba se tornando um vício, uma coisa necessária na vida da gente.  Faz com que, por ele, muitas outras coisas sejam relegadas a segundo plano. Continuava dizendo: Hoje, eu tenho medo de ser novamente atacado por esse vírus gracioso, ao qual devo agradecer por momentos inesquecíveis em minha vida.
Nos dias atuais eu continuaria dizendo que, ao futebol de mesa, devo a alegria de ter encontrado tantas pessoas amigas, tantos irmãos que comungaram da mesma simpatia pelo esporte, por pessoas que guardavam meu nome em seus corações. Posso dizer que estou realizado no futebol de mesa. Nunca ganhei um título que merecesse um destaque especial. Nunca fui campeão brasileiro e nem cheguei perto disso, mas fui laureado e homenageado, o que me deixou feliz e realizado. Nos diversos encontros dos quais participei por esse Brasil afora, sou reconhecido pelos praticantes, o que me envaidece sobremaneira.
Eu tive um sonho e o persegui até concretizá-lo. Essa é a minha grande vitória e a conquista são os amigos que estão espalhados por esse país imenso. Meu nome chegou muito longe, pela ousadia e coragem de mudar algo para melhor. Agradeço a Deus por ter me dado essa chance de fazer algo pelo esporte que conheci e me apaixonei, em 1947, e que percorreu junto comigo todos esses anos vividos.
Que eu possa participar um pouco mais e abraçar cada vez mais amigos.


Até a semana que vem, se Deus assim permitir.

5 comentários:

  1. Parabéns, Sambaquy. Você soube bem definir, à época, o que era o futebol de mesa. Veja que os anos estão se passando e continuamos firmes e fortes, atravessando as mudanças, mas sempre ligados, de uma ou outra forma, àquilo que aprendemos a amar. Continue com esses textos e reminiscências que servem como ensinamento a essa nova geração que surge no mundo fantástico do jogo de botão. São exemplos a serem seguidos e jamais esquecidos. Um forte abraço, bem pernambucano. Viva o botão!
    Em tempo: já estou quase em forma. Mais uns 15 dias e estarei de volta às mesas do botãobol.

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  2. Amigo Abiud, a arte de escrever sobre o que fez parte de nossa vida é uma coisa formidável. Passo a semana sem que algum assunto me surja na mente e que eu possa desenvolve-lo. Então, como recurso, apanho alguma de minhas encadernações de artigos sobre o futebol de mesa e, como um milagre, ali está o que eu deveria escrever. Foi assim nesse caso de hoje.Realmente a minha grande vitória nessa caminhada longe no esporte está nas pessoas, como você, que agreguei à minha existência e que me fazem bem, me fazem sorrir de alegria e satisfação.
    O futebol de mesa é mágico e quem se envolve nele, de coração, numa mais o esquece. Fico feliz em saber que estás quase recuperado e que estás voltando dentro de poucos dias ao convívio dos felizardos pernambucanos que tem a felicidade de tê-lo como líder natural.
    Um abraço gaúcho/catarinense/colorado.

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  3. Onde está escrito longe, leia-se LONGA. Escrevo e não leio o que escrevi, por essa razão cometo erros ortográficos.
    Outra correção é o futebol de mesa é mágico e quem se envolve nele, de coração, NUNCA mais o esquece.
    Perdoem as falhas.

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  4. Buenas Tchê !!!
    Após demoradas pesquisas ...estamos tentando postar novamente...

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  5. LH.ROZA..
    Finalmente conseguimos restabelecer o funcionamento do meu NOTEBOOK...
    Ficamos no aguardo das próximas "colunas"...

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